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06 fevereiro 2011

Como sempre, não tenho palavras

Grace Kelly é realmente linda, o filme... É uma obra de Hitchcock, e como sempre, não tenho palavras pra definir uma obra do mestre Hitchcock. Somente posso dizer que o filme, ao mesmo tempo que é um grande suspense Hitchcockiano, tem também uma leve dose de comédia pastelão, diferente do humor negro de ‘Frenesi’, é um humor leve, como uma velhinha que prende nosso “herói” ,ou o mesmo sendo agredido com um buquê de flores.
Assisti ao filme numa edição em DVD para colecionadores, a qual conta com magníficos comentários da filha (Patricia Hitchcock) de Hitchcock, como também de sua neta. Que nos extras do DVD, contam curiosidades, sobre a vida pessoal de Hitchcock, entre elas seu filme predileto.
‘Ladrão de casaca’ é uma das obras mais interessantes de Hitchcock, não só por ter sido dirigida por Hitchcock, como também por ter a princesa Grace Kelly em cenas “decisivas” de sua vida, e de sua morte. Já que foi naquelas estradas, onde— no filme — Grace, foge da policia, ao lado Cary Grant,que anos mais tarde a mesma viria a falecer.
A aparição de Hitchcock no filme, acontece logos nas primeiras cenas, quando o personagem de Cary foge da policia num ônibus. Nos extras do DVD, a neta de Hitchcock conta, que o próprio Hitchcock, somente definia quando faria sua clássica aparição, durante as filmagens, deixando a própria equipe incerta de quando isso aconteceria.

16 dezembro 2010

A súplica de um cinéfilo

 É,quando uma coisa dá certo no Brasil,fazem-se “zilhões”,daquilo que se pode chamar,de cópias,ou versões da mesma.É isso que acontece com os filmes de Chico Xavier,não faz sequer muito tempo que estreou nos cinemas brasileiros a biografia,do médium Chico Xavier,e desde então já temos — eu acho que — três filmes deste : “Chico Xavier”, “Nosso Lar” e o mais recente “Psicografadas”.Não tenho nada — absolutamente nada — contra, Chico Xavier (até gostei,de ‘Nosso Lar’ e peço aos leitores que possivelmente sejam espíritas,que não vejam o que escrevo como uma crítica a vossa religião,afinal o Brasil é um País laico e ninguém tem o direito de críticas,as crenças de ninguém;mas sim,como uma crítica a indústria cinematográfica brasileira,afinal basta um filme fazer sucesso no Brasil,que a indústria passa a usar e abusar,deste filão,que talvez,por um incrível acaso do destino fez sucesso.Para entender melhor o que estou falando basta olhar para os filmes nacionais que estão — como também os que entram  — em cartaz hoje: ‘Tropa de elite’, ‘Se eu fosse você’... Todos estes — e outros mais — ganharam uma seqüência,pelo simples fato de terem feito sucesso.No Brasil,isso — incrivelmente —ainda não aconteceu,mas no exterior,isso — que venho criticar,por meio deste texto — é comum também,mas não dá quão certo,quanto dá em terras tupiniquins,prova disso é: Quem se lembra,ou sabe da existência,de alguma das seqüencias,as quais o sucesso Hitchcockiano ‘Psicose’ ganhou? É,’Psicose’ teve seqüências,a saga de Norma Bates teve por volta de 4 filmes ( não tenho certeza),em sua maioria desconhecidos — alguns,lembrados somente por cinéfilos fãs de Alfred Hitchcock (embora Hitchcock só tenha produzido o primeiro ‘Psicose’ de 1960).
  Não peço as produtoras brasileiras,que parem de produzir seqüencias,até porquê no Brasil,as produções costumam conseguir a incrível façanha de se superar em suas seqüencias,como é o caso de ‘Tropa 2’ — de José Padilha —; mas peço,sejam criativos,criem novas histórias,não vivam só da vida real,criem,produzam,ficções de qualidade.Aliás,já reparou que no Brasil,os filmes que fazem,sucesso,costumam ser inspirados na Vida Real — geralmente nas favelas,e comunidades cariocas — ?
 Então fica aos cineastas,o pedido,a súplica de um cinéfilo: Sejam,mais criativos,mais inovadores... Afinal,da vida real,nos já estamos cansados,quando vamos ao cinemas,buscamos fugir,da vida real,buscamos o irreal,o imaginável;mas irreal.

20 outubro 2010

Eu,e o cinema mudo!

