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11 janeiro 2021

Rio: Potencialidades

O Rio de Janeiro sob um modelo de ZEE (zona econômica especial)poderia competir com o Panamá em serviços financeiros sofisticados, e virar um player relevante nas bandeiras de conveniência (Marinha Mercante) o que sendo bem trabalhado  ainda tem potencial de gerar bons empregos blue collar. Sem contar o imenso potencial que a Baía de Angra já possui numa outra linha de náutica.

Vale lembrar que historicamente os tigres asiáticos tornaram-se atrativos por oferecerem estruturas baratas para Banking, e hoje a Geórgia ( país ), está discretamente replicando esse modelo com ofertas interessantes em Private Banking.


Aliás uma reflexão válida é se muitos dos problemas do Rio, nao vêm do fato de que a cidade e o estado , tem suas potencialidades em setores que demandam uma intensa integração internacional (serviços sofisticados e Náutica/Marinha Mercante), isso enquanto o Estado opera debaixo da lógica de uma economia agroexportadora.


Obs: Por hora é uma reflexão, que admito, carece de leituras mais profundas. Mas olhando a república do Leblon, a estrutura dos estaleiros em Niterói e o que já existe em Angra, apesar das politicas restritivas que a RFB e a Marinha impõem em compras de embarcações fora do Brasil. Parecepromissor para a formação de cluster.

Um risco é a formulação dos termos da ZEE, o foco deve ser em serviços sofisticados e não em indústria. E principalmente na facilitação do fluxo financeiro.


De modo geral, se o Rio conseguir segurar os recursos de Royalties. e o petróleo mantiver alguma estabilidade na próxima década há boas chances de que isso seja autofinanciável.


Referências

  • Demografia dos clientes, e do staff. Como as estruturas sociais (minorias ricas) e de propriedade (instabilidade política, direitos de propriedade frágeis) levam a um modelo que tem no offshore elemento central. No texto, Hong Kong ainda é uma potência, dentro do que se ê agora possivelmente este quadro está se revertendo.

Dufey, Gunter, Private Banking in Asia - A Survey (August 28, 2009). 22nd Australasian Finance and Banking Conference 2009, Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=1463261 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.1463261


  • Uma perspectiva mais floreada, baseada em entrevistas com players de Hong Kong (20114). Passa brevemente por uma transição do wealth managemente chinês de onshore para offshore via m&a’s com players em Hong Kong. No geral o texto é válido por trazer as dificuldades em precificação, e junto disso a necessidade que os players têm de melhorar a segmentação entre HNW (High Net Worth) e UHNW (Ultra High Net Worth) para fins de otimizar as margens.

Spotlight on Hong Kong’s private banking sector, July 2014

https://home.kpmg/cn/en/home/insights/2014/07/spotlight-on-hk-private-banking-sector-201407.html

Ao longo do video ele aborda um pouco dessa naútica que seria um bom fit pra Angra (a nova George Town?). Sem contar que esses yachts empregam fácil 20-50 pessoas com diferentes níveis de qualificação.

 

Nos últimos tempos eu tenho achado meio fascinante como o investimento estrangeiro é uma coisa etérea e distante na discussão econômica que se faz no Brasil. Na China as pessoas buscam fábricas, na Alemanha o histórico de boa engenharia, no Uk as estutruturas de banking e os escritórios de direito perserguindo litígios dignos de Holllywood, em Singapura a estrutura de entreporto logistíco. E no Brasil? Aos poucos o agro vai se impondo como uma resposta [por hora excessivamente focada na produção/plantio(tem todo uma dimensão de indústria quimíca que basicamente inexiste no BR)],mas não é um bom fit para todo o Brasil, pelo perfil de desníveis é dificil imaginar alguma coisa como as grandes fazendas de MT, BA funcionando no Rio.

Não que as pessoas não tentem(Estudante de direito é preso por manter sítios com 1 mil plantações de skunk (metropoles.com)) , mas a regulação ainda não chegou lá e esse parece ser um fit de rentabilidade que talvez funcionasse bem no Rio. (Só pra critérios de comparação  Average area size for cannabis growing operations U.S. 2020 | Statista. é uma propriedade relativamente pequena, perto do que se faz em Agro no Brasil).


