A Sombra de uma Dúvida,1943 |
Dentre os tantos filmes de qualidades,produzidos por Alfred Hitchcock,se encontra “A sombra de uma dúvida”(1943),o filme era (segundo o crítico Rubens Ewald Filho) um dos preferidos de Hitchcock,tendo seu roteiro co-escrito pela esposa deste.O filme é interessante — ainda não assisti a um clássico (ou não) Hitchcockiano que não fosse — com uma trama que deixa o espectador curioso,mas particularmente,achei que o mistério em torno do tio Charlie (Joseph Cotten ),foi desvendado muito cedo,o que é bem característico de Hitchcock que após solucionar um mistério,deixa a dúvida no espectador de como o personagem conduzirá a trama,de acordo com aquilo que sabe.Mas isso não dá muito certo em “A sombra de uma dúvida”,já que o roteiro não é um pouco óbvio demais.Apesar disso gostei do filme,que não é uma das melhores produções de Hitchcock,mas fica num patamar,próximo ao de produções que Hitchcock produziria somente no fim de sua carreira,como “Trama Macabra”(seu último filme,produzido nos EUA,em 1976),ou até mesmo “Topázio”(1969).
Em “A sombra de uma dúvida”,senti falta de James Stewart,astro que faria sucesso ao lado de Hitchcock anos mais tarde,em filmes como “Festim diabólico”(1946),e se tornaria um dos artistas prediletos de Hitchcock,voltando a ser utilizado em sucessos ainda maiores como “Vertigo”,de 1958,filme que passou alguns anos,fora do alcance do público. Joseph Cotten,não está ruim no papel do tio Charlie,mas em determinados momento lhe falta “algo”,que sobra em Stewart.
“A sombra de uma dúvida”,conta a história de Charlie Oakley,tio da personagem de mesmo nome,que é interpretada por Teresa Wright.A personagem de Teresa,é muito ligada a seu tio,vê nele a imagem de uma figura “paterna”,já que em alguns momentos demonstram mais carinho por seu tio,do que por seu próprio pais,mas a personagem de Teresa vê seu carinho por seu tio ser abalado,quando descobre que este está sendo acusado de assassinato.Particularmente não achei o final muito surpreendente — de acordo com a forma,com a qual a história se desenvolve — mas este não deixa de ser interessante.
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