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30 janeiro 2012

Pollyanna (1960) - Água com açucar

Já é clichê esperar uma história politicamente correta dos clássicos Disney, seja com os inesquecíveis, ou mesmo aqueles, que poucos são os que lembram. Esses filmes que nos fazem chorar, nos fazem pensar no que, e em quem somos;  Pollyanna(1960) é um desses. Uma produção do pouco conhecido David Swift, que além dirigir, e participar do roteiro deste clássico, também participou do roteiro de Operação cupido(1998), um dos grandes clássicos da sessão da tarde  no Brasil, e um marco na carreira de Lindsay Lohan.
A história já começa de uma forma, um tanto diferente do que acontece na realidade, ao perder os pais, ao invés de acabar num orfanato a jovem Pollyanna (Hayley Mills) acaba com sua tia Polly (Jane Wyman) uma milionária, que através de sua influência controla uma cidade americana.
É nessa cidade cheia de ressentimento, angustia, e tristeza que a menina Pollyanna chega. Aos poucos ela irá conquistar os corações, e a amizade dos moradores dessa cidade, e fazer da cidade um lugar melhor.
O filme é uma obra Disney, e desde as primeiras cenas já prenuncia o final, ao qual se chegará através de uma narrativa recheada de clichês, porém, isso não impede que você se emocione  — mesmo sabendo que algo tipo irá acontecer—no destino da garota.
As atuações são em geral fracas, mas convincentes, a própria Pollyanna se vale muito do roteiro bem escrito no que diz respeito às falas desta, para conquistar o espectador, já que não é muito carismática.
E é com essa trama, bem água com açúcar, que ha vários anos nos comovemos com as produções Disney.

09 dezembro 2011

Planeta dos macacos (1968) - Aquela maquiagem é incrivel


Há algum tempo já havia escrito sobre, Planeta dos Macacos (1968). Entretanto resolvi voltar a falar do filme, após tornar a assisti-lo.
Posso, ver o filme quantas vezes quiser, mas sempre irei achar incrível aquela maquiagem, e sempre será difícil entender, como uma obra de tamanha grandiosidade como está, pode ter sido feita, sem os recursos especiais de hoje. E é fácil perceber que não séria a mesma coisa, basta observar os novos Planeta dos Macacos, ou mesmo aqueles que se seguiram, nenhum conseguiu repetir o sucesso do primeiro filme, principalmente quando se fala em qualidade.
As atuações não são perfeitas, passam longe disso, embora Charlton Heston tenha conseguido dar a seu personagem um toque rudimentar, que caiu maravilhosamente bem no mesmo. Outra atuação que também não é grandiosa, porém chama a atenção é a de Linda Harrison que interpreta Nova, dado a ela aquele olhar cativante, sexy, e ao mesmo tempo tão ingênuo, de quem pouco conhece o mundo que está ao seu redor, e isso sem dizer uma palavra durante todo o filme. A atriz ainda fica marcada por cenas, como àquela em que sorri um sorriso artificial, de quem sequer sabe o que isso significa, mas está aprendendo com seu companheiro — Taylor—, a se tornar alguém civilizada que entende , ou fingi entender seus sentimentos, como nós seres humanos  fazemos.
A narrativa é levada ao espectador com uma trilha sonora leve, que pouco influi no filme, deixando que a história siga, de uma maneira a causar, certo ar de realismo no filme, já que também não temos trilha sonora em nosso cotidiano. Essa é uma contribuição de seu diretor, Franklin J. Schaffner, um japonês, que estava acostumado a dirigir séries de tv, mas que tem grandes filmes em seu curriculum, entre eles Patton (1970), que levou sete OSCARs, entre eles o de melhor diretor e melhor filme.
O filme é incrível, e ao fim nos leva a pensar se a evolução, paga com a destruição de vidas, vale mesmo apena.

