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17 abril 2021

1964 - Brasil paralelo e um histórico do SNI



Eu sigo interessado em inteligência militar (desse nome vem os military intelligences [MI1,5,6...n] britânicos) de modo geral. Guiado por uma curiosidade quanto a origens e perfil organizacional do SNI, e certa preguiça literária, decidi assistir 1964 do Brasil Paralelo. 

De modo geral o filme foi bem inútil no que se refere a responder minhas perguntas, mas foi uma experiência até que interessante, no sentido de entender os limites que existiram na comunicação de massa durante a epifania bolsonarista que o Brasil viveu, foi interessante. Considerando que buscava uma perspectiva mais Brilhante Ustra, encontrei pesquisa de Wikipédia e falta de contextualização histórica.

Muito do argumento na narrativa gira em torno de relatórios do serviço secreto Czech...legal, mas para além da trilha sonora de suspense, percebe-se um vazio argumentativo quando se fala de entender o operacional de inteligência militar...lá pelas tantas o Olavo de Carvalho fala que não há registros de agentes do país X ou Y no Brasil, o cara deve tá achando que espião tem que ter carteirinha com assinatura autenticada em cartório.

Outro ponto interessante, muito da coleta de informação que hoje se faz online com acompanhamento de noticiário, na época era feita com operativos no local...então dependendo do país e do perfil da agência, era uma boa oportunidade pra viajar o mundo as custas do governo entregando relatórios com certa regularidade. Somando isso com a imagem de Brasil no mundo nessa época (auge da Carmen Miranda), o que não devia faltar era espião por aqui.

E sobre o serviço secreto Czech, diferente da KGB, eles não tinham um bom trackrecord de eficiência. Até tentei achar algum relato sobre (5 min no Google): Depois que a embaixada soviética na Australia foi fechada, a estrutura czech pode ter sido usada como fachada pra KGB, mas até isso é bem incerto.

Czechoslovakian espionage down under during the early years of the Cold War | Radio Prague International

Enfim, o filme promete bem mais do que entrega, e o que entrega é questionável, de qualquer forma a experiência foi válida. 

Dado que no Brasil é comum ver debates sem sentido, nos quais os debatedores não entendem ou sequer conhecem as referências alheias. Porém o debate coletivo só avança produtivamente se você é capaz de manusear os argumentos com os quais o outro está acostumado.

Fica mais fácil direcionar a discussão de acordo com os seus interesses...Olha essa indústria de thinktank nos EUA, só existe para existe para subsidiar o lobby e a imprensa com argumentos que se adequem a um determinado grupo de interesses, mas ainda é valida já que subsidia um espaço intermediário entre o acadêmico e o corporativo.

Essa coisa de saber como alguém pensa, para guiar a discussão de acordo com os seus interesses dentro dos argumentos que o interlocutor está acostumado a usar é crucial, para guiar a narrativa e/ou o debate midiático.

A manipulação de argumentos me soa mais produtiva que essa coisa “meu autor é melhor que o seu”, que marca o debate econômico brasileiro.

Sobre a minha pergunta inicial quanto ao SNI acabei num texto do CPDOC (Mônica Kornis), na sequência alguns pontos interessantes:

‘’ O SNI era uma peça do sistema nacional de informações, integrado ainda pelos sistemas setoriais de informações dos ministérios civis e militares e pelo sistema de informações estratégicas militares. As forças armadas possuíam também seus serviços de informações, a saber, o Centro de Informações da Marinha (Cenimar), o Centro de Informações do Exército (Ciex) e o Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica (CISA). Além destes, dedicavam-se aos serviços de informações os departamentos de ordem política e social das secretarias de Segurança dos estados e do Departamento de Polícia Federal. A dotação orçamentária do SNI para o ano de 1981 teria sido de cerca de setecentos milhões de cruzeiros, incluídas as despesas sigilosas.’’

