Mostrando postagens com marcador #oscar2012. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #oscar2012. Mostrar todas as postagens

25 fevereiro 2013

Dois rumos


  Noite de Oscar.Já tem muito tempo que essa noite, e mesmo essa festa, não tem a importância que deveriam. Mas a questão em torno da falta de interesse pelo Oscar, não é tão simples, a ponto de se poder culpar, única e exclusivamente os blockbusters.O Oscar se tornou o maior exemplo da situação de Hollywood hoje: caro(a), luxuosa e...sem graça.   De fato não é fácil estabelecer culpados para isso, mas  talvez o maior deles seja a própria indústria, que permaneceu inerte e adotou posturas conservadoras, quando teve os primeiros sinais de que o mundo, e as formas de se consumir mídia começavam a mudar.Ao invés de abraçar esse novo mundo, e buscar maneiras de torna-lo rentável, trazendo o espectador que então, consumia pirataria para legalidade, talvez oferecendo a este consumidor em potencial, vantagens que a pirataria não lhe poderia oferecer.Hollywood, optou por apenas matar as fontes de conteúdo ilegal, e deixando desamparado essa geração que queria reinventar o consumo de mídia. 
  A indústria dos videogames, também foi vítima da pirataria, e com o advento da internet, poderia ter facilmente acabado como Hollywood, mas soube contornar a situação, oferecendo a opção de jogos multiplayer, que somente funcionam com jogos originais, que se conectam aos servidores das empresas.Uma espécie de algo a mais que fez valer a pena para o jogador, o consumo de games provenientes de fontes lícitas.   A critica cinematográfica, também pode ser apontada como uma das causadoras da atual situação da indústria cinematográfica. Procurando sempre se distanciar, do grande público, e perdendo cada vez mais sua importância. A critica hoje, não trabalha para cria um nova geração de cinéfilos,  mas sim para manter a atual. 
O cinema que se vê,  é sempre mais do mesmo. São raras as ocasiões, em que se tem espaço para um pouco de reflexão,  em meio aos produções multimilionárias. E assim o que se vê é um cinema cada vez mais superficial, um reflexo dos rumos desta indústria. E assim, a indústria como um todo, não se renova. 
Na última edição do Oscar, a falta de espaço para as novas gerações , ficou evidente, quando uma geração de fãs, se despediu de Harry Potter, sem que o filme ganhasse sequer um Oscar. 
 Ao contrário da crítica cinematográfica, a crítica permanece forte na indústria dos games.Talvez pelo preço dos games. Mas crítica, nessa indústria se reinventou com o passar dos anos, deixando de utilizar uma linguagem infatiloíde, e superficial para adotar, uma linguagem coloquial, direta, e que fala diretamente ao consumidor, e leitor que a acompanha.De forma a cativar novos fãs, e agradar aqueles que já acompanham essa mídia de entretenimento.                                                               
  O mundo mudou, Hollywood, e o mundo precisa abrir espaço e aprender com essa nova mídia de entretenimento, e de expressão artística, que é a indústria dos games. 






07 março 2012

CinePod: Oscar 2012

Está no ar o novo podcast do Cinema & Cia, o CinePod. Nesta edição Rodrigo Rocha, Ygor Pires e Daniel Rodrigues comentam a 84ª edição do Oscar, realizada no domingo dia 26 de fevereiro. A divertida conversa é embalada pela trilha sonora dos filmes indicados à maior premiação do cinema mundial. Pluguem os fones de ouvido, e divirtam-se. Ah, mande seus comentários para contato@cinemaecia.com

02 março 2012

Efeito Justin Bieber no OSCAR

A Academia ,já vinha a anos sofrendo com a queda na audiência ,do OSCAR, na TV americana, a ponto de em 2011, ter uma das piores audiências da década. Entretanto em 2012, parece que a estratégia de entregar dois prêmios ,a cada dois minutos que se passavam, e diminuir o tempo dos discursos, ou seja; deixar a premiação mais ágil e mais jovem, deu certo. A audiência da premiação subiu 4% em comparação ao ano passado (Com informações do Blog do Jornalista Daniel Castro).
 Um OSCAR, mais teen, foi o que se viu na premiação desse ano. Apesar, de não premiar Harry Potter, não levar nenhum dos prêmios técnicos, pelos quais brigava, a premiação contou com uma curta aparição de Justin Bieber, que sinônimo, de sucesso junto à adolescentes.
A premiação, e o tapete vermelho, que antecede o OSCAR, renderam o primeiro e segundo lugar, respectivamente, em audiência na semana que vai do dia 20 ao dia 26 de fevereiro.

