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17 abril 2021

1964 - Brasil paralelo e um histórico do SNI



Eu sigo interessado em inteligência militar (desse nome vem os military intelligences [MI1,5,6...n] britânicos) de modo geral. Guiado por uma curiosidade quanto a origens e perfil organizacional do SNI, e certa preguiça literária, decidi assistir 1964 do Brasil Paralelo. 

De modo geral o filme foi bem inútil no que se refere a responder minhas perguntas, mas foi uma experiência até que interessante, no sentido de entender os limites que existiram na comunicação de massa durante a epifania bolsonarista que o Brasil viveu, foi interessante. Considerando que buscava uma perspectiva mais Brilhante Ustra, encontrei pesquisa de Wikipédia e falta de contextualização histórica.

Muito do argumento na narrativa gira em torno de relatórios do serviço secreto Czech...legal, mas para além da trilha sonora de suspense, percebe-se um vazio argumentativo quando se fala de entender o operacional de inteligência militar...lá pelas tantas o Olavo de Carvalho fala que não há registros de agentes do país X ou Y no Brasil, o cara deve tá achando que espião tem que ter carteirinha com assinatura autenticada em cartório.

Outro ponto interessante, muito da coleta de informação que hoje se faz online com acompanhamento de noticiário, na época era feita com operativos no local...então dependendo do país e do perfil da agência, era uma boa oportunidade pra viajar o mundo as custas do governo entregando relatórios com certa regularidade. Somando isso com a imagem de Brasil no mundo nessa época (auge da Carmen Miranda), o que não devia faltar era espião por aqui.

E sobre o serviço secreto Czech, diferente da KGB, eles não tinham um bom trackrecord de eficiência. Até tentei achar algum relato sobre (5 min no Google): Depois que a embaixada soviética na Australia foi fechada, a estrutura czech pode ter sido usada como fachada pra KGB, mas até isso é bem incerto.

Czechoslovakian espionage down under during the early years of the Cold War | Radio Prague International

Enfim, o filme promete bem mais do que entrega, e o que entrega é questionável, de qualquer forma a experiência foi válida. 

Dado que no Brasil é comum ver debates sem sentido, nos quais os debatedores não entendem ou sequer conhecem as referências alheias. Porém o debate coletivo só avança produtivamente se você é capaz de manusear os argumentos com os quais o outro está acostumado.

Fica mais fácil direcionar a discussão de acordo com os seus interesses...Olha essa indústria de thinktank nos EUA, só existe para existe para subsidiar o lobby e a imprensa com argumentos que se adequem a um determinado grupo de interesses, mas ainda é valida já que subsidia um espaço intermediário entre o acadêmico e o corporativo.

Essa coisa de saber como alguém pensa, para guiar a discussão de acordo com os seus interesses dentro dos argumentos que o interlocutor está acostumado a usar é crucial, para guiar a narrativa e/ou o debate midiático.

A manipulação de argumentos me soa mais produtiva que essa coisa “meu autor é melhor que o seu”, que marca o debate econômico brasileiro.

Sobre a minha pergunta inicial quanto ao SNI acabei num texto do CPDOC (Mônica Kornis), na sequência alguns pontos interessantes:

‘’ O SNI era uma peça do sistema nacional de informações, integrado ainda pelos sistemas setoriais de informações dos ministérios civis e militares e pelo sistema de informações estratégicas militares. As forças armadas possuíam também seus serviços de informações, a saber, o Centro de Informações da Marinha (Cenimar), o Centro de Informações do Exército (Ciex) e o Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica (CISA). Além destes, dedicavam-se aos serviços de informações os departamentos de ordem política e social das secretarias de Segurança dos estados e do Departamento de Polícia Federal. A dotação orçamentária do SNI para o ano de 1981 teria sido de cerca de setecentos milhões de cruzeiros, incluídas as despesas sigilosas.’’

‘’setor internacional da Seção de Análise de Informações ganhou importância a partir de 1973, quando o governo federal constatou que o fluxo normal de relatórios das embaixadas não foi suficiente para suprir o Executivo de dados que permitissem avaliar a extensão do dano causado pela crise do preço do petróleo, que para o Brasil representou um aumento de dez vezes, provocando um grande impacto na economia do país. Visando sanar esta deficiência, o SNI arregimentou um seleto corpo de elite, o dos agentes especiais — entre os quais havia militares, economistas, psicólogos, analistas de sistemas, engenheiros e diplomatas — destinado a atuar principalmente no exterior, cumprindo missões sempre secretas. Entre 1982 e 1988 havia agentes especiais atuando em Paris, Roma, Bonn, Londres, Washington, Bagdá, Trípoli, Riad, Montevidéu, Buenos Aires, Paramaribo e em cidades-sede de organismos internacionais, como Bruxelas (OTAN), Genebra (várias agências da ONU) ou Viena (Agência Internacional de Energia Atômica). Todos eles eram fundamentais, a rigor, para vários programas estratégicos brasileiros do tipo levado em diante pelo Ministério da Marinha, sob grossa capa de sigilo, e que deu ao país o acesso ao ciclo nuclear completo com tecnologia própria, independente. Contudo, a vida funcional da equipe permanece nebulosa e em 1990, com a criação da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) no governo de Fernando Collor de Melo (1990-1992), desapareceu a relação de nomes, ou mesmo o código que identificava entre os funcionários os integrantes do grupo de agentes especiais.’’

 “A resistência do órgão em colaborar com iniciativas conduzidas por outros ministérios contribuiu para reforçar a ideia de que o SNI representava uma parte significativa do chamado “entulho do autoritarismo” herdado do ciclo militar. Neste sentido, destaca-se a aprovação da Lei do Direito de Acesso à Informação ou o Habeas Data, que proibia as autoridades de recusar qualquer informação pública aos interessados, iniciativa conduzida pelo ministro da Justiça Fernando Lyra. O instrumento jurídico que garante o acesso a informações pessoais constantes de banco de dados ou registros de entidades governamentais ou privadas foi assegurado pela promulgação da Constituição de 1988 pelo seu artigo 5º. Contudo, segundo a imprensa, o SNI teria preparado um arquivo paralelo que teria sido transferido para o Centro de Informações do Exército (Ciex), numa tentativa de evitar que determinadas informações viessem a conhecimento público.