Não tenho muitas pretensões para com o cinema mudo.Mas hoje me aventurei a assistir “O gabinete do Dr. Caligari”(1920),um filme alemão — aliás o cinema teve muita força na Alemanha,por volta da anos de 1920,mas com o inicio da segunda guerra mundial,muitos cineastas acabaram fugindo para países como EUA e Inglaterra,um bom exemplo disto é o cineasta Fritz Lang,diretor de “Metrópoles”(1927),um filme muito futurista,que já naqueles tempos trouxe as telas a imagem de arranha céus(muito parecidos com existente atualmente) e carros voadores (ainda não existem,quem sabe num futuro próximo),além de apresentar a idéia de um botão que controla tudo,mas devido a  sua mensagem,o filme foi considerado um símbolo anti-guerra,por não ter planejado isso para o filme,o cineasta Fritz Lang(diretor)acabou fugindo para a Califórnia,nos EUA — produzido em 1919.Confesso que tive um pouco de dificuldade para entender a história do filme — principalmente por não estar acostumado a interpretar imagens (apenas imagens,e umas poucas legendas) — mas acho que consegui,entender bem a história — ainda,que não tenha sido a história como um todo.O filme contava a história do Dr. Caligari,um velho mistério,que chegará a uma pequena,na fronteira com a Holanda,levando consigo um mistério sonâmbulo, interpretado por Conrad Veidt (segundo o crítico Alexandre Koball do site cineplayers,é graças a Veldit,que com seu ar de mistério,elevou a o filme a ser considerado um dos primeiro do gênero “terror”) ,misterioso,que virá suspeito de assassinatos,que começaram a acontecer após a chegada do Dr. Caligary.
 Acho que devido ao fato de ter nascido no final do século XX,não estou muito acostumado ao cinema mudo,mas penso que não estou,acredito que dificilmente,um desses adolescentes da atualidade,teria paciência,para passar entorno de uma hora e meia a duas horas,tentando acompanhar um filme mudo,afinal isso não faz de sua geração,assim como não faz parte da minha.Mas ainda assim,gosto de me aventurar,a conhecer as origens do cinema,como o conhecemos hoje — é como o trabalho de um arqueólogo ,que busca utensílios,de civilizações que de quão antigas são,são desconhecidas,em busca de tentar entender as origens daqueles utensílios,que hoje,utilizamos — afinal Alfred Hitchcock,o mestre do suspense,que em vida,já era considerado um grande cineasta e já conquistava seguidores,começou no cinema mudo — apesar de seu primeiro filme nunca ter sido concluído.

18 outubro 2010

Antiquado

O menino da porteira,2009
Não é só porque ele é meu xará — meu nome também é Daniel —,mas gosto das atuações do cantor sertanejo Daniel,que geralmente é um bom ator,e parece evitar fazer personagens que não tenham nenhuma ligação com o universo sertanejo — na última novela em que atuou “( “Paraíso”da Rede Globo),fez o papel de o papel de um peão,que não se prende a nada,nem a ninguém.Não assisti à novela,em que Daniel interpretou esse peão,mas tendo assistido ao filme “O menino da porteira” (2009),e analisando sinopse da trama,achei os personagens um tanto parecidos, “um peão que não se prende a nada, nem a ninguém”,e vive solto nesse “mundo sem porteira”.
“O menino da porteira”,é filme produzido com qualidade,tem boas atuações,mas a história é ruim,antiga,parece que esqueceram de adaptar o roteiro original dos anos 70 (do qual o filme é um remake ),aos dias de hoje,já que a história segue um ritmo lento,e e por diversas vezes,para antiquada.Não tenho preconceitos para com o universo “country” (sertanejo),mas o filme,com seu jeito boiadeiro,(me parece hoje )fadado ao fracasso,nos grandes centros urbanos,onde os espectadores não entendem de boiada,peões,etc. Ou seja,as pessoas podem não entender muito bem,o enredo filme.
Apesar do da excessiva divulgação da imagem de Daniel,no lançamento do filme,ele,apesar da boa atuação,não foi o ator que me chamou mais atenção,sendo este o ator mirim João Pedro Carvalho,que realmente convence o espectador,se em algum momento o espectador (que vive no centro urbano,assim como eu) consegue mergulhar na trama,é graças a ele.
SPOILERS: A cena mais triste em todo o filme,é também protagonizada,pelo jovem,porém talentoso João Pedro Carvalho,está é,a morte de seu personagem ,Rodrigo,que também pode ser chamado de “menino da porteira”,mas esse é o máximo de emoção que o filme nos proporciona.
A morte do major é uma das cenas que mais odiei,em todo o filme,não sei,se foi devido ao clichê,mas já nos primeiros momentos em que o personagem de Daniel,leva o major para curral (não tenho certeza se é curral,o nome dado aquele local),já sabia,como o major morreria,mas ainda assim continuei acompanhando a trama,na esperança de um final surpreendente, à la Hitichcock.