Clique na imagem para ampliar.
Daniel Rodrigues (@DanielR_DDRP)

29 fevereiro 2012

O OSCAR brasileiro

 Depois do Oscar ficam as decepções, as alegrias, e as tristezas, e no que diz respeito ao OSCAR brasileiro, essa decepção foi grande. A vitória brasileira, em melhor canção, que era dada como certa em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, não aconteceu, e  a zebra  que nenhum brasileiro esperava;essa,sim, aconteceu.
Rodrigo Teixeira
Especialistas em OSCAR, na Academia, e em música, já sabiam que a vitória era muito difícil e quase inacreditável. Músicos afirmam, que a canção representante dos Muppetes era muito superior , quando se fala em nível técnico. E vale lembrar que embora a categoria de melhor canção, embora noutros tempos já tenha premiado grandes músicas, neste ano a lista de concorrentes era curtíssima, a ponto de que alguns afirmam que a presença canção brasileira, se deu apenas para que a representante dos Muppetes não competisse sozinha.Portanto a cançao de "Rio", não teria sequer alcançado a quantidade necessária de votos, para estar entre os finalistas. O fato de Muppetes , estar voltando após muito tempo —nostalgia —,também foi fator importante para a vitória do filme, que conta com personagens icônicos na cultura pop americana, que inspiraram gerações, de cineastas, e outras atrações pelo mundo afora.
Mas, ao contrário do que mídia tem vinculado, um brasileiro conseguiu sim levar o OSCAR. Foi Rodrigo Teixera, que estava entre a equipe de mais de 500 pessoas(segundo IMDB) responsáveis  pelos maravilhosos efeitos visuais de “A invenção de Hugo Cabret”. Segundo o IMDB, o brasileiro foi responsável por supervisionar os efeitos tridimensionais , que renderam tantos ao elogios ao filme, que já é considerado o filme que melhor fez uso da tecnologia.
Entre as produções, com as quais esteve envolvido Rodrigo Teixeira, conta com grandes blockbusters em seu Curriculum como  “Alice no País das Maravilhas” (2010),”Sin City – A cidade do pecado”(2005),”Superman- O Retorno”(2006). O IMDB traz mais algumas informações sobre brasileiro pouco conhecido  (clique aqui para ver mais no IMDB). 

28 fevereiro 2012

O Oscar no Twitter

Confira este infográfico baseado na opinião dos tuiteiros de plantão, sobre quem deveria ter vencido a maior premiação do cinema mundial (via Youpix)

26 fevereiro 2012

Oscar 2012 - Vencedores e apresentadores

Melhor filme (Apresentado por Tom Cruise)
"Cavalo de guerra"
"O artista" VENCEDOR
"O homem que mudou o jogo"
"Os descendentes"
"A árvore da vida"
"Meia-noite em Paris"
"História cruzadas"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tão forte e tão perto"

Melhor ator (Apresentado por Natalie Portman)
Demián Bichir - "A better life"
George Clooney - "Os descendentes"
Jean Dujardin - "O artista" VENCEDOR
Gary Oldman - "O espião que sabia demais"
Brad Pitt - "O homem que mudou o jogo"

Ator coadjuvante (Apresentado por Melissa Lio)
Kenneth Branagh - "Sete dias com Marilyn"
Jonah Hill - "O homem que mudou o jogo"
Nick Nolte - "Warrior"
Max Von Sydow - "Tão forte e tão perto"
Christopher Plummer - "Beginners" VENCEDOR

Melhor animação (Apresentado por (Chris Rock)
"A Cat in Paris"
"Chico & Rita"
"Kung Fu Panda 2"
"Gato de Botas"
"Rango" VENCEDOR


Melhor atriz (Apresentado por Colin firth)
Glenn Close - "Albert Nobbs"
Viola Davis - "Histórias cruzadas"
Rooney Mara - "Os homens que não amavam as mulheres"
Meryl Streep - "A dama de ferro" VENCEDOR
Michelle Williams -"Sete dias com Marilyn

Melhor atriz coadjuvante (Apresentado por por Christian Bell)
Octavia Spencer - "Histórias cruzadas" VENCEDOR
Bérénice Bejo - "O artista"
Jessica Chastain - "Histórias cruzadas"
Janet McTeer - "Albert Nobbs"
Melissa McCarthy - "Missão madrinha de casamento"

Melhor roteiro original (Apresentado por Angelina Jolie)
"O artista"
"Missão madrinha de casamento"
"Margin Call"
"Meia-noite em Paris" VENCEDOR
"A separação"