Esse post ainda está em construção logo estou sempre adicionando algumas referências.



24 novembro 2020

Rio: Favela, violência e pobreza

 


O Rio de Janeiro é hoje um grande emaranhado de problemas nas mais diversas dimensões. Em relação ao Brasil é também um caso recheado de particularidades, por exemplo:Como explicar para alguém no interior de Mato Grosso o racional que leva alguém a escolhe morar em uma favela? Numa cidade como Rondonópolis, com 100k de reais compra-se uma boa casa num bairro comum ou classe C, no Rio de Janeiro isso é uma casa em São Gonçalo ou na favela (dependendo da favela esse valor talvez já esteja até datado).


Quando você coloca na conta, os fatores que vêm junto com São Gonçalo, a favela parece uma opção cada vez melhor. Sendo um pouco mais especifico, o município do região metropolitana sofre com um ciclo em que pobreza gera pobreza, as classes mais abastadas da região (e aqui inclui-se o município vizinhos de Itaboraí [ que por um tempo pareceu que ia criar identidade, mas essa esperança morreu junto com o comperj]) invariavelmente acabam se transferindo completamente, ou no mínimo direcionam o consumo para Niterói. Ponto interessante é que essas classes mais abastada nem são necessariamente São Francisco/Icaraí, por vezes acaba sendo Fonseca e a região de Pendotiba.  E isso muito por conta de questões básicas de infraestrutura do município e qualidade de vida de modo geral.  


São Gonçalo ainda tem uma cesta de problemas que passa por um transporte público e um déficit de identidade. No âmbito do transporte, basta lembrar que a única parte do sistema que funciona bem é aquela que serve justamente para sair de São Gonçalo. No âmbito de identidade, quando você observa o que aconteceu com os subúrbios do Rio não é difícil perceber que em algum grau os bairros ao longo da Avenida Brasil têm uma identidade, nem precisa ser muito, só o suficiente para criar um pertencimento. Em São Gonçalo isso inexiste.


Ponto é que essa lista vai longe, e pode ser resumida na perspectiva de que a única coisa que funciona em São Gonçalo é a saída, dá pra pensar ainda que tudo acontece no Rio e algumas coisas acontecem em Niterói, o que leva São Gonçalo a ser um grande vazio econômico.


Voltando ao ponto inicial de porque as pessoas escolhem a favela, é uma questão de que tentar encontrar uma casa na banda dos 100k no Fonseca , pode ser uma tarefa árdua. E provavelmente o agente ainda vai ter de lidar com estresse de trânsito e mobilidade sem contar o custo da mobilidade – Alguns conseguem lidar com isso através de vale-transporte, mas como tudo acontece no Rio, esse “tudo” incluí até o que vale-transporte não cobre, tipo cultura. Esse acaba sendo um ponto para a favela, por vezes bem localizada. Tem o Barreto, mas é um limbo de Niterói com jeito de São Gonçalo e preços de Niterói. Um elemento adicional na análise é que elevando nosso orçamento para uns 200k a cena não é tão diferente.


Quando você vai colocando todos esses elementos na conta; a favela, vai ficando cada vez mais interessante. Mas é difícil explicar isso para um Brasil que vê o Rio pela TV.


No âmbito da violência; diferente de São Paulo,  eu particularmente sempre tive a impressão de que a coisa é bem mais simples do que querem fazer parecer – admito que há boas chances de eu estar errando até porque existe um transição em curso para o modelo da milícia. Mas quando você fala da violência em especial a que se faz mais notar noticiário e impacta o turismo no Rio –mais especificamente a violência da troca de tiros entre facções e a própria disputa entre esses agentes – ela não é nem de longe tão estruturada quanto o que se formou em São Paulo ao redor da facção principal.  Essa dualidade entre os modelos é central na percepção da violência nos dois Estados.