16 outubro 2010

Melhor,só sendo colorido !

Pacto Sinistro,1951

 “Pacto Sinistro” (1951),tem cenas memoráveis,que poderiam ser melhor aproveitadas, se ganhassem uma versão colorida,como a cena do carrossel que perde o controle — particularmente,é uma das melhores cenas do filme.O clássico de Hitchcock ainda faz uso de uma certa dose de humor,como na cena em que um policial fala para um senhor — que trabalha para o parque,e está prestes a entrar debaixo do carrossel descontrolado,para consertá-lo,e consequentemente ser o herói da história (algo,que parece não ter dado certo,se observamos,o desenrolar da trama ) — para que ele não tente consertar o carrossel,mas logo em seguida outro individuo lhe,pergunta se ele o faria,obviamente o policial diz “não”(não exatamente com essas palavras),e a cena prossegue,voltando algumas vezes a mostrar a jornada do senhor,para chegar a origem do problema.
   “Pacto Sinistro”,não nos apresenta nenhum — até porque,não faz parte do “estilo hitchcockiano”,deixar o espectador curioso,em torno de determinado mistério,mas sim,deixar o espectador curioso para saber como determinado personagem da trama irá lidar com a situação que se apresenta no filme — mas sim a história de um inocente,que está prestes à ser acusado de um crime que não cometeu.Em mega resumo de sua história (como o que acabei de fazer ) o filme se parece um pouco com outro clássico,que Hitchcock só viria a produzir anos depois,”O homem errado”(1956).Mas particularmente,gostei mais de “Pacto sinistro”,nesse filme,Hitchcock,não se apresenta de forma tão dramática — triste — como em “O homem errado”,talvez porque “Pacto Sinistro”,é uma obra de ficção,diferentemente de ”O homem errado”,que é baseado na história real de um músico.
 Um dos únicos,aspectos negativos do filme,que com sua trama de suspense razoavelmente leve,envolve facilmente o espectador (da forma descrita acima),é seu elenco que em diversos momentos,”deixa a desejar’. 

06 outubro 2010

Gostei do filme,mas...

A Sombra de uma Dúvida,1943

Dentre os tantos filmes de qualidades,produzidos por Alfred Hitchcock,se encontra “A sombra de uma dúvida”(1943),o filme era (segundo o crítico Rubens Ewald Filho) um dos preferidos de Hitchcock,tendo seu roteiro co-escrito pela esposa deste.O filme é interessante — ainda não assisti a um clássico (ou não) Hitchcockiano que não fosse — com uma trama que deixa o espectador curioso,mas particularmente,achei que o mistério em torno do tio Charlie (Joseph Cotten ),foi desvendado muito cedo,o que é bem característico de Hitchcock que após solucionar um mistério,deixa a dúvida no espectador de como o personagem conduzirá a trama,de acordo com aquilo que sabe.Mas isso não dá muito certo em “A sombra de uma dúvida”,já que o roteiro não é um pouco óbvio demais.Apesar disso gostei do filme,que não é uma das melhores produções de Hitchcock,mas fica num patamar,próximo ao de produções que Hitchcock produziria somente no fim de sua carreira,como “Trama Macabra”(seu último filme,produzido nos EUA,em 1976),ou até mesmo “Topázio”(1969).

  Em “A sombra de uma dúvida”,senti falta de James Stewart,astro que faria sucesso ao lado de Hitchcock anos mais tarde,em filmes como “Festim diabólico”(1946),e se tornaria um dos artistas prediletos de Hitchcock,voltando a ser utilizado em sucessos ainda maiores como “Vertigo”,de 1958,filme que passou alguns anos,fora do alcance do público. Joseph Cotten,não está ruim no papel do tio Charlie,mas em determinados momento lhe falta “algo”,que sobra em Stewart.
  “A sombra de uma dúvida”,conta a história de Charlie Oakley,tio da personagem de mesmo nome,que é interpretada por Teresa Wright.A personagem de Teresa,é muito ligada a seu tio,vê nele a imagem de uma figura “paterna”,já que em alguns momentos demonstram mais carinho por seu tio,do que por seu próprio pais,mas a personagem de Teresa vê seu carinho por seu tio ser abalado,quando descobre que este está sendo acusado de assassinato.Particularmente não achei o final muito surpreendente — de acordo com a forma,com a qual a história se desenvolve — mas este não deixa de ser interessante.