Trilha sonora original (Apresentado por Penelope Cruz e Owen Wilson )
"As aventura de Tintim" - John Williams
"O Artista" - Ludovic Bource VENCEDOR
"A invenção de Hugo Cabret" - Howard Shore
"O espião que sabia demais" - Alberto Iglesias
"Cavalo de guerra" - John Williams

Canção original (Apresentado por Will Ferrell e Zach Galifianakis)
"Man or Muppet", de "Os Muppets", música e letra de Bret McKenzie. VENCEDOR
"Real in Rio", de "Rio", música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown, letra de Siedah Garrett

Maquiagem (Apresentado por Jennifer Lopez e Cameron Diaz)
"Albert Nobbs"
"Harry Potter"
"A dama de ferro" VENCEDOR

Direção de arte (Apresentado por Tom Hanks)
"O artista"
"Harry Potter"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"Meia-noite em Paris
"Cavalo de guerra"

Fotografia (Apresentado por Tom Hanks)
"O artista"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"A árvore da vida"
"Cavalo de guerra"

Figurino (Apresentado por Jennifer Lopez e Cameron Diaz)
"Anonymous"
"O artista" VENCEDOR
"A invenção de Hugo Cabret"
"Jane Eyre"
"W.E."

Diretor (Apresentado por Michael Douglas)
Michel Hazanavicius - "O artista" VENCEDOR
Alexander Payne - "Os descendentes"
Martin Scorsese - "A invenção de Hugo Cabret"
Woody Allen - "Meia-noite em Paris"
Terrence Malick - "A árvore da vida"

Documentário longa-metragem (Aprensetado por Robert Downey Jr. E Gwyneth Paltrow)
"Hell and Back Again"
"If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front"
"Paradise Lost 3: Purgatory"
"Pina"
"Undefeated" VENCEDOR

Documentário curta-metragem(Aprensetado por Elenco de Missão Madrinha de Casamento)
"The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement"
"God Is the Bigger Elvis"
"Incident in New Baghdad"
"Saving Face" VENCEDOR
"The Tsunami and the Cherry Blossom"

Edição (Apresentado por Tina Fey e Adley Cooper )
"O artista"
"Os descendentes"
"Os homens que não amavam as mulheres" VENCEDOR
"A invenção de Hugo Cabret"
"O homem que mudou o jogo"

Melhor filme em língua estrangeira (Apresentado por Sandra Bullock)
"Bullhead" - Bélgica
"Footnote" - Israel
"In Darkness" - Polônia
"Monsieur Lazhar" - Canadá
"Separação" - Irã VENCEDOR

Curta-metragem de animação (Aprensetado por Elenco de Missão Madrinha de Casamento)
"Dimanche"
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" VENCEDOR
"La Luna"
"A Morning Stroll"
"Wild Life"

Curta-metragem (Aprensetado por Elenco de Missão Madrinha de Casamento)
"Pentecost"
"Raju"
"The Shore" VENCEDOR
"Time Freak"
"Tuba Atlantic"

Edição de som (Apresentado por  Tina Fey e Adley Cooper)
"Drive"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"Transformers: o lado oculto da lua"
"Cavalo de guerra"

Mixagem de som (Apresentado por  Tina e Adley)
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"O homem que mudou o jogo"
"Transformers: o lado oculto da lua"
"Cavalo de guerra"

Efeitos visuais ( Apresentado por Emma Stone e Ben Styler)
"Harry Potter"
"A invenção de Hugo Cabret" VENCEDOR
"Gigantes de aço"
"Planeta do macacos"
"Transformers: o lado oculto da lua"

Roteiro adaptado (Aprensetado por Angelina Jolie)
"Os descendentes" VENCEDOR
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tudo pelo poder"
"O homem que mudou o jogo"
"O espião que sabia demais"

Prêmios especiais para (Aprensetado por Meryl Streep)
James Earl Jones,ator
Dick Smith, maquiador
Oprah Winfrey,atriz/apresentadora

Apresentação geral por Billy Crystal

Acompanhe os vencedores aqui,durante a cerimônia no dia 26 de Fevereiro,a partir das 22h.
Data do post atualizada do dia 24/01 para 26/02


13 fevereiro 2012

O Artista (2011) - Não é o melhor filme do ano...

