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26 novembro 2017

Visão geral do mercado de renda fixa

Link pra mesma imagem,só quem grande em PDF https://goo.gl/hft7et

Bom a ideia aqui já está bem resumida na imagem.

O dinheiro que busca por segurança tende a prioritariamente ir para o sovereign debt com baixo risco na figura de EUA ou Alemanha, quanto ao Brasil nos encaixamos numa segunda categoria já com maior risco.

Temos a figura da dívida em moeda local (Local currency) com a selic, e também a dívida em dólar ( http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/nota-a-imprensa-brasil-anuncia-reabertura-de-bonus-em-dolar ).

Com mais risco tem a dívida corporativa,que segue os mesmos caminhos entre hard e local currency, o detalhe é que dá pra imaginar algumas dívidas corporativas com menos riscos que a dívida brasileira, mas isso já é uma discussão de métricas de risco.

 então somando esses dois textos aqui:

http://www.cinemaecia.com/2017/11/selic-cambiocomo-funcionae-verde.html
em que explico isso pela visão do investidor local


http://www.cinemaecia.com/2017/11/porque-selic-tem-que-ser-alta.html
pela perspectiva do investido externo

Já dá pra começar a ter uma noção de como as coisas funcionam nesse setor de renda fixa. Muitos desses recebíveis recebem classificações de agências, o caso é que em 2008 isso deu alguns problemas na mensuração de risco (dá pra dizer que aquela dívida se encaixava na categoria de corporativa, embora seja um pouco mais complicado, nesse caso são CDO's e ++).

E ainda hoje essa noção de como mensurar o risco é bem complicada. Para lidar com isso surgem instrumentos como a CDS uma espécie de seguro que cobre esses papéis de renda fixa. No caso da CDS você vai ter alguns custos adicionais, mas se você acabar levando um calote, o teu segurador assume o risco. E  é aqui que começamos a entender o que se estava falando no "The big short" ( O título desse blog ainda é cinema e alguma coisa, né?)


Mas mesmo com essa mensuração de risco, muitas vezes, essa mensuração ainda não é lá muito confiável. Isso passa muito por questões políticas, principalmente no caso da dívida soberana. Você sempre pode ter casos como o da Argentina e os fundos abutres. A história ali, foi algo do tipo que o governo quis renegociar a dívida e  alguns credores não aceitaram, quem tinha CDS, tava tranquilo...e quem não tinha...enfim no fim das contas os títulos não renegociados acabaram com os fundos abutres, afinal pro investidor que já não tinha perspectiva de receber nada é melhor vender por alguma coisa pra esses fundos. Até que quando o Macri (ou seria Macron...enfim França e Argentina...) assumiu ele simplesmente quitou a dívida.


Só que de onde saíram os doláres para quitar essa dívida? Simplesmente, de uma nova emissão de dívida, e isso saiu até mesmo na imprensa brasileira

"A Argentina pagou aos fundos "abutres" NML Capital e Aurelius e outros demandantes com dinheiro proveniente de uma emissão de US$ 16,5 bilhões autorizada por Griesa e realizada na semana passada."

Besides that, o jogo politico é zoado, mas essas questões são complicadas mesmo no âmbito corporativo. Quando o brasileiro médio pensa em mercado ele vai pensar no terninho caro do Dória, mas quando você começa a olhar a dívida corporativa seriamente ela é até mais complicada porque o compromisso com transparência vai variar muito de empresa para empresa, de país para país...It's complicated. E quando você começa a olhar pras dívidas corporativas de óleo e gás russas..,.você  não vai encontrar muitas garantias.

E é nesse buraco negro da dívida corporativa que alguns países escondem dívida que poderia deixar a relação dívida/PIB muito zoada nas figura dos quasi-sovereign...Mas isso já é uma outra história.


***
Se tiver afim de entender um pouco sobre a mensuração de risco em mercados emergentes, tem um texto muito bom da Lazard Asset Management explicando o EMBI, que é uma medida de mensuração riscos do JP Morgan, para esses mercado aqui https://goo.gl/nW7ucX

Também é válido dar uma olhada nessa falado Soros https://www.youtube.com/watch?v=QmlJBofEJp4 especialmente a partir de 11min

Uma promoção do RUBI CORP que também serve pra entender um pouco do caso russo http://data.cbonds.info/publication/Index_Introduction.pdf






20 novembro 2017

Mercados de FX, dica rápida sobre câmbio


Bom isso aqui vai ser basicamente, o que a investopedia vai falar aqui https://www.investopedia.com/articles/forex/090314/how-calculate-exchange-rate.asp , mas de qualquer modo é um detalhe que certamente confunde muita gente.

Quando tratamos de câmbio existem dois modos para se expressar a mesma ideia.

Eu posso falar de Moeda local (BRL) em termos de moeda estrangeira (USD)

1 BRL = 0,3USD

Ou eu posso falar em moeda estrangeira (USD) em termos de moeda local (BRL), que é o tradicional

1 USD =3,25 BRL

A confusão começa a surgir quando olhamos mercados de FX, ou forex que são operações de compra e venda de moeda FullTIme, All the time.

O ponto é que nesses mercados a base é geralmente o dólar, só que nos EUA não faz muito sentido querer saber de quantos USD eu preciso para comprar o BRL. Então usa-se a noção de Moeda Local em termos de moeda estrangeira, só que o pequeno grande detalhe nisso é que como eu estou falando de quanto 1 USD vale em BRL, esse é na verdade o mesmo número!

Exemplo

Vendo a partir dos EUA
Moeda local (USD) em termos de moeda estrangeira (BRL)
1 USD =3,25 BRL
Quando encontrar USD/qualquer_moeda  é isso que temos

E vendo a partir do Brasil
Moeda estrangeira (USD) em termos de moeda local (BRL)
1 USD=3,25 BRL

Só tendo isso em mente já fica bem mais fácil entender o que o Blanchard está fazendo na seção de economia internacional. E isso muda nas diferentes edições do manual

Isso só vai ficar um pouco mais complicado quando não estivermos passando pelo dólar

Mas vamos olhar a relação CNY-BRL

só que como

Eu ainda posso dizer que