‘’Durante o governo Sarney foi criado ainda o Fundo Especial do Serviço Nacional de Informações, regido por parte da legislação que havia criado o Fundo do Exército em 1965. Esta decisão que fortalecia o SNI determinava que o fundo seria administrado pelo ministro do órgão e que os seus recursos poderiam ser aplicados no mercado financeiro.’’

‘’... o quadro de funcionários do SNI era composto de civis e militares na proporção de 62% de civis, 26% de militares da ativa e 12% de militares da reserva. Esses funcionários dividiam-se, entre outras categorias, em especialistas em movimento sindical, especialistas em movimento estudantil e especialistas em movimentos da Igreja...''


Perguntas:

O imaginário popular sobre o SNI reflete o que era o SNI ou se confunde com outras instituições tipo Polícia do exército? Se os dados são reais, reflete uma instituição civil nos moldes da inteligência americana.

Brasil sendo Brasil quando as pessoas não sabiam quem culpar,se atribuia isso ao SNI, ou essas atribuições eram fundamentadas?

Quem treinou o SNI? O Brasil, pela palestra "The CIA and the CovertCold War" - Lecture by David Robarge - YouTube não aparece no roll de “cover ops” do período reconhecidos pela CIA [declassified], e pelo menos no papel há algumas similaridades na estrutura. Talvez oriundas de outras fontes como intercâmbio entre escolas militares, ou cooperação com outros setores do governo americano.

Nessa pergunta específica, eu checaria o histórico de pessoas chave na formação do SNI...descobrir quem são essas pessoas, e tentar achar os currículos é uma outra confusão.

Nomes ligados ao SNI, tem vários, saber quais são de fato relevantes é outra questão.

Update: Pelos depoimentos da Comissão da Verdade, dá pra inferir que embora tenha havido intel externa a nível de SNI(alto oficialato), é mais provavel que a cultura na base da coleta de informações feita pelo exército no CIE ( Centro de Inteligência do Exército)(principalmente praças e médio oficialato) tenha tido o modelo de p2 da PM e policias locais em geral como referência principal principalmente PMERJ, PMESP e as civis.Isso já vinha como resquício das estruturas de intel do governo Vargas (DOPS). A confiabilidade das informações obtidas nesse modelo, tende a ser consideravelmente frágil, e dá margem ao quadro da casa de  Petropólis...e ainda nos dias de hoje, qualquer edição do Jornal O São Gonçalo. 

 

 Depoimento que aborda as estruturas de intel BRs  Pro que eu tava procurando as primeiras 15 pags são chave. (texto com meus destaques )

Nos depoimentos tem relatos de circulação de relatórios de intel  originários de US, UK e Israel, mas é uma menção breve com tom de curiosidade distante. Acontece em 13m30s

Depoimento do coronel Paulo Malhães, ex-agente do CIE - parte 1/2 - YouTube

Detalhe interessante pra pensar o Brasil, é que a PMERJ é a primeira força a ser estabelecida,na guerra do Paraguai os quadros experientes vinham das PMs,e através delas se organizou o Corpos de Voluntários e complementação dos efetivos do Exército.

Esse modelo de intel desenvolvimento pro crime urbano BR acabou exportado pela América Latina, talvez a atuação brasileira seja até o missing point pro covert da CIA que falhou no Chile. "The CIA and the CovertCold War" - Lecture by David Robarge - YouTube 

 ''Marival Chaves Dias do Canto – Além do Fleury, o DOI, digamos assim, adquiriu experiência no embate do dia a dia, não há dúvida nenhuma quanto a isso aí. Mas ele teve o embasamento da Polícia Civil de São Paulo, através especialmente de Fleury. Fleury, Tuma, e todo esse pessoal aí, né? Pessoal que dirigiu esse tipo de trabalho lá. Infiltrado, por exemplo, como eu disse, vem do Fleury, vem da figura dele, ele é que instituiu isso aí voltado para o crime comum e depois aproveitou para repressão política.''


O SNI nasceu errado tentado botar no mesmo guarda chuva Intel interna externa? São arcabouços regulatórios bem diferentes.

Update:Considerando a resposta anterior, se torna irrelevante. 

O que aconteceu com esse fundo?


Perguntas pra além desse texto:

O sistema de arapongas voluntários, me parece propenso a dar a problema.

As informações geradas no sistema eram confiáveis?Qual era o processo e o rigor da verificação?

Update: Conclusão

Esquerda e direita questionam se existia ameaça comunista... pelo operacional da época em que todo mundo era araponga, bastava uma richa de vizinhos pra alguém virar alvo. Verificação, ou qualquer checks and balances na base de arapongas inexistia. 

Parece mais uma questão de ser enquadrado como 'subversivo', e isso tinha um significado variável.

Minha ideia inicial era procurar um racional preciso, pra justificar qualquer contrainteligencia dos militares. Tipo os tubos de aluminio e o yellow cake no lançe do Iraq (da Valerie Plame)...mas pelos argumentos vagos de uma ideológia distante que o Malhães demonstra pra se justificar..essa preocupação não existia.Logo pura irracionalidade.

Sobre o SNI,algum grau de conexão externa houve e se reflete na descrição da ESNI(Escola Nacional de Intel), a proposta do SNI era boa, mas estava sendo alimentada com informação ruim da base de arapongas em cada força. Deve ter gerado uma grana pra IBM ou Bell Labs.

No mais, um sistema de intel ruim, gerou um ciclo retroalimentável de resistência.

E tem essa coisa coisa do alto oficialato ver uma coisa, e os praças fazerem outra. Outro ponto é que Marinha(CENIMAR) e FAB(CISA)  não adotavam a mesma metodológia ''ciêntifica''/operacional do CIE,o que não necessariamente lhes atribuí maior grau de confiabilidade no information gathering, de todo modo o CIE parece ser a peça central na engrenagem de intel do periodo.

Possiveis contrapontos: 

Pode ser que em alguma ocasião especifica tenha havido um racional bom, mas pela estrutura frágil da base de intel gathering, isso parece mais excessão do que regra. 

Seria interesante checar nas origens do DOPS alguma conexão com o FBI de J. Edgar Hoover, mas isso remete a ditadura Varguista. O FBI teve um histórico confuso também, perseguindo comunistas internamente, e atua como polícia. O elo poderia ser FBI-DOPS ou FBI-Polícias locais-DOPS.