 Em São Paulo a estrutura é sofisticada e possivelmente deve incluir, direta ou indiretamente, muita gente com passagem pelas estruturas acadêmicas de elite paulista, até porque não é qualquer um que vai conseguir gerenciar o que você encontra no mondus operandi centralizador visto na facção paulista. 


No Rio as estruturas criminosas são tão fragmentadas, e desorganizadas quando comparado a São Paulo que no fim é muito mais uma disputa de macho-alfa do que de fato uma estrutura que busca ser rentável. Não é que não dê dinheiro, mas na prática quando você começa a olhar para o que está na cabeça das bases das facções cariocas (isso olhando pra comentários sobre disputas de facções em vídeos do youtube ou blogs que dificilmente ficam no ar por muito tempo) é uma disputa de times , que se as pessoas envolvidas tivessem um pouquinho mais de condição financeira dificilmente ia além do Counter-Strike.


Mas essas bases não têm estrutura financeira, estrutura familiar e muitas vezes nem um teto digno. Aqui já da para passar por um ponto que a Favela no Rio está longe de ser uma estrutura uniforme você tem comunidades que estão no limite da miserabilidade (Porto Velho, São Gonçalo tem um bom exemplo disso) e tem também quem só queira morar perto do trabalho (favelas próximas de áreas nobres cariocas).


Na perspectiva da disputa de macho-alfa, o tráfico em si não gera a disputa, mas ele financia e da forma a essa disputa. Quando você soma as peças, em especial nesse de caso porto Velho, você chega em um quadro que se retroalimenta. 


O cara é pobre tá rodeado de pobreza, e olha pro quão na frente o cara que tá envolvido no tráfico salta na frente dele no “Marriage Market”(e esse termo, que de fato existe serve pra pular uma longa discussão), é apenas uma questão de  seguir um racional básico pra entender como o cara chega no tráfico.


As bases da criminalidade no Rio, são tão confusas, que é provável que essa combinação de disputa de torcidas (que inclui certo acolhimento pela facção), pobreza, hormônios e Marriage Market...em suma a disputa do macho alfa, tenha peso bem maior do que a rentabilidade disso tudo.


A única solução sistêmica razoável, seria escolher os vencedores e racionalizar a disputa em rentabilidade. De preferência vencedores que você possa controlar através de alguma estrutura de inteligência.


E nisso a minha perspectiva é que quando você passa a ter uma estrutura mais sofisticada, como você já vê em São Paulo, você chega a gerar externalidades positivas: uma estrutura que percebe que chamar atenção das autoridades com disputas e tiroteios dá prejuízo, então passa a optar pela descrição; uma estrutura que pra lavar dinheiro cria empreendimentos que geram empregos.


Enfim, dá para ser bem mais puritano nisso tudo? Acho difícil, o tráfico é o maior exemplo no mundo, de como o livre mercado não pode ser derrotado através da burocracia estatal, aka canetada.

26 junho 2015

Aquele mar

Sentei-me na orla
Sentido a brisa
Daquele mar sem fim

Belos e desnudos corpos
de sotaques distintos
ao redor, junto de engravatados atarefados
a caminho de mais um dia

Nas minhas costas toda a vida daquela cidade
Mas o que me importava
era aquele mar
sem respostas
sem fim

Daniel Rodrigues, Outubro de 2014

24 junho 2015

Rio


Saí em direção ao mar
No caminho, a cidade
Gente diversa, histórias aos montes


No metrô uma língua estranha
E uma outra menos estranha
Saber espanhol lhes ajudou com o português, diziam


No desembarque
Uma caverna
Em plena cidade


Lotes e mais lotes de escada
Me levam a uma praça
A minha esquerda o mar
A minha direita a calmaria da lagoa


Rio eu te amo
Daniel Rodrigues,Outubro de 2014



19 janeiro 2012

Robert Downey Jr. vem ao Rio, para pré estreia de Sherlock Holmes 2

Na noite do dia 9 de janeiro, o astro de O homem de ferro,Robert Downey Jr. passou pelo tapete vermelho do Cinepólis Lagoon, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Robert esteve no Brasil para divulgar o lançamento de Sherlock Holmes: O Jogo das sombras, que estreou por aqui no dia 13 de Janeiro. Na ocasião Robert esbanjou simpatia, deu autógrafos, e posou para os fotógrafos. Confira o vídeo.

