03 agosto 2012

Part of Me (2012) -“Nossa vida é banal, e simples, como a de todo mundo”


Um ser humano como qualquer outro, essa é Katy Perry. Na entrevista de Pedro Cardoso ao programa “Namoral”, o mesmo disse “Nossa vida [de artista]é banal, e simples, como a de todo mundo”, Part of me, novo documentário sobre Katy Perry vem para “provar” essa teoria, já que no filme vemos uma popstar, que atrai milhões de pessoas para seus shows, mas que no fundo é uma pessoa como qualquer outra, que tem problemas sentimentais, uma história de infância estranha, que em nada indica seu futuro.
A mensagem de Katy, “ser diferente é legal”, tem lógica, vende bem, contudo não deixa de ser uma espécie de autoajuda para seus fãs, que aparecem logo no começo do filme explicando como se sentem ao ouvir as músicas da cantora. Apesar da má reputação do gênero, a autoajuda é sempre bem-vinda, independente da forma como apareça, seja na literatura no cinema, ou mesmo na música.
Katy trabalha bem com seu público, em sua passagem pelo País ,para promover o filme chamou a atenção dos jornalistas por sua simpatia. No documentário fica claro que ela sabe o valor de seus fãs, ainda nas primeiras cenas do filme, sua primeira aparição, se dá num depoimento em meio, a uma sequência depoimentos dos fãs, onde ela fala um pouco sobre si e de sua personalidade, descaracterizada, sem utilizar seu típico vestuário multicolorido. Através de cenas como a anteriormente descrita, fica claro o objetivo do documentário, que tem a própria cantora como uma de suas patrocinadoras.
Mas esse é um filme pra fãs, não há espaço para se fazer uma análise cinematográfica do longa, e esse sequer é o objetivo da produção, que em vários momentos traz depoimentos de fãs, das mais variadas idades. Deve-se também considerar que os fãs (na plateia do cinema) vibram a cada música, a cada aparição da cantora.
A história é bem narrada, e apresenta um ponto de vista intimo sobre Katy,  e suas relações com a família, seus primeiros contatos com a música gospel, com a música de artistas como Michael Jackson, seus primeiros contatos com as gravadoras. Tudo acompanhado de vídeos caseiros, entre eles, alguns com Katy ainda bebê, e em outro momento do longa Katy imita a também cantora Avril Lavigne.
Já conhecia a música de Katy: simpática, pouco inovadora, como quase tudo que se vê no mercado agora, mas agradável, e assim como se vê no longa traz letras — escritas por Katy — que descrevem sua própria vida de uma forma muito pessoal.
O momento mais marcante do filme se dá quando nos bastidores do show realizando em São Paulo, Katy desaba em lágrimas após receber uma mensagem do então esposo Russel. Na sequencia faltando apenas poucos segundos para entrar no palco, Katy ainda está chorosa, mas assim que tem inicio a contagem regressiva para que ela entre no palco, vemos Katy tratar de colocar um sorriso, ainda que falso no rosto, e seguir em frente, atendendo aos milhares de fãs do show em São Paulo. E na vida somos, ou devemos ser assim, quando uma adversidade se coloca a nossa frente, não podemos nos deixar abater, mas devemos sempre seguir em frente.
Daniel Rodrigues

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