Entretanto acho mais razoável supor (carece de verficação) que a origem do DOPS(1924) remeta a algum modelo metodológico europeu. Fora que entre 1924 e 1964 muitos ajustes metológicos podem ter sido desenvolvido internamente.

UPDATE 21-05-21

Eu dei uma pausa nessa coisa das operações de inteligência no Brasil, pra lidar com coisas mais distantes e tranquilas que possam futuramente me servir com proxy pra entender melhor a confusão das organizações de segurança no Brasil; tipo a relação da Mossad com a intel Iraniana...tranquilíssimo. No mais o quadro de desigualdade economica é parecido, e na media, é mais fácil assumir uma perspectiva de observador externo.

Mas nesse meio tempo o Jones Manoel trouxe um texto que cobre alguns buracos presentes nessa minha discussão: França.

Eu sempre achei estranho o papel dos EUA na ditadura brasileira, até porque no que precede a década de 60 os links da elite brasileira com os EUA são quase inexistentes. Existem alguns, mas na maioria das vezes tem um intermédio de UK.

Enfim, a figura da França, fecha um gap na minha pesquisa quanto ao perfil de formação do generalato, o que provavelmente se deu através da USP instituição com a qual militarismo brasileiro tem links interessantes, e legítimos até os dias de hoje em projetos como Aramar e a própria relação da Politécnica com a Marinha. No mais sigo com a perspectiva de que o problema maior na ditadura seria a base das instituições, na tradição das policias brasileiras que vai do coronéis aos fascismo dos anos 30 e chega aos dias de hoje com influências americanas e francesas.

 

Nesse entretempotambém fiz uma pesquisa sobre a ditadura no chile que segue aqui em texto e slides: https://www.dropbox.com/s/u4ib264qbylegb0/CHILE.pdf?dl=0



O texto citado pelo Jones Manoel Imperialismo e Grupos Armados no Brasil - Revista Opera e uma versão com meus destaques 

O ponto do General Kruel, é interessante, mas não acredito que ele seja significativo,já que a próximidade com as estruturas fascistas varguistas, e mescmo com a França me soa mais intensa.Porém o FBI da década de 40 tem suas próprias questóes, mesmo dentro dos EUA.No mais, o ponto de partida que eu adoto é o Kennedy com o Aliança para o Progresso, existe o Paraguai e Vargas antes disso, mas já é uma outra linha da condução de politíca externa nos EUA, que responde mais ao fascismo do que a Guerra Fria. 

Quanto a PM, dá pra mapear as origens dela e seu papel na base do militarismo brasileiro olhando o papel que essas instituições desempenham durante a Guerra do Paraguai. 


01 julho 2015

Mortes misteriosas

Marilyn Monroe
Foi em 5 de agosto de 1962,que foi encontrado o corpo daquela,que foi consideradas uma das mulheres mais elegantes de sua geração,aquela mulher que nunca envelheceu,e deixou para nós — fãs —  apenas uma imagem:a da mulher sexy,linda e elegante que sempre foi.Tratasse de Marilyn Monroe que durante toda a sua vida,ao mesmo tempo que protagonizou inúmeros sucessos também esteve envolvida em inúmeros escândalos. Leia mais aqui.

Grace Kelly

Grace Kelly,durante vários anos viveu um conto de fadas,fazendo sucesso no cinema,chegou a estrelar sucessos do mestre Alfred Hitchcock como,Disque “M” para matar (1954),ou Janela Indiscreta do mesmo ano além do também Hitchcockiano, Ladrão de Casaca de 1955 — um filme que segundo alguns é um dos quais Hictchcock menos gostava,pois foi durante as filmagens desse filme que Grace conheceria,Rainier. Leia mais aqui.

Bruce Lee

Uma das teorias,criadas para tentar explicar um suposto assassinado — que nuca foi foi comprovado —,dizia que Bruce,fora assassinado por mestres chineses do Kung-fu,devido à ter revelado muitos segredos a não-chineses. Leia mais aqui.

John Lennon

John  Lennon:O ex-beatle foi morto em 8 de dezembro de 1980,assassinado por Mark Chapman,que atirou em Lennon em frente a seu apartamento na cidade de Nova York. Leia mais aqui.

25 fevereiro 2013

Dois rumos


  Noite de Oscar.Já tem muito tempo que essa noite, e mesmo essa festa, não tem a importância que deveriam. Mas a questão em torno da falta de interesse pelo Oscar, não é tão simples, a ponto de se poder culpar, única e exclusivamente os blockbusters.O Oscar se tornou o maior exemplo da situação de Hollywood hoje: caro(a), luxuosa e...sem graça.   De fato não é fácil estabelecer culpados para isso, mas  talvez o maior deles seja a própria indústria, que permaneceu inerte e adotou posturas conservadoras, quando teve os primeiros sinais de que o mundo, e as formas de se consumir mídia começavam a mudar.Ao invés de abraçar esse novo mundo, e buscar maneiras de torna-lo rentável, trazendo o espectador que então, consumia pirataria para legalidade, talvez oferecendo a este consumidor em potencial, vantagens que a pirataria não lhe poderia oferecer.Hollywood, optou por apenas matar as fontes de conteúdo ilegal, e deixando desamparado essa geração que queria reinventar o consumo de mídia. 
  A indústria dos videogames, também foi vítima da pirataria, e com o advento da internet, poderia ter facilmente acabado como Hollywood, mas soube contornar a situação, oferecendo a opção de jogos multiplayer, que somente funcionam com jogos originais, que se conectam aos servidores das empresas.Uma espécie de algo a mais que fez valer a pena para o jogador, o consumo de games provenientes de fontes lícitas.   A critica cinematográfica, também pode ser apontada como uma das causadoras da atual situação da indústria cinematográfica. Procurando sempre se distanciar, do grande público, e perdendo cada vez mais sua importância. A critica hoje, não trabalha para cria um nova geração de cinéfilos,  mas sim para manter a atual. 
O cinema que se vê,  é sempre mais do mesmo. São raras as ocasiões, em que se tem espaço para um pouco de reflexão,  em meio aos produções multimilionárias. E assim o que se vê é um cinema cada vez mais superficial, um reflexo dos rumos desta indústria. E assim, a indústria como um todo, não se renova. 
Na última edição do Oscar, a falta de espaço para as novas gerações , ficou evidente, quando uma geração de fãs, se despediu de Harry Potter, sem que o filme ganhasse sequer um Oscar. 
 Ao contrário da crítica cinematográfica, a crítica permanece forte na indústria dos games.Talvez pelo preço dos games. Mas crítica, nessa indústria se reinventou com o passar dos anos, deixando de utilizar uma linguagem infatiloíde, e superficial para adotar, uma linguagem coloquial, direta, e que fala diretamente ao consumidor, e leitor que a acompanha.De forma a cativar novos fãs, e agradar aqueles que já acompanham essa mídia de entretenimento.                                                               
  O mundo mudou, Hollywood, e o mundo precisa abrir espaço e aprender com essa nova mídia de entretenimento, e de expressão artística, que é a indústria dos games. 