 

09 janeiro 2012

Era uma vez...(2008) - A cena final é maravilhosa

Confesso que me surpreendi com “Era uma vez” (2008) de Breno Silveira. O filme é maravilhoso, com sua trama, que conta com uma Romeu e uma Juelieta carioca. A história é, conhecida e pouco inovadora ,mas o filme consegue ser de uma beleza inacreditável no cinema nacional — que tanto amo, e apoio, e a cada ano vem crescendo em qualidade .
Talvez a única inovação no filme seja mesmo o irmão do personagem principal, que evolui e cresce no filme de uma forma assustadora, para no final nos surpreender definitivamente. E ainda mais inacreditável é o posicionamento que Dé, personagem principal, tomará frente as atitudes do irmão, e como ele reagirá após atitude tomada pelo irmão mais novo , sem em nenhum momento se esquecer da relação de irmão que existe entre eles, nessa cena que considero o segundo clímax do filme. Spoiler (PARA LER SELECIONE O TEXTO) ( quando o personagem principal descobre que foi seu irmão quem sequestrou sua namorada,Nina — Vitória Frate— e o mata).
A trama também é gênial, ao mostrar a ascensão de dois chefes ao tráfico, um deles mal e outro “bom”, que agrada a toda comunidade do morro do Cantagalo, onde a história se passa.
E como todo bom filme carioca, a paisagem é incrível, afinal trata-se da cidade Maravilhosa.
Talvez o único ponto em que filme deixe a deseja r, é quando se fala na atuação de Thiago Martins , no papel de Dé. Ao longo de toda a trama, quando se trata de um momento em que personagem deve estar acuado, com medo, o ator é genial, mas nas poucas cenas em que se exige do ator um pouco mais de personalidade, e atitude, isso não acontece.
No geral o filme é muito bem dirigido, com uma história bem escrita. E o melhor de todo o filme, é com certeza a sua cena final, quando numa visão aérea do que aconteceu na orla da Praia, vemos um coração ser formado pela multidão.

27 dezembro 2011

Rio pode representar Brasil no Oscar

No ano de 2012,o Brasil ,que enquanto não define seus indicados ao OSCAR na categoria para Melhor filme estrangeiro, certamente será representado na categoria de animação — e provavelmente também nas trilhas sonoras—pelo filme hollywoodiano, mais brasileiro do ano; Rio.
O longa metragem é uma produção muito agradável , da Dream Works. Quanto ao brasileiro e diretor do longa, Carlos Saldanha, ele já havia dirigido outros grandes sucessos de bilheteria como A era do Gelo 2, e A era do Gelo 3. Aliás, no ano de 2012 deve chegar aos cinemas o quarto longa da saga. Outra produção nãos brasileira, mas que pode representar o Brasil no Oscar, é o documentário Senna, que narra a vida do piloto brasileiro
Daniel Rodrigues ( @DanielR_DDRP)