‘’setor internacional da Seção de Análise de Informações ganhou importância a partir de 1973, quando o governo federal constatou que o fluxo normal de relatórios das embaixadas não foi suficiente para suprir o Executivo de dados que permitissem avaliar a extensão do dano causado pela crise do preço do petróleo, que para o Brasil representou um aumento de dez vezes, provocando um grande impacto na economia do país. Visando sanar esta deficiência, o SNI arregimentou um seleto corpo de elite, o dos agentes especiais — entre os quais havia militares, economistas, psicólogos, analistas de sistemas, engenheiros e diplomatas — destinado a atuar principalmente no exterior, cumprindo missões sempre secretas. Entre 1982 e 1988 havia agentes especiais atuando em Paris, Roma, Bonn, Londres, Washington, Bagdá, Trípoli, Riad, Montevidéu, Buenos Aires, Paramaribo e em cidades-sede de organismos internacionais, como Bruxelas (OTAN), Genebra (várias agências da ONU) ou Viena (Agência Internacional de Energia Atômica). Todos eles eram fundamentais, a rigor, para vários programas estratégicos brasileiros do tipo levado em diante pelo Ministério da Marinha, sob grossa capa de sigilo, e que deu ao país o acesso ao ciclo nuclear completo com tecnologia própria, independente. Contudo, a vida funcional da equipe permanece nebulosa e em 1990, com a criação da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) no governo de Fernando Collor de Melo (1990-1992), desapareceu a relação de nomes, ou mesmo o código que identificava entre os funcionários os integrantes do grupo de agentes especiais.’’

 “A resistência do órgão em colaborar com iniciativas conduzidas por outros ministérios contribuiu para reforçar a ideia de que o SNI representava uma parte significativa do chamado “entulho do autoritarismo” herdado do ciclo militar. Neste sentido, destaca-se a aprovação da Lei do Direito de Acesso à Informação ou o Habeas Data, que proibia as autoridades de recusar qualquer informação pública aos interessados, iniciativa conduzida pelo ministro da Justiça Fernando Lyra. O instrumento jurídico que garante o acesso a informações pessoais constantes de banco de dados ou registros de entidades governamentais ou privadas foi assegurado pela promulgação da Constituição de 1988 pelo seu artigo 5º. Contudo, segundo a imprensa, o SNI teria preparado um arquivo paralelo que teria sido transferido para o Centro de Informações do Exército (Ciex), numa tentativa de evitar que determinadas informações viessem a conhecimento público.

‘’Durante o governo Sarney foi criado ainda o Fundo Especial do Serviço Nacional de Informações, regido por parte da legislação que havia criado o Fundo do Exército em 1965. Esta decisão que fortalecia o SNI determinava que o fundo seria administrado pelo ministro do órgão e que os seus recursos poderiam ser aplicados no mercado financeiro.’’

‘’... o quadro de funcionários do SNI era composto de civis e militares na proporção de 62% de civis, 26% de militares da ativa e 12% de militares da reserva. Esses funcionários dividiam-se, entre outras categorias, em especialistas em movimento sindical, especialistas em movimento estudantil e especialistas em movimentos da Igreja...''


Perguntas:

O imaginário popular sobre o SNI reflete o que era o SNI ou se confunde com outras instituições tipo Polícia do exército? Se os dados são reais, reflete uma instituição civil nos moldes da inteligência americana.

Brasil sendo Brasil quando as pessoas não sabiam quem culpar,se atribuia isso ao SNI, ou essas atribuições eram fundamentadas?

Quem treinou o SNI? O Brasil, pela palestra "The CIA and the CovertCold War" - Lecture by David Robarge - YouTube não aparece no roll de “cover ops” do período reconhecidos pela CIA [declassified], e pelo menos no papel há algumas similaridades na estrutura. Talvez oriundas de outras fontes como intercâmbio entre escolas militares, ou cooperação com outros setores do governo americano.

Nessa pergunta específica, eu checaria o histórico de pessoas chave na formação do SNI...descobrir quem são essas pessoas, e tentar achar os currículos é uma outra confusão.

Nomes ligados ao SNI, tem vários, saber quais são de fato relevantes é outra questão.

Update: Pelos depoimentos da Comissão da Verdade, dá pra inferir que embora tenha havido intel externa a nível de SNI(alto oficialato), é mais provavel que a cultura na base da coleta de informações feita pelo exército no CIE ( Centro de Inteligência do Exército)(principalmente praças e médio oficialato) tenha tido o modelo de p2 da PM e policias locais em geral como referência principal principalmente PMERJ, PMESP e as civis.Isso já vinha como resquício das estruturas de intel do governo Vargas (DOPS). A confiabilidade das informações obtidas nesse modelo, tende a ser consideravelmente frágil, e dá margem ao quadro da casa de  Petropólis...e ainda nos dias de hoje, qualquer edição do Jornal O São Gonçalo. 

