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06 janeiro 2012

Volver (2006) - Amodóvar é um gênio, e Penélope Cruz é belissíma

Volver, é incrível, e é uma grande obra de Pedro Almodóvar. Para quem viu e gostou e gostou do recente A pele que habito, vale pesquisar mais sobre a obra deste grande diretor espanhol que consegue fazer filmes incríveis, trabalhando a cultura de seu País.
Em Volver(2006), vemos Almodóvar trabalhar brilhantemente vários temas, aproveitando o máximo de cada um deles. Temos a história da filha, que mata o “pai”, para se defender, da mãe que retorna do mundo dos mortos, de uma mulher com câncer que procura sua mãe, desaparecida. No final todas as tramas irão convergir brilhantemente, em uma narrativa suave e inigualável.
Penélope Cruz, esbanja beleza e talento nesta produção. Penélope aparece no papel de Raimunda, a personagem central da trama que irá ajudar sua filha a se livrar do corpo do pai, o qual sua filha matou quando tentou abusar sexualmente dela. Numa família onde em meio a tias e irmãs Penélope é a mais bela, ela obviamente ganha destaque, e ao longo de toda a projeção, nenhuma outra atriz de beleza igual ou parecida aparece. O busto da atriz também é valorizado em várias cenas do filme, a principal delas é a cena em que a personagem aparece lavando louças no restaurante.
São geniais as viradas que o roteiro vai aos poucos sofrendo, e como essas viradas não ganham uma trilha sonora diferenciada.  Como na cena em que descobrimos sobre a paternidade de Paula (Yohana Cobo).
Ao final do filme tive a mesma impressão, que tive em A pele que habito, o filme não deixa ponto sem nó, toda a história é muito bem explicada. E apesar de alguns clássicos, ganharem esse titulo deixando dúvidas no expectador — como Barton Fink —, ainda prefiro que tudo seja muito bem explicado e ganhe sentido no final, e nessa tarefa Almodóvar, se mostra experiente.

12 dezembro 2011

A pele que habito (2011) O artista que se apaixona por sua obra


A pele que habito (2011),marca o reencontro do Diretor Pedro Almodóvar com Antonio Banderas. Foi através das produções de Almodóvar, que Banderas caiu nas graças de Hollywood, entretanto os dois havia tido uma briga, que com esse novo longa parece ter se resolvido.
É difícil falar desse filme, sem contar o final, já que toda a trama é interligada numa narrativa, onde as consequências são mostradas primeiro, para que em seguida as causas apareçam e deem sentido a tudo o que aconteceu.
Antonio Banderas, se adequa muito ao bem ao personagem, um médico pesquisador alucinado que perde a esposa e em seguida vê sua filha,que se recuperava dos problemas de sociabilidade, ser estuprada, e piorar de vez, tendo que ser internada. Mas não resiste a loucura e acaba por destruir a própria vida durante sua internação.
O personagem de Banderas tem ainda uma grande ligação com uma paciente, que mantém internada em sua casa, que é também uma clinica de estética e um laboratório. Mais tarde vai se descobrir uma ligação entre todas as subtramas, que a principio não possuem nenhuma ligação, mas estão muito mais ligadas do que se pode imaginar.
O filme tem seus momentos engraçados, e não são poucos, aliás, acaba se perdendo um pouco, quando cenas que deviam levar um mínimo de seriedade, causam risadas na plateia, caso da cena final com a belíssima atriz Elena Anaya, que apesar de aparecer magistralmente durante quase todo o filme, falha nesse momento.
O longa ainda carrega um ar misterioso, e cientifico que pode conquistar aos fãs de séries médicas, como House e outras tantas.
Toda a história acontece dentro de um circulo de apenas 3 personagens, outros aparecem pelo caminho, deixam, ou não, sua marca e a história segue. A trilha sonora é agradável, não atrapalha a história, ou mesmo influi e aparece nos momentos certos. Cenas de sexo, o filme tem várias, algumas desnecessárias, mas numa obra em que tudo ganham sentido em determinado momento, como é caso desta, é difícil imaginar o filme sem elas.
O longa ainda deixa o final aberto, algo que se espera de filmes que se candidatam ao Cult, não acredito que seja o caso deste. Mas não deixa de ser um bom filme espanhol, com um ator que é mundialmente conhecido por seu trabalho nas terras do Tio Sam. Almodóvar deixa sua marca nessa narrativa, que alterna passado e presente para contar o clichê do artista que se apaixona por sua obra (não posso falar muito sobre isso, caso contrário acabaria revelando o final da trama).