06 dezembro 2011

Rio uma cidade capaz de fazer outra feliz


Digam o que quiserema mas o Rio , em meio a toda violência, ao descaso, aos problemas . A cidade tem o mesmo o poder de apaixonar aqueles que a conhecem, ou simplesmente passam por ela. Seja pela bela paisagem, que quase sempre tem o mar como plano de fundo, ou montanhas como as do Pão de Açúcar , e a do Cristo Redentor, outra maravilha da cidade, que já não é só nossa é do  mundo inteiro, é um patrimônio mundial, é uma maravilha moderna da humanidade, assim como definiu a UNESCO. Mas os estrangeiros e não cariocas — infelizmente me incluo nessa categoria, de acordo com minha documentação, mas acredito piamente que não somos da terra em que nascemos, mas da terra que amamos —  que me perdoem, mas só os cariocas — e como eles tem sorte —  tem o prazer de caminhar pela cidade sob os braços do Cristo Redentor, e — em alguns lugares — observando-o, em momentos de angústia ou felicidade.
Já não bastassem as aguas do mar que banham a cidade, a cidade ainda consegue ter aquele charme de cidade grande, com grandes prédios, modernos e clássicos. Mas charmosos, independentemente de sua época.
E o que dizer de uma avenida, recheada de arranha-céus, mas que termina com vista para Mar, algo parecido, no Brasil apenas a também maravilhosa Paulista, mas como o nome já diz é paulista, não carioca, e carrega o charme de São Paulo, que para alguns , é melhor que o carioca — não é o meu caso. Não sou conhecedor do mundo, mas estou descobrindo A cidade Maravilhosa — que já foi coração do meu Brasil —, e acredito piamente, que posso viajar o mundo inteiro sem jamais esquecer o charme da Avenida Rio Branco. Que chega a Cinelândia, área, outrora marcada pelo cinema. Hoje, pelas lembranças, da era de ouro enfatizada pela restauração do Theatro Municipal. O Cine Odeon é outra pérola da área. É maravilhoso, sair do metrô — que vai da Zona Sul a Zona Norte sem contemplar outras áreas — e já se deparar com a imponência do Cine Odeon hoje, dedicado a sessões do circuito artístico, e aos mais diversos festivais. Pena, que seja uma exceção ,já que dos tantos cinemas que naquela área existiram, muitos fecharam, outros se converteram em igreja, e alguns como o Cine Rex — tão próximo ao Odeon— , e o CineIrís — na Carioca, área próxima a Cinelândia—, começaram a exibir sessões eróticas num cenário, onde os cinemas de rua perdem cada vez mais espaço, para os cinemas de shopping, dedicados aos blockbusters , com seus já tradicionais e conhecidos roteiros americanos — como foi muito bem colocado pela critica Susana Schild, em um debate no Estação de Botafogo — que preparam o espectador para cena seguinte, prenunciando o que acontecerá. O mestre da literatura, Paulo Coelho também define brilhantemente os roteiros americanos em O vencedor está só, ao dizer que “a grande maioria dos roteiros pode ser resumida em uma simples linha: Homem ama mulher, homem perde mulher ,homem recupera mulher”.
Já chegando próximo do fim deste texto, caro leitor, concluo que não é possível definir em tão poucas palavras uma cidade, que faz outa cidade feliz, apenas por lhe permitir, observar-lhe, distante, do outro lado da Bahia de Guanabara, ligadas, por uma ponte.

17 maio 2011

Pedro Cardoso é contra nudez

2011-05-17 18.36.20A nudez, já foi abordada de diversas maneiras na história do cinema nacional, seja na forma da pornochanchada, ou da forma como a mesma é utilizada em filmes como Budapeste, onde vemos o chamado nu artístico. Os brasileiros mais conservadores — geralmente religiosos — sempre criticaram essa característica do cinema nacional, mas em 2008, durante a exibição de Todo mundo tem problemas sexuais no Festival do Rio, filme em que Pedro Cardoso, atuou como produtor, o mesmo chamou a atenção, ao fazer um manifesto contra nudez no cinema, na época Pedro, afirmou que poucas — ou nenhuma — das grandes atrizes de hoje conseguiram tal status, sem ter de exibir seus corpos em produções, onde sequer existia a necessidade de nudez.

O tempo passou, e de 2008 para cá, a opinião de Pedro não muito, ele continua se posicionando contra a nudez no cinema, com o argumento de que a nudez que se vê nas telas, nunca é do personagem, mas sim, do ator ou da atriz, e em uma entrevista concedida ao Jornal O Globo (publicada na edição do dia 12 de maio, no Segundo Caderno), Pedro Cardoso, citou como exemplo as críticas jornalísticas, que nunca elogiam a beleza da personagem, mas sim a beleza das curvas do corpo da atriz (ou do ator). Nessa mesma entrevista, Pedro afirmou que hoje está “mais em paz” e que na época disse aquilo, para que as pessoas não esperassem nudez de seu filme (que entrou em cartaz no dia 13 de maio) — que apesar do titulo sugestivo, possui a classificação indicativa de apenas 14 anos.