03 agosto 2012

Part of Me (2012) -“Nossa vida é banal, e simples, como a de todo mundo”


Um ser humano como qualquer outro, essa é Katy Perry. Na entrevista de Pedro Cardoso ao programa “Namoral”, o mesmo disse “Nossa vida [de artista]é banal, e simples, como a de todo mundo”, Part of me, novo documentário sobre Katy Perry vem para “provar” essa teoria, já que no filme vemos uma popstar, que atrai milhões de pessoas para seus shows, mas que no fundo é uma pessoa como qualquer outra, que tem problemas sentimentais, uma história de infância estranha, que em nada indica seu futuro.
A mensagem de Katy, “ser diferente é legal”, tem lógica, vende bem, contudo não deixa de ser uma espécie de autoajuda para seus fãs, que aparecem logo no começo do filme explicando como se sentem ao ouvir as músicas da cantora. Apesar da má reputação do gênero, a autoajuda é sempre bem-vinda, independente da forma como apareça, seja na literatura no cinema, ou mesmo na música.
Katy trabalha bem com seu público, em sua passagem pelo País ,para promover o filme chamou a atenção dos jornalistas por sua simpatia. No documentário fica claro que ela sabe o valor de seus fãs, ainda nas primeiras cenas do filme, sua primeira aparição, se dá num depoimento em meio, a uma sequência depoimentos dos fãs, onde ela fala um pouco sobre si e de sua personalidade, descaracterizada, sem utilizar seu típico vestuário multicolorido. Através de cenas como a anteriormente descrita, fica claro o objetivo do documentário, que tem a própria cantora como uma de suas patrocinadoras.
Mas esse é um filme pra fãs, não há espaço para se fazer uma análise cinematográfica do longa, e esse sequer é o objetivo da produção, que em vários momentos traz depoimentos de fãs, das mais variadas idades. Deve-se também considerar que os fãs (na plateia do cinema) vibram a cada música, a cada aparição da cantora.
A história é bem narrada, e apresenta um ponto de vista intimo sobre Katy,  e suas relações com a família, seus primeiros contatos com a música gospel, com a música de artistas como Michael Jackson, seus primeiros contatos com as gravadoras. Tudo acompanhado de vídeos caseiros, entre eles, alguns com Katy ainda bebê, e em outro momento do longa Katy imita a também cantora Avril Lavigne.
Já conhecia a música de Katy: simpática, pouco inovadora, como quase tudo que se vê no mercado agora, mas agradável, e assim como se vê no longa traz letras — escritas por Katy — que descrevem sua própria vida de uma forma muito pessoal.
O momento mais marcante do filme se dá quando nos bastidores do show realizando em São Paulo, Katy desaba em lágrimas após receber uma mensagem do então esposo Russel. Na sequencia faltando apenas poucos segundos para entrar no palco, Katy ainda está chorosa, mas assim que tem inicio a contagem regressiva para que ela entre no palco, vemos Katy tratar de colocar um sorriso, ainda que falso no rosto, e seguir em frente, atendendo aos milhares de fãs do show em São Paulo. E na vida somos, ou devemos ser assim, quando uma adversidade se coloca a nossa frente, não podemos nos deixar abater, mas devemos sempre seguir em frente.
Daniel Rodrigues

20 julho 2012

Lola (2011) - Um motivo para existir


Famosa por sua participação na série Hanna Montana, Miley Cyrus chega às telas agora num papel mais próximo da realidade, se comparado aos que viveu no universo Disney. Entretanto seu público se mantém o mesmo: adolescentes, que estão descobrindo a vida.
O filme nada mais é do que um remake americano de um filme europeu, o mesmo também aconteceu com “Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres”. Porém , diferentemente do caso de Millennium, onde o filme original já era amplamente conhecido entre os cinéfilos, a versão original de “Lola”, que leva o título de “LOL (Laughing Out Loud)”,é pouco conhecida.
O cinema americano sofre do mesmo mal que o brasileiro: ambos os públicos ­­— exceto os fãs mais assíduos da sétima arte—não gostam das legendas, e assim, cada indústria se adequa a demanda como pode, no Brasil temos as dublagens, nas terras do tio Sam, onde a indústria cinematográfica, já é forte, e está consolidada temos os remakes.
Quanto a versão americana, é difícil encontrar um motivo para dar sentido a sua existência, excetuando-se, saciar a sede dos fãs da cantora Miley Cyrus, que é apenas isso, uma cantora, que faz papéis em filmes, de pouca expressão, diante da critica especializada.
No elenco poucos se salvam, como alguns coadjuvantes e a maravilhosa Demi Moore no papel de mãe da personagem central da trama. Destaque para atuação pouco convincente de Douglas Booth, possuidor de um dos sorrisos mais amarelados do cinema americano.
A direção da versão americana fica a cargo da mesma diretora do filme original, seu nome é Lisa Azuelos, e faz uma ponta no filme original no papel da psicanalista, fora isso seu currículo é bem curto. Na direção da versão americana, faz um trabalho eficiente na condução da história com ângulos câmera interessante e um jogo de tonalidades que ajudam a mergulhar no universo repleto de descobertas dos jovens.
A história é uma típica comédia romântica, um sucesso fácil, quando se trata de bilheteria. Traz piadas com o estilo de vida francês e com a depilação brasileira. E ainda coloca em voga os, dilemas que giram em torno da primeira vez para os adolescentes.
Uma comédia água com açúcar, que certamente dará bons resultados em bilheteria, mas que talvez decepcione os fãs dos musicais Disney no estilo de High School Musical, já que a trilha sonora não tem grande importância na trama, só  aparecendo com mais frequência num segundo momento da história.
De bom, o filme vale pela atuação de Demi Moore, e por sua história água açúcar, que não é de todo ruim, mas não vai além disso.
O filme chega as telas no dia 10 de agosto após vários adiamentos.