01 outubro 2010

Dois filmes em um

Quando Paris alucina,1964

 Hoje em dia não são raros filmes que tentam retratar os bastidores de Hollywood,mas geralme)nte isso não dá certo,nesse momento recordo-me apenas de “Dr. Dollitle 5”(2009),que é quase uma paródia ao tema.Mas no ano de 1964 pode ser encontrado um filme bem interessante,um remake de outro filme de 1953, “La Fête à Henriette/As festas do coração” — não pude assistir ao original —,mas a versão de 1964,que se chama “Quando Paris alucina”,retrata um romance,entre um roteirista acostumado a vida fácil —que trabalha 5 dias por ano,para conseguir dinheiro,para os outros 360,como personagem diz —,que precisa entregar um roteiro,mas acaba se apaixonando por sua assistente durante a produção do roteiro.
  Não errado dizer,que “Quando Paris alucina”,são dois filmes dentro de um único filme,talvez até três,se considerarmos o filme que é roubado no roteiro que o personagem de William Holden escreve.O filme ainda conta com a participação de  Tony Curtis,no papel do “segundo” policial ,o ator que infelizmente veio a falecer ontem ( no dia 30/09/2010 ) aos 85 anos,Curtis fez sucesso nos 50,sendo indicado ao Oscar por sua participação em “Acorrentados”(1958),Tony foi casado,com Janet Leigh,atriz que protagonizou “Psicose”(1960),de Alfred Hitchcock,com quem teve uma filha, Jamie Lee Curtis.
  Audrey Hepburn,faz o papel da assistente de Richard Benson (William Holden),a atriz parece equecer,que é coadjuvante,e rouba cena,chamando toda a atenção para si,assistir à “Quando Paris alucina” é uma ótima forma de conhecer o trabalho de Audrey,já que está aparece impecável no filme — particularmente,não à conhecia,mas gostei muito,da forma,como ela consegue chamar a atenção do espectador,com sua inigualável beleza,além da excelente atuação.
 O filme não é um dos melhore filmes que já vi,mas merece seus créditos como clássico e é quase uma comédia romântica.Erra apenas ao não dar papeis mais importantes,a atores mais importântes,Tony Curtis por exemplo,poderia ser o roteirista — apesar de ter gostado,da atuação William Holden — ou ter um papel de maior importância,ao invés de um policial,que a todo momento,na forma de piada,é lembrado que é apenas um coadjuvante.

22 setembro 2010

"Psych"dá continuidade ao legado de "Monk"

"Psych"A série
Se você está cansado daquelas séries de investigação,estilo “CSI”,ou “Law & Order”,e procura rir um pouco,mas ao mesmo tempo que ver um mistério interessante,ou ficou triste,porque “Monk” chegou ao fim.Saiba que ainda temos series investigativas de humor,neste momento me recordo apenas de uma,mas que em termos de qualidade,é comparável a  “Monk”.Tratasse de “Psych” — apesar do titulo (um pouco parecido) ,nada tem a ver com o clássico de Hitchcock — ,no Brasil, “Psych”,já foi exibida pela Rede Record — pela última vez em,fevereiro de 2010 — ,mas acredito não tenha feito muito sucesso na época,afinal a série logo saiu do ar,e atualmente nem consta,na lista de séries do canal (pode ser encontrada no site).Particularmente também descobri a série à pouco tempo,em sua quarta temporada — atualmente o Universal Channel,exibe a quinta temporada —,mas desde então venho acompanhado a série,com uma pausa,ao termino da quarta temporada,voltei a acompanhar a série,nesta última semana,quando soube que a exibição de sua quinta temporada,já havia se iniciado.