10 maio 2011

Velozes & Furiosos 5 é um presente para os fãs da série

velozes_e_furiosos_4_01_640x408_640x408Se nos três primeiros filmes, Velozes & Furiosos era apenas uma série de carros turbinados e mulheres bonitas, desde o quarto filme, quando a trama deu sequencia a história do primeiro longa, a franquia retomou sua essência, e voltou ter uma história com personagens que a cada novo filme crescem perante o espectador, como Toretto (personagem de Vin Diesel) que cresce, e se mostra mais humano, a cada novo filme da franquia. Em Velozes & Furiosos 5, é isso muito mais que vemos.

Neste novo capitulo da saga de Velozes & Furiosos, Brian (Paul Walker), Toretto e Mia (Jordana Brewster), fogem dos EUA, e vem para a cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro, onde encontram Vince (Matt Schulze)— que estava sumido, desde o primeiro filme — e acabam se envolvendo, com um dos indivíduos mais influente entre os marginais da cidade, Hernan Reis (Joaquim de Almeida), a partir desse envolvimento, surge um plano para roubar Hernan. Um plano que Brian, Toretto, Vince e Mia (que neste quinto filme tem uma surpresa para Brian), não poderiam executar sozinhos, é aí que aparece o grande trunfo, deste quinto capitulo de Velozes & Furiosos: trazer de volta, personagens marcantes que haviam ficado esquecidos em filmes anteriores, como o próprio Vince, e outros como Han (Sung Kang), um personagem que pensei que tivesse morrido ainda em Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio, mas Han não é o único morto-vivo de VF5 (Velozes & Furiosos 5), já que numa das últimas cenas (após os créditos) há um sinal de que no próximo capitulo velozes-e-furiosos-5-de VF outro (a) personagem de grade importância na trama irá retornar, e quem sabe nesse próximo capitulo não tenhamos uma explicação para Han não estar morto.

Não vá ao cinema, esperando ver somente paisagens cariocas, afinal não existem “muitos” desertos por aqui. Mas isso é justificável já que boa parte das cenas foi gravada em Porto Rico, e aos brasileiros de outros estudos: saibam que não existe uma “Sabesp-Rio”, quem sabe uma “Saberj”, será que a CEDAE não era cinematográfica o suficiente? VF5 está recheado de falhas desse tipo, em algumas cenas, chegam a ser exibidas placas em espanhol, “Isso é o Brasil” (fala de Toretto, numa das cenas mais importantes do longa)?

Velozes & Furiosos 5, tem inúmeras tiradas cômicas, a grande maioria delas se deve ao engraçadíssimo Roman Pearce (Tyrese Gibson), um dos personagens mais cômicos de todos os cinco filmes da franquia, além de uma dupla de latinos (que retornam do quarto filme). Roman é também uns dos personagens, de + Velozes + Furiosos, que retornam nesse quinto filme.

9596_02Se em Tropa de Elite, a policia Carioca — ou o BOPE —, foram transformados em “heróis”, em VF5, a policia carioca é apresentada, como uma instituição onde reina a corrupção. E é inferiorizada, diante de policiais norte-americanos que vem ao Rio para capturar Toretto. E é de dentro desta instituição, que Toretto irá tirar “a única” (fala Hobbs) policial honesta do Rio.

No ápice da trama, numa das cenas finais, protagonizada por Toretto e Hobbs (Dwayne Johnson) numa ponte— que não é a Ponte Rio-Niterói, mas sim uma ponte da cidade porto-riquenha de San Juan —, VF5 nos apresenta uma apresenta uma cena que remete o espectador, a outra cena marcante do primeiro filme, que na ocasião era protagonizada por Brian e Toretto.