Daniel Rodrigues

31 maio 2012

Redentor(2004) - João Emanuel, além "da Brasil"

“Realidade”, é com certeza um critério questionável ,quando se trata de leva-lo, ou não em conta na apreciação de uma peça artística. No cinema — ah, nossa querida sétima arte —, esse conceito, é ainda mais variável. Temos realidades alucinadas, com lógicas que visam criticar uma característica, ou mesmo uma situação cotidiana, no dia-a-dia da sociedade, um exemplo é o Processo (1962), do esquecido — embora genial — Orson Welles, onde este maravilhoso cineasta, que inclusive deixou marcas em sua passagem pelo Brasil, critica todo o sistema judiciário americano, através de um complexo roteiro e representações caricatas, como a do grande advogado, que tem a seus pés, clientes, e nas mãos inúmeras formas de ludibria-los. 
 No Brasil, o exemplo recente desse abandono racional da realidade é o Redentor (2004),de Cláudio Torres. Onde toda a história gira entorno do personagem de Pedro Cardoso, um jornalista que na infância foi amigo de um dos magnatas do setor imobiliário carioca, e assim levou seus pais a comprarem um apartamento na então terra dos sonhos ,numa época em que a Zona sul carioca já começa a se mostrar supervalorizada e com pouco espaço para novas construções :a Barra da Tijuca. Entretanto a conclusão deste negocio nunca chegará a acontecer, e uma divida eterna irá se estabelecer.
Como uma de suas várias temáticas o filme aborda a ganância, que faz parte da personalidade das pessoas, através de algumas falas do personagem de Miguel Falabella, que nos levam a constatar, que mesmo que uma quantia em dinheiro fosse dividida igualmente as pessoas não se dariam por satisfeitas. Por natureza elas querem sempre mais.
 E é por meio do personagem de Pedro Cardoso, que a produção coloca em voga, uma critica a corrupção, na politica e no jornalismo, um assunto muito atual em tempos de um governo pós-populista, onde o que importa é o voto das massas.
A produção aposta ainda num casamento, brilhantemente realizado entre trilha sonora erudita e popular, empregadas nas cenas de suspense, e no clímax da história, respectivamente.
 O longa metragem, ainda traz a tona uma discussão sobre a religiosidade, num momento em que o roteiro, se transformar numa grande farofa, dada a forma brusca, e imediata como essa virada acontece. Contudo, a brilhante direção de Cláudio Torres, em conjunto com o grandioso elenco que — além dos já citados —,conta com nomes como o de Camila Pitanga, Fernanda Montenegro e Stenio Garcia; ameniza os efeitos dessa virada de roteiro.
A qualidade técnica, das cenas, combinadas com a brilhante mistura musical, colocam o espectador, diante de uma reflexão sobre a vida do personagem central e suas escolhas, e o conduzem ao questionamento quanto à lucidez de Célio Rocha(Pedro Cardoso), de forma profunda e levemente cômica.
Entre os autores, aparece o nome de João Emanuel Carneiro, que atualmente é responsável pela representação televisiva, da nova classe média, vista em Avenida Brasil.

Daniel Rodrigues

13 abril 2012

A toda prova (2011) - Ação que dá sono

Logo nas primeiras cenas, já se vê um close no rosto, de formato e feições tipicamente masculinas, da atriz e lutadora Gina Carano. “A Toda prova”, deveria apresentar uma mulher fatal, que em meio as mais extremas cenas de ação, ainda se preocupa com o pai, um escritor de livros sobre crimes. Mas não é isso que se vê no roteiro confuso, de Lem Dobbs , numa direção simplória de Steven Sodenbergh, que tenta a todo custo repetir a formula do sucesso encontrada em “11 homens, e 1 segredo”(2004). A própria trilha sonora , em muito se assemelha a de seu antecessor.
A Lutadora Gina Carano, em nenhum momento convence, no papel de mulher fatal. Com cenas de lutas fraquíssimas, as cenas de maior ação se dão quando a personagem de Gina, foge da policia saltando pelos telhados.
Uma direção técnica eficiente, de fato, o filme possuí. Entretanto, não se pode dizer o mesmo da direção artística, que escala grandes atores como Michael Fasbender  — recém saído do ignorado “Shame”—, Michael Douglas e Antônio Bandeiras , para papeis secundários.
Traída pela agência de espionagem, para qual trabalha a personagem de Gina Carano, saírá em busca de respostas, e de vingança. E uma história que , em sua essência, constitui um clássico clichê, do gênero de espionagem.

13 março 2012

Aparecida - O milagre (2010) -Personagens caricatos

A história é bem simples, porém tem a capacidade de convencer o espectador mais despretensioso. O longa narra a história de um garoto, que perde seu pai, um devoto fiel à Nossa Senhora de Aparecida. O detalhe no trágico evento, é que o garoto havia feito um pedido a santa, e era fiel a mesma — sem entrar no mérito religioso, é estranho, o fato de que o pedido não tinha nenhuma direta com o pai. Em seguida à morte do pai, o que se vê é um menino , revoltado com a Santa declarando ódio a mesma, em plena Basílica de aparecida.                 
O problema está justamente nos personagens, que acabam sendo caricatos, e clichês do cinema, das e mesmo da cultura popular. O mais óbvio é o personagem vivido por Murilo Rosa, numa de suas piores atuações; um milionário — é o garoto que quando criança declarou ódio à santa, agora crescido — que esquece das pessoas ao seu redor e se torna amargo e solitário, em meio a uma família de artistas.
O filme ainda peca, no velho clichê hollywoodiano , de querer explicar , e reexplicar tudo nos mínimos detalhes. Isso fica óbvio quando a cena da morte do pai, e entonação de ódio a santa feita pelo menino, e repetida na lembrança do personagem de Murilo Rosa. Essa técnica teria melhores resultados se aplicada em uma série de tv, ambiente de onde provém a diretora ,Tizuca Yamasaki, que tem em  seu curriculum episódios de séries como “As Brasileiras”, “Você decide”...
A beleza do filme, é justamente o cenário da cidade de Aparecida em São Paulo, é uma pena que a obra tenha uma cara de filme para tv, assim como todas as outras produções para o cinema da diretora, alguns exemplos são “Xuxa em o mistério de feiurinha”, “Xuxa requebra”.
Daniel Rodrigues (@DanielR_DDRP)