   “Psych”,acompanha Shawn Spencer (James Roday),um rapaz,que está sempre prestando atenção nos mínimos detalhes,e é prestando atenção nestes detalhes que Shawn,consegue desvendar os casos da policia de Santa Bárbara,porém Shawn faz com que todos acreditem que ele é um vidente.Os únicos a conhecerem o segredo de Shawn,são seu pai,o ex-policial Henry (Corbin Bernsen),com quem Shawn aprendeu tudo que sabe — aliás,todos os episódios da série começam com cenas da infância de Shawn,que no decorrer do episódio,justificarão suas atitudes — , e seu fiel amigo Gus (Karim Dulé Hill) — uma espécie de San choppança —,juntos Shawn e Gus,protagonizam,hilariantes histórias de humor enquanto investigam crimes.
  “Psych”estreou 2006,quando “Monk” — que havia estreado em 2002 — já estava em seu auge,por isso acabou um pouco esquecido,quem sabe agora,com o termino de “Monk”,possamos apreciar um pouco mais de “Psych”,que é muito mais,do que uma simples série vespertina.Em 2008, “Psych”,ganhou a concorrência de “The mentalist”,série,que é por muitos considerada,como uma versão mais séria de “Psych”,já que o enredo é quase o mesmo:um rapaz,detalhista,faz com que todos acreditem que é um vidente,quando apenas presta,atenção aos detalhes.Particularmente não gosto muito de “The mentalist”,nunca consegui assistir a série por mais de cinco minutos,prefiro ver os nerds,Shawn e Gus de “Psych”. “Psych” dá continuidade ao legado de “Monk – um detetive diferente”.

“Psych” tem um episódio inédito de sua quinta temporada,seguido da reprise de episódios de temporadas anteriores exibido todas às segundas-feiras,à partir das 22h00m ,pelo canal Universal Channel.

20 setembro 2010

Janela Indiscreta,uma obra prima de Hitchcock

Janela Indiscreta,1954
Chega a ser até irônico,ontem comentei um filme no qual a trilha sonora,dava ritmo ao filme,e era de vital importância, para fazer com que o espectador participasse do suspense (“Presságio”,2009),mas hoje o filme em questão,é exatamente o oposto à “Presságio”,em termos de trilha sonora,tratasse de “Janela indiscreta”(1954),uma das obras-primas de Alfred Hitchcock,a trilha sonora em “Janela indiscreta”,é quase inexistente,ou sem grande importância,para envolver o espectador no suspense,o filme faz uso de um excelente roteiro,indicado ao OSCAR.
   “Janela indiscreta”,é mais um dos filmes protagonizados por James Stewart,astro que já havia trabalhado ao lado de Hitchcock,em outro filme,também consagrado,do mestre do suspense, “Festim diabólico”(1948),Stewart,voltaria anos depois,em 1956,a trabalhar com Hitchcock no remake de “O homem que sabia demais”,e posteriormente em 1958,estrelaria ao lado de Kim Novack,aquele — que ao lado de “Disque ‘M’ para matar” (1954)— é um dos meus filmes preferidos de Hitchcock, “Vertigo” (que no Brasil virou “Um corpo que cai”,1958;mas me recuso,a chamar esta obra-prima,de Hitchcock,pelo titulo que ganhou no Brasil).
    “Janela indiscreta”,também traz ainda em seu elenco,aquela que posteriormente viria,à ser a princesa do Principado de Mônaco,Grace Kelly,que se apresenta exuberante como coadjuvante,no papel da namorada do personagem de James.
    Em 2008,o cineasta Steven Spielberg,foi acusado de violação de direitos autorais,pela produção de “Disturbia”(titulo nos EUA,2007),no Brasil o filme virou “Paranóia” — esse nome,não lembra um pouco “Psicose”? —,o filme contava a  história de um garoto que após ser condenado a cumprir prisão domiciliar,passa a vigiar os vizinhos,e suspeita que um deles tenha cometido um assassinato.Esse breve resumo não lembra a história de “Janela indiscreta” ? Mas as similaridades,de ambos os filmes param por ai — à não ser pelo fato,deste filme,também ter uma pequena dose de romance. “Paranóia”,não chega à ser comparável com “Janela indiscreta”,e ao contrário deste último,o vizinho/vilão tem um papel bem mais ativo na história

