Digam o que quiserema mas o Rio , em meio a toda violência, ao descaso, aos problemas . A cidade tem o mesmo o poder de apaixonar aqueles que a conhecem, ou simplesmente passam por ela. Seja pela bela paisagem, que quase sempre tem o mar como plano de fundo, ou montanhas como as do Pão de Açúcar , e a do Cristo Redentor, outra maravilha da cidade, que já não é só nossa é do mundo inteiro, é um patrimônio mundial, é uma maravilha moderna da humanidade, assim como definiu a UNESCO. Mas os estrangeiros e não cariocas — infelizmente me incluo nessa categoria, de acordo com minha documentação, mas acredito piamente que não somos da terra em que nascemos, mas da terra que amamos — que me perdoem, mas só os cariocas — e como eles tem sorte — tem o prazer de caminhar pela cidade sob os braços do Cristo Redentor, e — em alguns lugares — observando-o, em momentos de angústia ou felicidade.
Já não bastassem as aguas do mar que banham a cidade, a cidade ainda consegue ter aquele charme de cidade grande, com grandes prédios, modernos e clássicos. Mas charmosos, independentemente de sua época.
E o que dizer de uma avenida, recheada de arranha-céus, mas que termina com vista para Mar, algo parecido, no Brasil apenas a também maravilhosa Paulista, mas como o nome já diz é paulista, não carioca, e carrega o charme de São Paulo, que para alguns , é melhor que o carioca — não é o meu caso. Não sou conhecedor do mundo, mas estou descobrindo A cidade Maravilhosa — que já foi coração do meu Brasil —, e acredito piamente, que posso viajar o mundo inteiro sem jamais esquecer o charme da Avenida Rio Branco. Que chega a Cinelândia, área, outrora marcada pelo cinema. Hoje, pelas lembranças, da era de ouro enfatizada pela restauração do Theatro Municipal. O Cine Odeon é outra pérola da área. É maravilhoso, sair do metrô — que vai da Zona Sul a Zona Norte sem contemplar outras áreas — e já se deparar com a imponência do Cine Odeon hoje, dedicado a sessões do circuito artístico, e aos mais diversos festivais. Pena, que seja uma exceção ,já que dos tantos cinemas que naquela área existiram, muitos fecharam, outros se converteram em igreja, e alguns como o Cine Rex — tão próximo ao Odeon— , e o CineIrís — na Carioca, área próxima a Cinelândia—, começaram a exibir sessões eróticas num cenário, onde os cinemas de rua perdem cada vez mais espaço, para os cinemas de shopping, dedicados aos blockbusters , com seus já tradicionais e conhecidos roteiros americanos — como foi muito bem colocado pela critica Susana Schild, em um debate no Estação de Botafogo — que preparam o espectador para cena seguinte, prenunciando o que acontecerá. O mestre da literatura, Paulo Coelho também define brilhantemente os roteiros americanos em O vencedor está só, ao dizer que “a grande maioria dos roteiros pode ser resumida em uma simples linha: Homem ama mulher, homem perde mulher ,homem recupera mulher”.
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