 

 Depoimento que aborda as estruturas de intel BRs  Pro que eu tava procurando as primeiras 15 pags são chave. (texto com meus destaques )

Nos depoimentos tem relatos de circulação de relatórios de intel  originários de US, UK e Israel, mas é uma menção breve com tom de curiosidade distante. Acontece em 13m30s

Depoimento do coronel Paulo Malhães, ex-agente do CIE - parte 1/2 - YouTube

Detalhe interessante pra pensar o Brasil, é que a PMERJ é a primeira força a ser estabelecida,na guerra do Paraguai os quadros experientes vinham das PMs,e através delas se organizou o Corpos de Voluntários e complementação dos efetivos do Exército.

Esse modelo de intel desenvolvimento pro crime urbano BR acabou exportado pela América Latina, talvez a atuação brasileira seja até o missing point pro covert da CIA que falhou no Chile. "The CIA and the CovertCold War" - Lecture by David Robarge - YouTube 

 ''Marival Chaves Dias do Canto – Além do Fleury, o DOI, digamos assim, adquiriu experiência no embate do dia a dia, não há dúvida nenhuma quanto a isso aí. Mas ele teve o embasamento da Polícia Civil de São Paulo, através especialmente de Fleury. Fleury, Tuma, e todo esse pessoal aí, né? Pessoal que dirigiu esse tipo de trabalho lá. Infiltrado, por exemplo, como eu disse, vem do Fleury, vem da figura dele, ele é que instituiu isso aí voltado para o crime comum e depois aproveitou para repressão política.''


O SNI nasceu errado tentado botar no mesmo guarda chuva Intel interna externa? São arcabouços regulatórios bem diferentes.

Update:Considerando a resposta anterior, se torna irrelevante. 

O que aconteceu com esse fundo?


Perguntas pra além desse texto:

O sistema de arapongas voluntários, me parece propenso a dar a problema.

As informações geradas no sistema eram confiáveis?Qual era o processo e o rigor da verificação?

Update: Conclusão

Esquerda e direita questionam se existia ameaça comunista... pelo operacional da época em que todo mundo era araponga, bastava uma richa de vizinhos pra alguém virar alvo. Verificação, ou qualquer checks and balances na base de arapongas inexistia. 

Parece mais uma questão de ser enquadrado como 'subversivo', e isso tinha um significado variável.

Minha ideia inicial era procurar um racional preciso, pra justificar qualquer contrainteligencia dos militares. Tipo os tubos de aluminio e o yellow cake no lançe do Iraq (da Valerie Plame)...mas pelos argumentos vagos de uma ideológia distante que o Malhães demonstra pra se justificar..essa preocupação não existia.Logo pura irracionalidade.

Sobre o SNI,algum grau de conexão externa houve e se reflete na descrição da ESNI(Escola Nacional de Intel), a proposta do SNI era boa, mas estava sendo alimentada com informação ruim da base de arapongas em cada força. Deve ter gerado uma grana pra IBM ou Bell Labs.

No mais, um sistema de intel ruim, gerou um ciclo retroalimentável de resistência.

E tem essa coisa coisa do alto oficialato ver uma coisa, e os praças fazerem outra. Outro ponto é que Marinha(CENIMAR) e FAB(CISA)  não adotavam a mesma metodológia ''ciêntifica''/operacional do CIE,o que não necessariamente lhes atribuí maior grau de confiabilidade no information gathering, de todo modo o CIE parece ser a peça central na engrenagem de intel do periodo.

Possiveis contrapontos: 

Pode ser que em alguma ocasião especifica tenha havido um racional bom, mas pela estrutura frágil da base de intel gathering, isso parece mais excessão do que regra. 

Seria interesante checar nas origens do DOPS alguma conexão com o FBI de J. Edgar Hoover, mas isso remete a ditadura Varguista. O FBI teve um histórico confuso também, perseguindo comunistas internamente, e atua como polícia. O elo poderia ser FBI-DOPS ou FBI-Polícias locais-DOPS.

