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06 dezembro 2011

Rio uma cidade capaz de fazer outra feliz


Digam o que quiserema mas o Rio , em meio a toda violência, ao descaso, aos problemas . A cidade tem o mesmo o poder de apaixonar aqueles que a conhecem, ou simplesmente passam por ela. Seja pela bela paisagem, que quase sempre tem o mar como plano de fundo, ou montanhas como as do Pão de Açúcar , e a do Cristo Redentor, outra maravilha da cidade, que já não é só nossa é do  mundo inteiro, é um patrimônio mundial, é uma maravilha moderna da humanidade, assim como definiu a UNESCO. Mas os estrangeiros e não cariocas — infelizmente me incluo nessa categoria, de acordo com minha documentação, mas acredito piamente que não somos da terra em que nascemos, mas da terra que amamos —  que me perdoem, mas só os cariocas — e como eles tem sorte —  tem o prazer de caminhar pela cidade sob os braços do Cristo Redentor, e — em alguns lugares — observando-o, em momentos de angústia ou felicidade.
Já não bastassem as aguas do mar que banham a cidade, a cidade ainda consegue ter aquele charme de cidade grande, com grandes prédios, modernos e clássicos. Mas charmosos, independentemente de sua época.
E o que dizer de uma avenida, recheada de arranha-céus, mas que termina com vista para Mar, algo parecido, no Brasil apenas a também maravilhosa Paulista, mas como o nome já diz é paulista, não carioca, e carrega o charme de São Paulo, que para alguns , é melhor que o carioca — não é o meu caso. Não sou conhecedor do mundo, mas estou descobrindo A cidade Maravilhosa — que já foi coração do meu Brasil —, e acredito piamente, que posso viajar o mundo inteiro sem jamais esquecer o charme da Avenida Rio Branco. Que chega a Cinelândia, área, outrora marcada pelo cinema. Hoje, pelas lembranças, da era de ouro enfatizada pela restauração do Theatro Municipal. O Cine Odeon é outra pérola da área. É maravilhoso, sair do metrô — que vai da Zona Sul a Zona Norte sem contemplar outras áreas — e já se deparar com a imponência do Cine Odeon hoje, dedicado a sessões do circuito artístico, e aos mais diversos festivais. Pena, que seja uma exceção ,já que dos tantos cinemas que naquela área existiram, muitos fecharam, outros se converteram em igreja, e alguns como o Cine Rex — tão próximo ao Odeon— , e o CineIrís — na Carioca, área próxima a Cinelândia—, começaram a exibir sessões eróticas num cenário, onde os cinemas de rua perdem cada vez mais espaço, para os cinemas de shopping, dedicados aos blockbusters , com seus já tradicionais e conhecidos roteiros americanos — como foi muito bem colocado pela critica Susana Schild, em um debate no Estação de Botafogo — que preparam o espectador para cena seguinte, prenunciando o que acontecerá. O mestre da literatura, Paulo Coelho também define brilhantemente os roteiros americanos em O vencedor está só, ao dizer que “a grande maioria dos roteiros pode ser resumida em uma simples linha: Homem ama mulher, homem perde mulher ,homem recupera mulher”.
Já chegando próximo do fim deste texto, caro leitor, concluo que não é possível definir em tão poucas palavras uma cidade, que faz outa cidade feliz, apenas por lhe permitir, observar-lhe, distante, do outro lado da Bahia de Guanabara, ligadas, por uma ponte.

30 novembro 2011

Com uma trilha sonora terrivel,e uma caracterização pior ainda, o filme se salva pela história