08 março 2012

Poder sem Limites (2012)- Brincando de documentário

“A Bruxa de Blair”, “[REC]”, “Cloverfield”, “Atividade Paranormal”, “Poder sem Limites”. O que esses filmes têm em comum? O estilo “mockumentary” (falso documentário), no qual assistimos à obra cinematográfica segundo a perspectiva de um dos personagens, que carrega uma câmera e registra tudo ao seu redor, por isso a imagem tremida e os cortes abruptos. Essa técnica foi sendo gradativamente associado ao gênero terror (“A Bruxa de Blair” em 1999 inaugurou essa tendência) com poucas exceções (“Cloverfield em 2008 apostou no filme-catástrofe). “Poder sem Limites” vem para se juntar a esse grupo e marcar suas particularidades: usar um pseudo-documentário num filme de super-herói.
Temos, então, a história de três amigos, Andrew Detmer (Dane DeHaan), Matt Garetty (Alex Russell) e Steve Montgomery (Michael B. Jordan), que certo dia encontram uma cratera no chão, onde no interior descobrem uma esfera luminosa. Depois de tomar contato com esse estranho objeto, eles adquirem poderes telecinéticos (a capacidade de fazer levitar e controlar objetos com o poder da mente). O que a princípio não passava de brincadeira juvenil, foi aos poucos se tornando uma ameaça descontrolada.
Um dos aspectos mais interessantes do desenvolvimento da trama é retratar os adolescentes de forma verossímil e próxima do público. Muitos dos diálogos e situações construídos realmente pertencem ao universo dos personagens, fazendo-nos acreditar que aquele que fala ou acontecimento poderiam acontecer na vida real. Exemplo mais do que claro disso é o fato de os adolescentes utilizarem seus poderes apenas se divertirem, como levantar a saia de garotas, assustar crianças ou fazer piadas com outras pessoas. Isto por sinal torna-se o ponto alto do filme ao combinar comédia e belos efeitos visuais.
Porém, citando o tio Ben de Peter Parker em Homem Aranha: “Todo o poder traz grandes responsabilidades”. O que poderia se resumir apenas a puro entretenimento, sai do controle a partir do momento em que Andrew começa a se aproveitar de sua habilidade para cometer atos violentos. Desde o início, já vemos como o garoto tem uma vida difícil: solitário praticamente com somente um amigo, o primo Matt (vale observar que Steve só se torna seu amigo após o episódio da cratera, quando Andrew não é mais considerado um loser), vítima de bullying na escola e filho de um pai bêbado e violento e de uma mãe doente em estágio terminal. A partir daí, entendemos como seus problemas afetam sua mudança de personalidade, de uma pessoa tímida e retraída para alguém em estado de fúria descontrolada, muito bem elaborada pelo roteiro.
Outro detalhe, que por sinal poderia ter comprometido o longa, importante foi a justificativa encontrada para o uso da câmera o tempo todo. Toda a ideia de Andrew empregar essa tecnologia como uma barreira de proteção diante de um mundo hsotil a ele é crível com o personagem e a realidade em que vivemos. Da metade do filme em diante, a escolha de mostrar a câmera sempre do alto, em função dos poderes telecinéticos dos garotos, revela-se acertada por trazer à tona a importância da imagem para os jovens, seja como auto-afirmação, seja como apreciação de sua suposta superioridade. Em outros instantes não ligados a essas duas questões, a câmera subjetiva é usada sem uma explicação convincente.
Por outro lado, a produção também possui seus pontos, principalmente em termos de direção e construção narrativa. Em certos momentos, esbarramos em diálogos, cenas e personagens desnecessárias (tudo referente a blogueira, por exemplo). Além disso, a cena final tem seus méritos (a força de um desfecho impactante e a opção por variar os enfoques da cena, ora a câmera do personagem, ora a câmera do diretor, ora celulares na rua, ora circuitos de segurança), mas também erra ao termos o diretor Josh Trank num estilo nervoso e confuso que remete aos piores dias de Michael Bay na franquia Transformers.
“Poder sem Limites” ao final mostra-se uma boa diversão. Não é perfeito, mas funciona como filme de ação com toques cômicos e dramáticos e, acima de tudo, indica outras possibilidades ao “mockumentary”.

02 março 2012

Efeito Justin Bieber no OSCAR

A Academia ,já vinha a anos sofrendo com a queda na audiência ,do OSCAR, na TV americana, a ponto de em 2011, ter uma das piores audiências da década. Entretanto em 2012, parece que a estratégia de entregar dois prêmios ,a cada dois minutos que se passavam, e diminuir o tempo dos discursos, ou seja; deixar a premiação mais ágil e mais jovem, deu certo. A audiência da premiação subiu 4% em comparação ao ano passado (Com informações do Blog do Jornalista Daniel Castro).
 Um OSCAR, mais teen, foi o que se viu na premiação desse ano. Apesar, de não premiar Harry Potter, não levar nenhum dos prêmios técnicos, pelos quais brigava, a premiação contou com uma curta aparição de Justin Bieber, que sinônimo, de sucesso junto à adolescentes.
A premiação, e o tapete vermelho, que antecede o OSCAR, renderam o primeiro e segundo lugar, respectivamente, em audiência na semana que vai do dia 20 ao dia 26 de fevereiro.