Velozes & Furiosos 5 é um presente para os fãs da série, que a acompanham desde o inicio, entretanto um espectador que não tenha assistido a todos os cinco longas irá conseguir acompanhar a história tranquilamente, deixado de compreender apenas algumas piadas, ou mesmo a origem dos personagens. E de fato, Velozes & Furiosos 5, é melhor filme da franquia, mesmo contando com atuações fracas, e inúmeras falhas de roteiro, geografia, cenografia...

03 maio 2011

Rio,na telona

RIO-Affiche-France-2A alegria, digna do carnaval carioca se vê logo na primeira cena de Rio, uma alegria que somente um diretor de alma brasileira como, Carlos Saldanha, conseguiria transmitir. O filme não chega a ser um retrato do Rio, como ele é hoje, e isso é um ponto positivo, afinal existem, na cidade maravilhosa, inúmeras coisas que apenas um carioca “da gema”, poderia entender. Um aspecto interessante da obra de Saldanha, é que Rio, apresenta ao mundo — e aos brasileiros de outras regiões do País— um “novo” Rio, diferente daquele que vemos no noticiário, ou em episódios da série americana The Simpsons. Rio mostra uma ponta do iceberg, que é a violência, de forma engraçada— e até sarcástica—, sem assustar aos que não conhecem a cidade. A história do longa ainda favorece a cidade, ao fazer de um dos um dos pássaros, ao invés do contrabandista — com cara de traficante—, o vilão.

A trama começa ,quando Blu, ainda era uma pequena arara azul com pouco tempo de vida (o filme não deixa isso muito claro), que vivia no Rio de Janeiro, até sequestrada e levada para Minessota, nos EUA, quando , ao cair do caminhão é achado por Linda, a partir desse ponto a história dá um salto na linha do tempo — que pode confundir, ou deixar a impressão de que falta história em alguns espectadores — e de um momento para outro, quando Blu chega ao Rio de Janeiro, diversas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, nesse momento o roteiro é desorganizado, o espectador pode facilmente se perder na trama, e só tornar a “se achar” no caos, que havia se formado minutos depois, na cena em que Blu e Jade, são sequestrados.Rio

É ótimo, ver que o mundo se interessa pelo Rio, pelo Brasil (Rio, liderou as bilheterias do mundo todo, na sua primeira semana em cartaz) — afinal, eles ainda vão ainda vão ouvir falar de nosso País por muito tempo — mas isso nos dá uma missão difícil, mas que devemos encarar. A principio essa missão é: “fazer bonito” na copa de 2014, nas olimpíadas de 2016, e nos anos que se seguirão, afinal dentro de poucos anos, seremos a quinta maior economia do mundo, e devemos demonstrar que somos capazes.

Rio, não é um filme merecedor de qualquer Oscar, é uma história divertida, que servirá como publicidade positiva para o Brasil, mas que possui um roteiro confuso, e personagens sem história, que vivem uma aventura juntos. Confesso senti falta dos anos, que não entraram no filme, e espero em breve vê-los numa sequencia, que se vier a existir enriquecerá muito os personagens, que nesse filme não tem um passado, como Blu, e principalmente Jade.

Aos conhecedores da história da Dream Works, que notaram alguma semelhança entre Antz e Vida de inseto, provavelmente devem ter percebido alguma similaridade entre o estreante no cinema Nico, e o já tradicionalíssimo Zé Carioca da Disney. Será mera coincidência?

29 abril 2011

Se os paulistas não ligam,os cariocas…

"...o Joia passou por ampla reforma, que manteve, entretanto, a sua estrutura original, como as 87 poltronas coloridas..."O GloboSe o governo o Governo e os empresários de São Paulo, se mostraram indiferentes ao fechamento do Cine Belas Artes, os empresários — e o Governo— do Rio de Janeiro tem mostrado que dão atenção aos cinemas tradicionais da capital da Fluminense, e que não permitirão a extinção dos cinemas de rua, ao menos na capital do estado. Um dos últimos exemplos disso foi a reinauguração no Cine Joia, um tradicional cinema de rua, da Zona Sul carioca, que iniciou suas atividades na década de 70,com o nome de Cine Hora, porém estava fechado desde 2005.