01 outubro 2010

Dois filmes em um

Quando Paris alucina,1964

 Hoje em dia não são raros filmes que tentam retratar os bastidores de Hollywood,mas geralme)nte isso não dá certo,nesse momento recordo-me apenas de “Dr. Dollitle 5”(2009),que é quase uma paródia ao tema.Mas no ano de 1964 pode ser encontrado um filme bem interessante,um remake de outro filme de 1953, “La Fête à Henriette/As festas do coração” — não pude assistir ao original —,mas a versão de 1964,que se chama “Quando Paris alucina”,retrata um romance,entre um roteirista acostumado a vida fácil —que trabalha 5 dias por ano,para conseguir dinheiro,para os outros 360,como personagem diz —,que precisa entregar um roteiro,mas acaba se apaixonando por sua assistente durante a produção do roteiro.
  Não errado dizer,que “Quando Paris alucina”,são dois filmes dentro de um único filme,talvez até três,se considerarmos o filme que é roubado no roteiro que o personagem de William Holden escreve.O filme ainda conta com a participação de  Tony Curtis,no papel do “segundo” policial ,o ator que infelizmente veio a falecer ontem ( no dia 30/09/2010 ) aos 85 anos,Curtis fez sucesso nos 50,sendo indicado ao Oscar por sua participação em “Acorrentados”(1958),Tony foi casado,com Janet Leigh,atriz que protagonizou “Psicose”(1960),de Alfred Hitchcock,com quem teve uma filha, Jamie Lee Curtis.
  Audrey Hepburn,faz o papel da assistente de Richard Benson (William Holden),a atriz parece equecer,que é coadjuvante,e rouba cena,chamando toda a atenção para si,assistir à “Quando Paris alucina” é uma ótima forma de conhecer o trabalho de Audrey,já que está aparece impecável no filme — particularmente,não à conhecia,mas gostei muito,da forma,como ela consegue chamar a atenção do espectador,com sua inigualável beleza,além da excelente atuação.
 O filme não é um dos melhore filmes que já vi,mas merece seus créditos como clássico e é quase uma comédia romântica.Erra apenas ao não dar papeis mais importantes,a atores mais importântes,Tony Curtis por exemplo,poderia ser o roteirista — apesar de ter gostado,da atuação William Holden — ou ter um papel de maior importância,ao invés de um policial,que a todo momento,na forma de piada,é lembrado que é apenas um coadjuvante.

10 agosto 2010

O maior sucesso de Hitchcock.

Psicose(1960),cena do chuveiro é considerada um
marco na história do cinema,foi estrelada por Janet Leigh,
e dirigida por Alfred Hitchcock
Hoje finalmente consegui assistir ao clássico,Psicose(1960),a maior bilheteria da carreira do mestre Alfred Hitchcock.Anteriormente já tinha assistido ao remake de 1998 - após uma breve analise,constatei que é uma péssima versão colorida do clássico Hitchcockiano de 1960(já que o próprio Hitchcock optou,por fazer o original em preto e branco,temendo que a cena em que o sangue escorre pelo ralo,pudesse causar repúdio nos espectadores,que consequentemente rejeitariam o filme,e de fato isso acontece na versão,mas acredito que um simples corte,que o diretor,Gus Van Sant,deixou de fazer poderia ter resolvido este problema,que se criou na versão colorida de Psicose ),onde Gus Van Sant consegue,destruir a um roteiro tão magnífico,quanto o de Psicose,com  atuações que não conseguem convencer o espectador,o filme é considerando uma mancha negra na carreira de diretor -,por isso acabei não me envolvendo tanto no maravilhoso suspense,que Hitchcock nos apresenta em Psicose,mas ainda que a história,nem seu fim não fossem inéditos para mim é maravilho conhecer Psicose,pelo olhos de Hitchcock,acompanhar as atuações - que nesta,versão são infinitamente superiores,às do remake de 1998 - esplendorosas,com o "selo de qualidade" do mestre Hitchcock.
Um dos cartazes que indicavam,que a sessão deveria ser acompanhada
do início ao fim