Clique na imagem para ampliar.
Daniel Rodrigues (@DanielR_DDRP)

29 fevereiro 2012

Prévia troféu Framboesa 2012


Fim de ano, época de expectativa para o Oscar, e também, talvez até mais, para o Premio Framboesa de ouro, que anualmente premia os piores do ano. A lista oficial ainda não está disponível. Entretanto algumas previsões já estão disponíveis na internet. E alguns concorrentes deste prêmio o qual ninguém quer vencer são:
 Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1
Transformers – O Lado Oculto da Lua
Cada um tem a Gêmea que Merece
Bucky Larson: Born to Be a Star
Por enquanto é apenas boato, mas a lista oficial deve sair em Janeiro, já que o evento acontece um dia antes do Oscar — mera coincidência.


Data atualizada do dia 26/12/11 para 29/02/12
Atualização


Indicados

PIOR FILME
    Bucky Larson: Dotado para Brilhar
    Cada um Tem a Gêmea que Merece
    Noite de Ano Novo
    Transformers: O Lado Escuro da Lua
    A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR ATOR

    Russell Brand - Arthur
    Nicolas Cage - Fúria Sobre Rodas, Caça às Bruxas e Reféns
    Taylor Lautner - A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1, Sem Saída
    Adam Sandler - Cada um tem a Gêmea que Merece, Esposa de Mentirinha
    Nick Swardson - Bucky Larson: Dotado para Brilhar

PIOR ATRIZ

    Martin Lawrence (“Momma”) - Vovó Zona 3
    Sarah Palin (como ela mesma) - Sarah Palin The Undefeated
    Sarah Jessica Parker - Não Sei Como Ela Consegue, Noite de Ano Novo
    Adam Sandler (“Jill”) - Cada um tem a Gêmea que Merece
    Kristen Stewart - A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR ATOR COADJUVANTE

    Patrick Dempsey - Transformers: O Lado Escuro da Lua
    James Franco - Sua Alteza
    Ken Jeong - Vovó Zona 3, Se Beber Não Case 2, Transformers 3
    Al Pacino (como ele mesmo) - Cada um tem a Gêmea que Merece
    Nick Swardson - Cada um tem a Gêmea que Merece, Esposa de Mentirinha\

PIOR ATRIZ COADJUVANTE

    Katie Holmes - Cada um tem a Gêmea que Merece
    Brandon T. Jackson (“Charmaine”) - Vovó Zona 3
    Nicole Kidman - Esposa de Mentirinha
    David Spade (“Monica”) - Cada um tem a Gêmea que Merece
    Rosie Huntington-Whiteley - Transformers 3

PIOR ELENCO

    Bucky Larson: Dotado para Brilhar
    Cada um Tem a Gêmea que Merece
    Noite de Ano Novo
    Transformers: O Lado Escuro da Lua
    A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR DIRETOR

    Michael Bay - Transformers: O Lado Escuro da Lua
    Tom Brady - Bucky Larson: Dotado para Brilhar
    Bill Condon - A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1
    Dennis Dugan - Cada um Tem a Gêmea que Merece, Esposa de Mentirinha
    Garry Marshall - Noite de Ano Novo

PIOR REMAKE, CÓPIA OU SEQUÊNCIA

    Arthur
    Bucky Larson: Dotado para Brilhar (cópia de Nasce uma Estrela e Boogie Nights)
    Se Beber Não Case Parte 2 (Pior sequência E remake)
    Cada um Tem a Gêmea que Merece (cópia de Glen ou Glenda)
    A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR DUPLA

    Nicolas Cage e qualquer um em seus três filmes de 2011
    Shia LeBeouf & A Modelo de Lingerie (Transformers 3)
    Adam Sandler & Jennifer Aniston OU Brooklyn Decker / Esposa de Mentirinha
    Adam Sandler & Katie Holmes, Al Pacino OU Adam Sandler / Cada um tem a gêmea...
    Kristen Stewart & Taylor Lautner OU Robert Pattinson / A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

PIOR ROTEIRO

    Bucky Larson: Dotado para Brilhar
    Cada um Tem a Gêmea que Merece
    Noite de Ano Novo
    Transformers: O Lado Escuro da Lua
    A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1


Diferente de outros anos,pela primeira vez a entrega dos prêmios acontecera no dia primeiro de abril.




26 fevereiro 2012

Oscar 2012 - Vencedores e apresentadores

Melhor filme (Apresentado por Tom Cruise)
"Cavalo de guerra"
"O artista" VENCEDOR
"O homem que mudou o jogo"
"Os descendentes"
"A árvore da vida"
"Meia-noite em Paris"
"História cruzadas"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tão forte e tão perto"

Melhor ator (Apresentado por Natalie Portman)
Demián Bichir - "A better life"
George Clooney - "Os descendentes"
Jean Dujardin - "O artista" VENCEDOR
Gary Oldman - "O espião que sabia demais"
Brad Pitt - "O homem que mudou o jogo"

Ator coadjuvante (Apresentado por Melissa Lio)
Kenneth Branagh - "Sete dias com Marilyn"
Jonah Hill - "O homem que mudou o jogo"
Nick Nolte - "Warrior"
Max Von Sydow - "Tão forte e tão perto"
Christopher Plummer - "Beginners" VENCEDOR

Melhor animação (Apresentado por (Chris Rock)
"A Cat in Paris"
"Chico & Rita"
"Kung Fu Panda 2"
"Gato de Botas"
"Rango" VENCEDOR


Melhor atriz (Apresentado por Colin firth)
Glenn Close - "Albert Nobbs"
Viola Davis - "Histórias cruzadas"
Rooney Mara - "Os homens que não amavam as mulheres"
Meryl Streep - "A dama de ferro" VENCEDOR
Michelle Williams -"Sete dias com Marilyn

Melhor atriz coadjuvante (Apresentado por por Christian Bell)
Octavia Spencer - "Histórias cruzadas" VENCEDOR
Bérénice Bejo - "O artista"
Jessica Chastain - "Histórias cruzadas"
Janet McTeer - "Albert Nobbs"
Melissa McCarthy - "Missão madrinha de casamento"

Melhor roteiro original (Apresentado por Angelina Jolie)
"O artista"
"Missão madrinha de casamento"
"Margin Call"
"Meia-noite em Paris" VENCEDOR
"A separação"

Trilha sonora original (Apresentado por Penelope Cruz e Owen Wilson )
"As aventura de Tintim" - John Williams
"O Artista" - Ludovic Bource VENCEDOR
"A invenção de Hugo Cabret" - Howard Shore
"O espião que sabia demais" - Alberto Iglesias
"Cavalo de guerra" - John Williams