Em meio a uma péssima trilha sonora, e uma caracterização dos personagens que parece mostrar os sofrimentos dos “pobres” moradores da zona sul , Flordelis, só consegue convencer pelo roteiro , que narra a história de Flordelis , uma jovem moradora do Jacarezinho na Zona Norte Carioca, que todas as sextas-feiras a meia noite saia pelas ruas das comunidades para salvar as vítimas do tráfico, num trabalho que batizará de “Evangelismo da madrugada”. Mas numa dessas noites, foi até a Central do Brasil — no centro do Rio— , onde  encontrou uma jovem que lhe contou que havia acabado de jogar sua filha recém-nascida no lixo, Flordelis salvou, e adotou a criança. Pouco tempo depois, uma chacina aconteceu, e outras crianças foram até Flordelis procurando um abrigo , e teve inicio a história de uma mãe que chegou a morar com 41 “filhos”, numa pequena casa, sem estrutura. Que mais tarde seria perseguida pela policia, sendo acusada de sequestrar crianças, por não ter a documentação necessária para oficializar as adoções.
As grande falhas do filme, ficam mesmo por conta da trilha sonora, recheada de clichês — quando se fala em favela — e inúmeras músicas gospels, que cansam os ouvidos dos espectadores, já que nada tem a ver com as cenas em que são inseridas. Além da caracterização dos atores que interpretam os filhos de Flordelis, os atores aparecem bem arrumados, com roupas de marca, que focam em valorizar o físico, e não o contexto da atuação como na cena em que um bandido, interpretado brilhantemente por Reynaldo Gianecchini, conta como Flordelis, lhe ajudou a sair do tráfico, e se tornar advogado.
De forma generalizada, todas as atuações nos depoimento são magnificas, e um detalhe interessante sobre o longa, que tem a própria flordelis como atriz e narradora de sua própria história, é que todos os atores que compõem o mega-elenco ,recheado de estrelas, foram voluntários — não cobraram cachê —na produção do longa, que tinha como principal objetivo arrecadar fundos para compra de uma casa para Flordelis e seus filhos, que até então moravam numa casa alugada de nove quartos em Niterói, e também para o trabalho do Instituto Flordelis de Apoio ao Menor (IFAM). Dentro dessa generosa, e digna proposta, o filme, supera toda as expectativas, e é excelente, mas é um circuito comercial, é fraco, com uma caracterização péssima, uma trilha sonora questionável, e ângulos de câmera ainda mais duvidosos, tendo como únicos pontos fortes, a história de vida de Flordelis, e atuação do time atores, que apoiaram a causa

19 outubro 2010

Um personagem interessante

Estômago,2007

“Estômago” (2007),está co-produção Brasil-Itália,nos apresenta a história de Nonato (João Miguel) ,uma pessoa do interior que vem para a cidade grande,sem saber fazer “nada”,num golpe de sorte,Nonato adentra num restaurante compra algumas coxinhas,e sem dinheiro para paga-las,e “obrigado” — entre aspas mesmo,já que Nonato não se opôs — pelo dono do estabelecimento a lavar os pratos — até o momento,nada,além de um clichê —,e acaba conseguindo um lugar para passar a noite.
 O filme faz uso de um clichê tradicional dar inicio a trama,mas depois,se desenvolve de uma forma bem original,com um roteiro de qualidade,e bons atores. Particularmente, gostei do filme, que apresenta uma história,sobre um tema,do qual,pouco se faz uso no cinema — mas que vem crescendo no país,já que em breve o Brasil irá ganhar seu primeiro canal,completamente voltado para a gastronomia —,seja ele,nacional,ou não.
 Também é interessante,descobrir,o quão cruel é o personagem principal da trama,que durante todo o filme se apresenta ao espectador,como uma figura carismática,simples. Explicitamente busca conquistar a simpatia do espectador,mas na verdade é uma figura cruel,que ao término do filme surpreende o espectador,que já imaginava que este tivesse cometido um crime,mas não tinha noção da magnitude deste crime.
 A narrativa do filme,é simples,fácil de se compreender,o filme tem uma história leve,não exige muito do espectador (e isso não é um aspecto negativo,mas sim, positivo).
 Apesar da cidade grande apresentada no filme,carregar uma essência paulista, “Estômago” ,foi filmado em Curitiba (no Paraná),pelo cineastas,estreante em longas-metragens, Marcos Jorge,que é curitibano — deve ser por isso,que a cidade foi escolhida como cenário.
  Por Raimundo Nonato (Nonato), João Miguel,ganhou o prêmio de melhor ator no festival do Rio,de 2007.O diretor, Marcos Jorge,também ganhou (no mesmo festival) o prêmio de melhor diretor.