Entretanto acho mais razoável supor (carece de verficação) que a origem do DOPS(1924) remeta a algum modelo metodológico europeu. Fora que entre 1924 e 1964 muitos ajustes metológicos podem ter sido desenvolvido internamente.

UPDATE 21-05-21

Eu dei uma pausa nessa coisa das operações de inteligência no Brasil, pra lidar com coisas mais distantes e tranquilas que possam futuramente me servir com proxy pra entender melhor a confusão das organizações de segurança no Brasil; tipo a relação da Mossad com a intel Iraniana...tranquilíssimo. No mais o quadro de desigualdade economica é parecido, e na media, é mais fácil assumir uma perspectiva de observador externo.

Mas nesse meio tempo o Jones Manoel trouxe um texto que cobre alguns buracos presentes nessa minha discussão: França.

Eu sempre achei estranho o papel dos EUA na ditadura brasileira, até porque no que precede a década de 60 os links da elite brasileira com os EUA são quase inexistentes. Existem alguns, mas na maioria das vezes tem um intermédio de UK.

Enfim, a figura da França, fecha um gap na minha pesquisa quanto ao perfil de formação do generalato, o que provavelmente se deu através da USP instituição com a qual militarismo brasileiro tem links interessantes, e legítimos até os dias de hoje em projetos como Aramar e a própria relação da Politécnica com a Marinha. No mais sigo com a perspectiva de que o problema maior na ditadura seria a base das instituições, na tradição das policias brasileiras que vai do coronéis aos fascismo dos anos 30 e chega aos dias de hoje com influências americanas e francesas.

 

Nesse entretempotambém fiz uma pesquisa sobre a ditadura no chile que segue aqui em texto e slides: https://www.dropbox.com/s/u4ib264qbylegb0/CHILE.pdf?dl=0



O texto citado pelo Jones Manoel Imperialismo e Grupos Armados no Brasil - Revista Opera e uma versão com meus destaques 

O ponto do General Kruel, é interessante, mas não acredito que ele seja significativo,já que a próximidade com as estruturas fascistas varguistas, e mescmo com a França me soa mais intensa.Porém o FBI da década de 40 tem suas próprias questóes, mesmo dentro dos EUA.No mais, o ponto de partida que eu adoto é o Kennedy com o Aliança para o Progresso, existe o Paraguai e Vargas antes disso, mas já é uma outra linha da condução de politíca externa nos EUA, que responde mais ao fascismo do que a Guerra Fria. 

Quanto a PM, dá pra mapear as origens dela e seu papel na base do militarismo brasileiro olhando o papel que essas instituições desempenham durante a Guerra do Paraguai. 


01 outubro 2010

Dois filmes em um

Quando Paris alucina,1964

 Hoje em dia não são raros filmes que tentam retratar os bastidores de Hollywood,mas geralme)nte isso não dá certo,nesse momento recordo-me apenas de “Dr. Dollitle 5”(2009),que é quase uma paródia ao tema.Mas no ano de 1964 pode ser encontrado um filme bem interessante,um remake de outro filme de 1953, “La Fête à Henriette/As festas do coração” — não pude assistir ao original —,mas a versão de 1964,que se chama “Quando Paris alucina”,retrata um romance,entre um roteirista acostumado a vida fácil —que trabalha 5 dias por ano,para conseguir dinheiro,para os outros 360,como personagem diz —,que precisa entregar um roteiro,mas acaba se apaixonando por sua assistente durante a produção do roteiro.
  Não errado dizer,que “Quando Paris alucina”,são dois filmes dentro de um único filme,talvez até três,se considerarmos o filme que é roubado no roteiro que o personagem de William Holden escreve.O filme ainda conta com a participação de  Tony Curtis,no papel do “segundo” policial ,o ator que infelizmente veio a falecer ontem ( no dia 30/09/2010 ) aos 85 anos,Curtis fez sucesso nos 50,sendo indicado ao Oscar por sua participação em “Acorrentados”(1958),Tony foi casado,com Janet Leigh,atriz que protagonizou “Psicose”(1960),de Alfred Hitchcock,com quem teve uma filha, Jamie Lee Curtis.
  Audrey Hepburn,faz o papel da assistente de Richard Benson (William Holden),a atriz parece equecer,que é coadjuvante,e rouba cena,chamando toda a atenção para si,assistir à “Quando Paris alucina” é uma ótima forma de conhecer o trabalho de Audrey,já que está aparece impecável no filme — particularmente,não à conhecia,mas gostei muito,da forma,como ela consegue chamar a atenção do espectador,com sua inigualável beleza,além da excelente atuação.
 O filme não é um dos melhore filmes que já vi,mas merece seus créditos como clássico e é quase uma comédia romântica.Erra apenas ao não dar papeis mais importantes,a atores mais importântes,Tony Curtis por exemplo,poderia ser o roteirista — apesar de ter gostado,da atuação William Holden — ou ter um papel de maior importância,ao invés de um policial,que a todo momento,na forma de piada,é lembrado que é apenas um coadjuvante.

