Há algum tempo já havia escrito sobre, Planeta dos Macacos (1968). Entretanto resolvi voltar a falar do filme, após tornar a assisti-lo.
Posso, ver o filme quantas vezes quiser, mas sempre irei achar incrível aquela maquiagem, e sempre será difícil entender, como uma obra de tamanha grandiosidade como está, pode ter sido feita, sem os recursos especiais de hoje. E é fácil perceber que não séria a mesma coisa, basta observar os novos Planeta dos Macacos, ou mesmo aqueles que se seguiram, nenhum conseguiu repetir o sucesso do primeiro filme, principalmente quando se fala em qualidade.
As atuações não são perfeitas, passam longe disso, embora Charlton Heston tenha conseguido dar a seu personagem um toque rudimentar, que caiu maravilhosamente bem no mesmo. Outra atuação que também não é grandiosa, porém chama a atenção é a de Linda Harrison que interpreta Nova, dado a ela aquele olhar cativante, sexy, e ao mesmo tempo tão ingênuo, de quem pouco conhece o mundo que está ao seu redor, e isso sem dizer uma palavra durante todo o filme. A atriz ainda fica marcada por cenas, como àquela em que sorri um sorriso artificial, de quem sequer sabe o que isso significa, mas está aprendendo com seu companheiro — Taylor—, a se tornar alguém civilizada que entende , ou fingi entender seus sentimentos, como nós seres humanos fazemos.
A narrativa é levada ao espectador com uma trilha sonora leve, que pouco influi no filme, deixando que a história siga, de uma maneira a causar, certo ar de realismo no filme, já que também não temos trilha sonora em nosso cotidiano. Essa é uma contribuição de seu diretor, Franklin J. Schaffner, um japonês, que estava acostumado a dirigir séries de tv, mas que tem grandes filmes em seu curriculum, entre eles Patton (1970), que levou sete OSCARs, entre eles o de melhor diretor e melhor filme.
O filme é incrível, e ao fim nos leva a pensar se a evolução, paga com a destruição de vidas, vale mesmo apena.