01 setembro 2010

Mortes misteriosas: Grace Kelly

Grace Kelly
Grace Kelly,durante vários anos viveu um conto de fadas,fazendo sucesso no cinema,chegou a estrelar sucessos do mestre Alfred Hitchcock como,Disque “M” para matar (1954),ou Janela Indiscreta do mesmo ano além do também Hitchcockiano, Ladrão de Casaca de 1955 — um filme que segundo alguns é um dos quais Hictchcock menos gostava,pois foi durante as filmagens desse filme que Grace conheceria,Rainier (príncipe de Mônaco)futuro marido de Grace (alguns dizem que Hitchcock tinha um amor secreto por Grace) —,o filme traz ainda imagens de Grace dirigindo na estrada em que morreria anos depois.Aliás o mistério que circunda a morte de Grace,começaria durante a produção deste filme,já que durante a produção do filme que Grace teria,adquirido uma fobia de dirigir nas estradas,em que posteriormente morreria — também foi durante as produções de Ladrões de Casaca que Grace conheceu Rainier,príncipe do principado de Mônaco,até então Rainier nunca havia tido um filho (não tinha herdeiros,caso Rainier não gerasse herdeiros,o principado de Mônaco voltaria a estar sob o controle da França).E é por esse motivo,que algumas pessoas,na época da morte de Grace,não acreditaram que ela estivesse dirigindo o carro,acreditavam que sua filha mais nova,Estefânia — a mais rebelde dentre os filhos de Grace —,que no dia da morte de Grace supostamente teria tido uma discussão com esta,estava ao volante do carro,já que naqueles tempos Estefânia (que tinha 17 anos),estava aprendendo a dirigir.Outra teoria sobre a morte de Grace,diz que,sua morte havia sido planejada por um grupo de tradicionalistas,que estava insatisfeito com o fato do principado (de Mônaco) ter uma primeira-dama estrangeira (Grace era americana).

20 agosto 2010

Voltando a falar de Vertigo

Cena de Vertigo,1958
Hoje nem tive tempo de fazer muita coisa,desde quarta-feira tenho passado os dias na cama,você deve estar pensando "que vida boa a dele",mas não é bem assim desde terça-feira que estou um pouco doente.Então resolvi refazer,ou complementar os comentários que já havia feito sobre um filme,e falar um pouco - talvez não muito - sobre como tem sido escrever pro Cinema & Cia nesse pouco tempo,no qual venho escrevendo pra cá - não vou dizer pra vocês,porque não tenho certeza se tenho muitos leitores,mas se alguém estiver lendo,pode considerar esse "pra cá",como sendo um pra você.
 Mas agora voltando ao que interessa,o filme que resolvi voltar a comentar, é um dos melhores trabalhos de Hitchcock -alguns o consideram,melhor que o filme de maior sucesso de Hitch (Psicose,1960).É claro que estou falando de Um corpo que cai,de 1958,esse filme é também conhecido com Vertigo (seu titulo original).
  Na verdade essa nem foi a primeira vez que assisti ao filme,e nesta vez,não o acompanhei do inicio,mas seu final,embora seja um pouco abrupto,é que considero seu ponto alto.SPOILER:Eu adoro Hitchcock,e adoro Vertigo,mas sempre que o assisto fico com a impressão de que ao filme final com um pouco mais de informação,sobre o que acontece com alguns personagens como,Gavin(Tom Helmore),e o próprio Scottie ( James Stewart).Mas também fico pensado,que se Hitch começasse  a "explicar muito" o fim de cada personagem,o filme perderia um de seus pontos altos ,que é justamente esse: permitir que o espectador defina dentro de sua imaginação o que acontece à cada personagem.
 Não tenho certeza se disse isso no outro comentário que fiz sobre Vertigo,mas é por causa de filmes como esse e Psicose,que podemos dizer que Hitchcock alcançou o auge de sua de sua carreira com a trilha de sonora de Bernard Herrmann.Apesar de difícil de acreditar,o mestre do suspense nunca ganhou o ganhou o OSCAR de melhor diretor,mas atualmente não existem muitos críticos que duvidem da genialidade de Hitchcock.

15 agosto 2010

Sobre o cinema nacional...