Hoje o cinema foi reinaugurado, como um cinema clássico, de preços populares, onde os ingressos custam em média R$10. E com um proposta diferente; apresentar filmes, que não entrariam no circuito comercial, ou mesmo filmes que já saíram de cartaz...ou seja ser um cinema cult.

A ideia dos empresários da Vilacine (administradora do recém re-inaugurado Cine Joia)é expandir a ideia, para outros locais, reabrindo antigos cinemas de rua que fecharam ,por não resistir a concorrência com os cinemas de shopping, ou mesmo inaugurar novas salas de rua, e oferecer aos moradores do entorno dessas salas, um cinema cult com preços populares, uma demanda que vem crescendo entre os cinéfilos do século XXI, que preferem apreciar a atuação, aos invés de efeitos mirabolantes.

31 dezembro 2010

Alguns vândalos

Sempre me surpreendo com as atitudes de certos brasileiros,mas obviamente são algumas poucas excessoes,já que a grande maioria da população brasileira é composta por gente trabalhadora.
Mas ainda assim,no meio dessas pessoas trabalhadoras existem desordeiros,que não pensam na comunidade,mas somente em si próprios.

No dia 24 de dezembro,deste ano de 2010,o prefeito Eduardo Paes,inaugurou na comunidade recentemente pacificada do complexo do Alemão, o primeiro cinema 3D da região;fato que por si só,é maravilhoso.Ver as comunidades recebendo investimentos do Governo.

Entretanto,ao ler o jornal do dia 28 de dezembro de fiquei extremamente decepcionado ao descobrir que um grupo de jovens vândalos,havia atirado pedras no cinema durante a noite.Agora fico a me perguntar o que se passa pela cabeça destes individuos ? Realmente alguns brasileiros parecem não saber ganhar as coisas,e o pior não pensam no colectivo,pensam apenas em si mesmos.

26 novembro 2010

Eu te amo Rio de Janeiro

 Peço desculpas aos leitores do Cinema & CIA,entretanto,o dia 25 de novembro,não foi fácil para a população de todo o Estado do Rio de Janeiro — principalmente para os moradores da capital fluminense,da baixada,e da região metropolitana — que foi bombardeada,por informações da invasão,do complexo da Penha por parte da policia.
 Alguns,que quiseram sair as ruas,ainda tiveram que evitar certos trajetos,para não se depararem com traficantes,ou com algum veiculo em chamas.
 E engana-se aquele que pensa,que isso só está a acontecer na Capital Fluminense.Hoje na cidade de São Gonçalo (região metropolitana do Rio de Janeiro),durante o dia,circularam as noticias,de que ônibus,tinha/estavam sendo queimados,some-se a estas péssimas informações,os boatos,e a cidade de São Gonçalo,se transformará num caos.
 Mas as imagens de ônibus sendo incendiados,não foram vistas somente em regiões pobres do Rio de Janeiro (como é o caso da zona norte da capital fluminense, da baixada fluminense,e da região metropolitana) ,já começam a surgir relato de ônibus  no Rio de Janeiro sendo incendiados em bairros de classe média alta,como é o caso da Barra da Tijuca.
  Tamanho é o caos no Rio,que — embora não seja a primeira vez — jornais de todo o mundo,já começam a se perguntar,se o Rio terá capacidade,de sediar a Copa de 2014,e as Olimpíadas de 2016.Entretanto,essa é uma dúvida,a qual,os cariocas não têm,já que estes por sua vez,estão confiantes que a Guerra,que Rio enfrenta hoje,amanhã,nada mais será ,que uma lembrança distante,dos tristes tempos em que as comunidades,e toda uma classe social,era controlada pelo tráfico de drogas.
 E está lição,a qual,está sendo hoje dada aos brasileiros; fará com que os estrangeiros que visitarem o Brasil,percebam o quão pacifico,o nosso amado Brasil,será e pouco tempo.
 Eu te amo meu Brasil.Eu te amo,meu Rio de Janeiro.