10 agosto 2010

O maior sucesso de Hitchcock.

Psicose(1960),cena do chuveiro é considerada um
marco na história do cinema,foi estrelada por Janet Leigh,
e dirigida por Alfred Hitchcock
Hoje finalmente consegui assistir ao clássico,Psicose(1960),a maior bilheteria da carreira do mestre Alfred Hitchcock.Anteriormente já tinha assistido ao remake de 1998 - após uma breve analise,constatei que é uma péssima versão colorida do clássico Hitchcockiano de 1960(já que o próprio Hitchcock optou,por fazer o original em preto e branco,temendo que a cena em que o sangue escorre pelo ralo,pudesse causar repúdio nos espectadores,que consequentemente rejeitariam o filme,e de fato isso acontece na versão,mas acredito que um simples corte,que o diretor,Gus Van Sant,deixou de fazer poderia ter resolvido este problema,que se criou na versão colorida de Psicose ),onde Gus Van Sant consegue,destruir a um roteiro tão magnífico,quanto o de Psicose,com  atuações que não conseguem convencer o espectador,o filme é considerando uma mancha negra na carreira de diretor -,por isso acabei não me envolvendo tanto no maravilhoso suspense,que Hitchcock nos apresenta em Psicose,mas ainda que a história,nem seu fim não fossem inéditos para mim é maravilho conhecer Psicose,pelo olhos de Hitchcock,acompanhar as atuações - que nesta,versão são infinitamente superiores,às do remake de 1998 - esplendorosas,com o "selo de qualidade" do mestre Hitchcock.
Um dos cartazes que indicavam,que a sessão deveria ser acompanhada
do início ao fim

  Devo admitir que este é mais um filme,de Hitchcock em que não consigo,notar sua aparição - percebi apenas em Marnie,confissões de uma ladra (1964)e obviamente em O homem errado (1956) - ,mas após uma breve busca na web acabei descobrindo,que neste filme Alfred Hitchcock,faz sua tradicional aparição,por volta dos quatro primeiros minutos de filme,ainda no escritório,no qual Marion(Janet Leigh)trabalhava.
 Psicose  desde seu lançamento esteve repleto de curiosidade,a grande maioria surgiu a mando de seu,diretor,Alfred Hitchcock.Uma das principais curiosidades a respeito do filme,diz que quando o mesmo fora lançando,Hitchcock teria proibido,que pessoas pudessem,entrar no meio das sessões,segundo o próprio Hitchcock,isto seria para preservar o climax do suspense,proporcionado por Psicose.O filme era na época de seu lançamento,uma espécie de "teste",para com um novo estilo de suspense(SPOILER:um exemplo disso é que na época o publico não estava acostumado,a ter a protagonista da história morrendo,em quarenta e cinco minutos,menos da metade do filme),que Hitchcock já vinha planejando com base na experiência que havia adquirido produzindo seu programa de tv - Alfred Hitchcock Presents,no Brasil o programa teve algumas de suas temporadas exibidas pela extinta TV TUPI com o titulo de Suspene  - ,por isso o filme teve um baixo orçamento - por volta de US$800 mil,um orçamento baixisimo se considerarmos que filme rendeu apenas na época mais de US$40 milhões.Psych(titulo original),ou Psicose foi também o último filme em preto e branco produzido por Hitchcock(para manter o orçamento baixo,e por outros motivos citados acima).O filme com a excelente trilha sonora de Bernard herrmann.

Veja também:
Algumas fotos de Psicose
Os 50 anos de Psicose,por Afred Hitchcock(Texto de Rubens Ewald Filho)