Gosto de visitar alguns fóruns sobre tv,na internet,hoje enquanto visitava à um deles,me deparei com seguinte tópico "Por que o cinema brasileiro não decola?",escrito pelo usuário leodanton,talvez a pergunta até faça sentido,mas após responder ao tópico,comecei a me perguntar,o que o brasileiro pensa a respeito do cinema nacional,tive um  leve repúdio,para com os argumentos,que o usuário utilizou para críticar o cinema nacional,expressei meu repúdio através de minha postagem no fórum,mas achei interessante trazer este tema para o Cinema & CIA.A algum tempo - antes de procurar conhecer o cinema nacional um pouco mais a fundo -,eu acreditava que o cinema nacional era o que se poderia chamar de  "pura sacanagem" - talvez porque,é essa a imagem que os mais velhos nos passaram durante nossa infância,e adolescência,mas isso se deve ao fato de que estas pessoas,ditas mais velhas,viveram durante o auge da Pornochanchada,um gênero que tentava burlar a censura na década de 70,e que ficou famoso por exibir cenas eróticas,mas não de sexo explicito,algumas pessoas chegaram a confundir o gênero com outro:o pornõ,muitas atrizes que posteriormente fariam sucesso na tv iniciaram suas carreiras nesse gênero,um bom exemplo é Sandra Barsotti que fez uma aparição em Viver a Vida,a ultima novela das oito  -,mas com o passar do tempo,e assistindo mais aos filmes nacionais acabei mudando minha opinião,percebi que alguns filmes,embora em determinadas partes sejam melhores que revistas masculinas,tem historias magníficas como é o caso de Budapeste (2009) - em alguns momentos o filme lembra as pornochanchadas(acima citadas).Mas atualmente existem outros filmes nacionais de sucesso,que conseguiram obter êxito,sem chegar ao tradicional clichê,criado e praticado no cinema nacional,que consiste em mostrar cenas,onde há uma explicita alusão ao sexo,ou em alguns casos cenas de sexo(não explicito,como é acontece em A casa da mãe joana,2008),esse filme é Tropa de elite(2008),que apesar de estar imune a esse clichê,aposta em outro mais novo,aquele que tem por "objetivo" mostrar,cenas de violência "excessiva".
  Hoje assisti outro excelente filme que contribuiu ainda mais,para confirmar meu novo ponto de vista,a respeito do cinema nacional,esse filme é na verdade um documentário,seu titulo é Estamira(2006,imagem acima/direita),o documentário retrata o cotidiano de Estamira,uma mulher que é deficiente mental,e ao mesmo tempo vive como catadora de lixo no lixão de Gramado.O  documentário chegou à ser criticado,pois seu diretor,Marcos Prado teria pago ao entrevistados,e supostamente estaria dando uma espécie de mesada à Estamira.Apesar deste fato,o filme/documentário é excelente,retrata,com veracidade - aparentemente - o cotidiano,de uma catadora de lixo que sofre com esquizofrenia.
 No começo deste artigo citei um fórum no qual um usuário,criou um tópico com o seguinte titulo "Por que o cinema brasileiro não decola?",e gostaria de encerrar este artigo com as palavras palavras parecidas,ou iguais as que usei,quando respondi a tal tópico:neste tópico o usuário embora perguntasse porque o cinema brasileiro não dava certo,em diversos momentos [dentro de seu texto],o mesmo tentava comparar o cinema nacional,ao cinema americano.Obviamente gosto de cinema americano,como não gostar? se este é um dos cinemas mais ricos e evoluídos do mundo,foi este pais que no passado nos apresentou grandes gênios do cinema como Alfred Hitchcock (que apesar de ter a Inglaterra,como seu pais de origem,produziu seus maiores clássicos nos EUA;imagem acima/esquerda),Charles Chaplin,,John Ford (um mestre nos filmes de faroeste)- Sou grande fã do primeiro,sendo este também a personalidade com a qual estou mais familiarizado,dentre as outras citadas.Mas mesmo assim creio que não devemos subestimar o cinema nacional,acho também que não podemos compara as obras cinematográficas de um país,com as de outro país,afinal cada pais tem sua cultura,seus costumes;cada pais tem uma forma unica e inimitável de fazer cinema.

10 agosto 2010

O maior sucesso de Hitchcock.

Psicose(1960),cena do chuveiro é considerada um
marco na história do cinema,foi estrelada por Janet Leigh,
e dirigida por Alfred Hitchcock
Hoje finalmente consegui assistir ao clássico,Psicose(1960),a maior bilheteria da carreira do mestre Alfred Hitchcock.Anteriormente já tinha assistido ao remake de 1998 - após uma breve analise,constatei que é uma péssima versão colorida do clássico Hitchcockiano de 1960(já que o próprio Hitchcock optou,por fazer o original em preto e branco,temendo que a cena em que o sangue escorre pelo ralo,pudesse causar repúdio nos espectadores,que consequentemente rejeitariam o filme,e de fato isso acontece na versão,mas acredito que um simples corte,que o diretor,Gus Van Sant,deixou de fazer poderia ter resolvido este problema,que se criou na versão colorida de Psicose ),onde Gus Van Sant consegue,destruir a um roteiro tão magnífico,quanto o de Psicose,com  atuações que não conseguem convencer o espectador,o filme é considerando uma mancha negra na carreira de diretor -,por isso acabei não me envolvendo tanto no maravilhoso suspense,que Hitchcock nos apresenta em Psicose,mas ainda que a história,nem seu fim não fossem inéditos para mim é maravilho conhecer Psicose,pelo olhos de Hitchcock,acompanhar as atuações - que nesta,versão são infinitamente superiores,às do remake de 1998 - esplendorosas,com o "selo de qualidade" do mestre Hitchcock.
Um dos cartazes que indicavam,que a sessão deveria ser acompanhada
do início ao fim