  Devo admitir que este é mais um filme,de Hitchcock em que não consigo,notar sua aparição - percebi apenas em Marnie,confissões de uma ladra (1964)e obviamente em O homem errado (1956) - ,mas após uma breve busca na web acabei descobrindo,que neste filme Alfred Hitchcock,faz sua tradicional aparição,por volta dos quatro primeiros minutos de filme,ainda no escritório,no qual Marion(Janet Leigh)trabalhava.
 Psicose  desde seu lançamento esteve repleto de curiosidade,a grande maioria surgiu a mando de seu,diretor,Alfred Hitchcock.Uma das principais curiosidades a respeito do filme,diz que quando o mesmo fora lançando,Hitchcock teria proibido,que pessoas pudessem,entrar no meio das sessões,segundo o próprio Hitchcock,isto seria para preservar o climax do suspense,proporcionado por Psicose.O filme era na época de seu lançamento,uma espécie de "teste",para com um novo estilo de suspense(SPOILER:um exemplo disso é que na época o publico não estava acostumado,a ter a protagonista da história morrendo,em quarenta e cinco minutos,menos da metade do filme),que Hitchcock já vinha planejando com base na experiência que havia adquirido produzindo seu programa de tv - Alfred Hitchcock Presents,no Brasil o programa teve algumas de suas temporadas exibidas pela extinta TV TUPI com o titulo de Suspene  - ,por isso o filme teve um baixo orçamento - por volta de US$800 mil,um orçamento baixisimo se considerarmos que filme rendeu apenas na época mais de US$40 milhões.Psych(titulo original),ou Psicose foi também o último filme em preto e branco produzido por Hitchcock(para manter o orçamento baixo,e por outros motivos citados acima).O filme com a excelente trilha sonora de Bernard herrmann.

Veja também:
Algumas fotos de Psicose
Os 50 anos de Psicose,por Afred Hitchcock(Texto de Rubens Ewald Filho)

13 julho 2010

O homem errado(1956) - Desde o inicio um semi-fracasso!

O "O homem errado" assim como a maioria dos filmes do mestre Hitchcock,esta repleto de boas atuações,tem um roteiro,com bons diálogos,mas a historia não é boa,o filme é fraco,acho que pode-se dizer que o filme foge ao "estilo Hitchcockiano" de fazer cinema,pois o filme assim como já foi dito pelo crítico Rubens Ewald Filho é muito direto e sombrio,ao abortar a temática da pessoa que é acusada injustamente,por algum ato/algo que não cometeu(temática que era constante nos filmes de Hitch,como seria abordada várias vezes nos filmes seguintes do mesmo,como aconteceu em Frenzy,1979),isso se deve principalmente a história do filme ser baseada em fatos reais,algo que acaba,não dando "espaço" ao "estilo Hitchcockiano",e o próprio Hitchcock sabia disso,chegando a denominar o filme como um semi-fracasso,antes mesmo do lançamento do mesmo.Aliás essa é uma das justificativas para o baixo orçamento do filme,tal filme não conseguiu obter uma grande bilheteria na época(algo que demonstra o conhecimento de Hitch,em como conseguir bons índices de bilheteria e ao mesmo tempo tornar tais filmes inesquecíveis como no caso de Psicose;1960,e em relação a O homem errado Hitch preverá os baixos índices de bilheteria do filme).Mas o filme tem outro detalhe também muito interessante:é o único filme em que Hitch não faz sua tradicional aparição como/ou em meio a figuração,Hitch apenas narra a abertura do filme em um pequeno discurso,sobre a historia que a seguir será contada no filme,aliás esta é a única ocasião onde se pode ouvir a voz de Hitchcok num de seus filmes,algo em minha opinião que acaba justificando o ato de assistir o filme,mesmo considerando todos os seus aspectos negativos.