Canção original (Apresentado por Will Ferrell e Zach Galifianakis)
"Man or Muppet", de "Os Muppets", música e letra de Bret McKenzie. VENCEDOR
"Real in Rio", de "Rio", música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown, letra de Siedah Garrett

Maquiagem (Apresentado por Jennifer Lopez e Cameron Diaz)
"Albert Nobbs"
"Harry Potter"
"A dama de ferro" VENCEDOR

Direção de arte (Apresentado por Tom Hanks)
"O artista"
"Harry Potter"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"Meia-noite em Paris
"Cavalo de guerra"

Fotografia (Apresentado por Tom Hanks)
"O artista"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"A árvore da vida"
"Cavalo de guerra"

Figurino (Apresentado por Jennifer Lopez e Cameron Diaz)
"Anonymous"
"O artista" VENCEDOR
"A invenção de Hugo Cabret"
"Jane Eyre"
"W.E."

Diretor (Apresentado por Michael Douglas)
Michel Hazanavicius - "O artista" VENCEDOR
Alexander Payne - "Os descendentes"
Martin Scorsese - "A invenção de Hugo Cabret"
Woody Allen - "Meia-noite em Paris"
Terrence Malick - "A árvore da vida"

Documentário longa-metragem (Aprensetado por Robert Downey Jr. E Gwyneth Paltrow)
"Hell and Back Again"
"If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front"
"Paradise Lost 3: Purgatory"
"Pina"
"Undefeated" VENCEDOR

Documentário curta-metragem(Aprensetado por Elenco de Missão Madrinha de Casamento)
"The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement"
"God Is the Bigger Elvis"
"Incident in New Baghdad"
"Saving Face" VENCEDOR
"The Tsunami and the Cherry Blossom"

Edição (Apresentado por Tina Fey e Adley Cooper )
"O artista"
"Os descendentes"
"Os homens que não amavam as mulheres" VENCEDOR
"A invenção de Hugo Cabret"
"O homem que mudou o jogo"

Melhor filme em língua estrangeira (Apresentado por Sandra Bullock)
"Bullhead" - Bélgica
"Footnote" - Israel
"In Darkness" - Polônia
"Monsieur Lazhar" - Canadá
"Separação" - Irã VENCEDOR

Curta-metragem de animação (Aprensetado por Elenco de Missão Madrinha de Casamento)
"Dimanche"
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" VENCEDOR
"La Luna"
"A Morning Stroll"
"Wild Life"

Curta-metragem (Aprensetado por Elenco de Missão Madrinha de Casamento)
"Pentecost"
"Raju"
"The Shore" VENCEDOR
"Time Freak"
"Tuba Atlantic"

Edição de som (Apresentado por  Tina Fey e Adley Cooper)
"Drive"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"Transformers: o lado oculto da lua"
"Cavalo de guerra"

Mixagem de som (Apresentado por  Tina e Adley)
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"O homem que mudou o jogo"
"Transformers: o lado oculto da lua"
"Cavalo de guerra"

Efeitos visuais ( Apresentado por Emma Stone e Ben Styler)
"Harry Potter"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"Gigantes de aço"
"Planeta do macacos"
"Transformers: o lado oculto da lua"

Roteiro adaptado (Aprensetado por Angelina Jolie)
"Os descendentes" VENCEDOR
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tudo pelo poder"
"O homem que mudou o jogo"
"O espião que sabia demais"

Prêmios especiais para (Aprensetado por Meryl Streep)
James Earl Jones,ator
Dick Smith, maquiador
Oprah Winfrey,atriz/apresentadora

Apresentação geral por Billy Crystal

Acompanhe os vencedores aqui,durante a cerimônia no dia 26 de Fevereiro,a partir das 22h.
Data do post atualizada do dia 24/01 para 26/02


24 fevereiro 2012

Shame (2011) - Ignorado no OSCAR

Shame se apresenta como uma alternativa aos blockbusters, e até mesmo ,para os novos filmes de arte do circuito. A obra exige atenção do espectador, caso contrário, o que se verá na tela é apenas sexo, mas a trama é muito mais do que isso, é simples, e ao mesmo tempo complexa, quando se observa o caminho percorrido pelo personagem Brandon Sullivan, vivido por Michael Fassbender, e uma digna de OSCAR, porém ignorada pela academia.
A trama do longa gira em torno de Brandon, um ninfomaníaco com sucesso profissional, que nas horas vagas, seja em seu apartamento — onde vive sozinho —, ou em seu escritório; recorre a pornografia para se satisfazer sexualmente. Brandon também costuma recorrer a desconhecidas, e prostituas e mantém apartamentos pela cidade de Nova York ,exclusivamente para tais encontros. Porém o estilo de vida de Bradon é ameaçado pela chegada de sua irmã, Sissy Sullivan(Carey Mulligan), que também sofre com problemas porém diferente dos de Brando.
As atuações são de incrível qualidade, todo elenco está muito bem num filme com pouquíssimas falas, onde toda a trama se desenvolve através da troca de olhares. A cenas no metrô em que Brandon flerta com a personagem de Lucy Walters, é uma das provas disso. E é  por detalhes como esse que Michael Fassbender , ganha destaque nesse filme, o olhar e as demais características que o ator consegue imprimir no personagem são incríveis.
Costuma-se dizer que a maior parte da atuação do elenco, se deve ao diretor. Se considerado este fator Steve McQueen , fez um excelente trabalho em Shame, que certamente foi ignorado pela academia , devido as fortes sequencias com cenas de sexo, que seguem o mesmo de “De olhos bem fechados “(1999), de Stanley Kubrick, que também não recebeu nenhum OSCAR.
As fortes de sexo da produção, também tem feito com que muito poucas redes de cinema exibam o filme; nos EUA , a Rede Cinemark alegou que não exibiria o filme devido a alta classificação indicativa, no Brasil o filme estreia no dia 2  de março, mas deve ficar restrito ao circuito de arte.
A trilha sonora é uma das marcas do filme, que tem  pouquíssimas falas. A trilha está quase sempre  presente e certamente merecia uma indicação ao OSCAR.
Daniel Rodrigues(@DanielR_DDRP)