  Devo admitir que este é mais um filme,de Hitchcock em que não consigo,notar sua aparição - percebi apenas em Marnie,confissões de uma ladra (1964)e obviamente em O homem errado (1956) - ,mas após uma breve busca na web acabei descobrindo,que neste filme Alfred Hitchcock,faz sua tradicional aparição,por volta dos quatro primeiros minutos de filme,ainda no escritório,no qual Marion(Janet Leigh)trabalhava.
 Psicose  desde seu lançamento esteve repleto de curiosidade,a grande maioria surgiu a mando de seu,diretor,Alfred Hitchcock.Uma das principais curiosidades a respeito do filme,diz que quando o mesmo fora lançando,Hitchcock teria proibido,que pessoas pudessem,entrar no meio das sessões,segundo o próprio Hitchcock,isto seria para preservar o climax do suspense,proporcionado por Psicose.O filme era na época de seu lançamento,uma espécie de "teste",para com um novo estilo de suspense(SPOILER:um exemplo disso é que na época o publico não estava acostumado,a ter a protagonista da história morrendo,em quarenta e cinco minutos,menos da metade do filme),que Hitchcock já vinha planejando com base na experiência que havia adquirido produzindo seu programa de tv - Alfred Hitchcock Presents,no Brasil o programa teve algumas de suas temporadas exibidas pela extinta TV TUPI com o titulo de Suspene  - ,por isso o filme teve um baixo orçamento - por volta de US$800 mil,um orçamento baixisimo se considerarmos que filme rendeu apenas na época mais de US$40 milhões.Psych(titulo original),ou Psicose foi também o último filme em preto e branco produzido por Hitchcock(para manter o orçamento baixo,e por outros motivos citados acima).O filme com a excelente trilha sonora de Bernard herrmann.

Veja também:
Algumas fotos de Psicose
Os 50 anos de Psicose,por Afred Hitchcock(Texto de Rubens Ewald Filho)

13 julho 2010

O homem errado(1956) - Desde o inicio um semi-fracasso!

O "O homem errado" assim como a maioria dos filmes do mestre Hitchcock,esta repleto de boas atuações,tem um roteiro,com bons diálogos,mas a historia não é boa,o filme é fraco,acho que pode-se dizer que o filme foge ao "estilo Hitchcockiano" de fazer cinema,pois o filme assim como já foi dito pelo crítico Rubens Ewald Filho é muito direto e sombrio,ao abortar a temática da pessoa que é acusada injustamente,por algum ato/algo que não cometeu(temática que era constante nos filmes de Hitch,como seria abordada várias vezes nos filmes seguintes do mesmo,como aconteceu em Frenzy,1979),isso se deve principalmente a história do filme ser baseada em fatos reais,algo que acaba,não dando "espaço" ao "estilo Hitchcockiano",e o próprio Hitchcock sabia disso,chegando a denominar o filme como um semi-fracasso,antes mesmo do lançamento do mesmo.Aliás essa é uma das justificativas para o baixo orçamento do filme,tal filme não conseguiu obter uma grande bilheteria na época(algo que demonstra o conhecimento de Hitch,em como conseguir bons índices de bilheteria e ao mesmo tempo tornar tais filmes inesquecíveis como no caso de Psicose;1960,e em relação a O homem errado Hitch preverá os baixos índices de bilheteria do filme).Mas o filme tem outro detalhe também muito interessante:é o único filme em que Hitch não faz sua tradicional aparição como/ou em meio a figuração,Hitch apenas narra a abertura do filme em um pequeno discurso,sobre a historia que a seguir será contada no filme,aliás esta é a única ocasião onde se pode ouvir a voz de Hitchcok num de seus filmes,algo em minha opinião que acaba justificando o ato de assistir o filme,mesmo considerando todos os seus aspectos negativos.