O filme é muito diferente do que os jovens, das gerações “Z” e “Y”, estão acostumados. A começar pelo visual: é um filme mudo e em preto e branco, que se não fosse tão agradável tinha tudo para dar errado, principalmente se considerarmos que as pessoas costumam não lidar muito bem com o que é novo, e diferente, ou mesmo com aquilo que não estão acostumadas. Prova disso é que apesar do sucesso que “The artist”, obteve junto à crítica ao redor do mundo, no Brasil o filme ficou restrito ao circuito de arte, e em seu primeiro final de semana em cartaz, o filme foi visto por apenas 34 850 pessoas ,e foi apenas o décimo segundo mais visto — o primeiro foi “Cada um tem a gêmea que merece” (359 865 pessoas),de acordo com  o blog, Radar on-line.
O filme é muito semelhante, no que diz respeito à história, ao clássico “Cantando na chuva” (1952), porém, é bem mais simplório em termos de tecnologia, e nos apresenta a história por  outro ângulo; através do ponto de vista do astro George Valetin (Jean Dujardin), que  vê aos poucos sua carreira entrar em declínio, já que o cinema mudo perde cada vez mais espaço para o cinema falado, no qual Valetin não vê um futuro prospero, e com isso pronúncia uma das frases mais marcantes do filme, por simbolizar toda a era do cinema mudo: “As pessoas vão ao cinema para me ver, e nunca precisaram me ouvir” .Com o detalhe, de que foi através de Valetin, que Peppy Miller (Bérénice Bejo), que se tornará a grande diva do recém-nascido cinema falado; chegou ao universo dos estúdios como figurante, e teve em Valetin a figura de um professor que lhe deu, aquela que seria sua principal característica como atriz; e um homem pelo qual ela cria um amor.
Em um filme, como estamos acostumados hoje, a trilha sonora já tem uma importância extremante relevante. Relevância, que obviamente irá variar de acordo com a personalidade e os objetivos do diretor para a obra.  Em um filme mudo, essa importância se multiplica inúmeras vezes, e no caso de “The Artist”, o filme ganhou uma complicação extra, devido a acusação da grande, e maravilhosa Kim Novack, que acusou a trilha sonora de ser um grande plágio a obra de Bernad Herrmann, em Vertigo (1958).
Kim Novack, não estava errada, a trilha sonora talvez seja um dos pontos mais fracos do filme. É eficiente, atinge seu objetivo, consegue acompanhar bem as cenas, mas falta algo, aquele algo a mais que faz com que uma trilha seja única e torne um filme inesquecível como “Vertigo”. E esse “algo a mais” fica ausente na maior parte do filme, e só aparece de forma pouco significativa, em algumas cenas, como uma em que o personagem  de Jean Dujardin, percebe que tudo a sua volta tem um som, exceto o próprio personagem . Além, de que Bernard Herrmann, é quase esquecido nos créditos do filme.
O diretor, Michel Hazanavicius se defende das acusações de Kim Novack, alegando que o filme é uma homenagem ao cinema. De fato, fica explicita a homenagem quando se vê na última cena o filme representar a evolução do cinema, fora as diversas referências a outros clássicos que o filme faz, a maioria apresentada em tom discreto.
As atuações são incríveis, e Jean Dujardin, repete brilhantemente , e de forma muito superior a parceria que já havia feito com o diretor em “Agente 117:Rio não responde mais”(2009), um filme, leve, com piadas mais refinadas, e uma brincadeira, com os antigos agentes da Gestapo, que teriam vindo se refugiar no Brasil durante a década de 1960, época em que o filme é ambientado. Interpretando o agente 117, já se percebem o talento, e a força das expressões faciais de Jean Dujardin, características que certamente contribuíram para que Jean pudesse “falar”, através de suas expressões faciais, em “O Artista”(2011). Bérénice Bejo, embora não esteja tão bem quanto Jean, também está muito bem no papel de Miller, mas talvez não seja merecedora do Oscar de melhor atriz.
Desde que foi exibido em Cannes, “O Artista”, conquistou a crítica mundial, tendo já recebido vários prêmios, entre eles O Globo de Ouro, e o Bafta de Melhor filme, e várias outras categorias dessa premiação, que funciona como um OSCAR, do cinema Europeu, e inglês. Mas não acredito, que “O Artista” seja o melhor filme do ano, até porque a história é agradável bonita, mas não tem nada demais, nada de novo, nenhum grande diferencial. O grande mérito do filme ,é a homenagem a toda a história do cinema Hollywodiano, e mundial, e a forma como essa homenagem é idealizada: Como se fazia antigamente; Sem cores, sem voz e sem 3D. Premiar “O Artista”, não é premiar o filme, é premiar uma homenagem, é premiar uma lembrança, é premiar todo o histórico da sétima arte...É premiar o CINEMA.
 Daniel Rodrigues (DanielR_DDRP)