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16 fevereiro 2012

A invenção de Hugo Cabret (2011) - Esse é pra OSCAR

A história que logo irá conquistar o espectador ,começa de forma despretensiosa, com um garoto, uma estação de trens, e pouca falas. Num tom calmo, que parece preparar o espectador, para as aventuras que se seguirão, isso com a maestria do já consagrado diretor de “Taxidriver” (1976), e o “Aviador” (200X): Martin Scorcese.
Logo na primeira cena os olhos azuis, do protagonista Hugo Cabret (Asa Butterfield),em meio a estação de trem, nos levam mergulhar na história deste garoto tão misterioso ,que ao perder o pai , acaba morando com seu tio na estação de trem, onde é treinado para cuidar dos relógios. Antes de morrer, o pai de Hugo (uma curta aparição de Jude Law), trabalhava junto ao filho, no concerto de autômato (uma espécie de robô, produzida a fim de automatizar certas tarefas). Após a morte do pai, Hugo passa a ter no conserto do objeto, uma forma de se aproximar do pai, e acredita que este lhe tenha deixado uma mensagem, que só desvendará quando o estranho objeto estiver funcionando.
Para realizar o conserto, e se manter vivo, Hugo precisa de peças, e de alimentos. Sem seu tio, que bêbado, o abandonou, —mais tarde se descobre o fim trágico que este levou—  , Hugo pratica pequenos furtos na Estação de trem, por isso é perseguido pelo inspetor da estação (Sacha Baron Cohen), um veterano da primeira guerra, que perdeu os movimentos de uma perna, e agora usa uma espécie de perna  de metal— que dá origem a situações estranhas e engraçadas no filme —,e tem seu como auxiliar um cachorro. O personagem do inspetor ao longo da trama, acaba marcado como “mau”, por mandar crianças para o orfanato, mas ao mesmo tempo ,  Scorcese  tenta humaniza-lo através de um romance, com a florista Lissete (Emily Mortimer).
Uma das “vitimas”, dos furtos cometidos por Hugo, é o pequeno comerciante Papa George (Bem Kingsley), que confisca um caderno de Hugo, razão que o levará a se aproximar de Isabelle (Chloë Grace Moretz), a fim de recuperar seu caderno. Ela, que acabou morando com Papa, depois de perder os pais se propõe a ajudar Hugo, com o objetivo de viver uma aventura ,como as que lerá nos livros.
A principal característica, do filme é a linda homenagem que Martin Scorcese faz aos primórdios do cinema, através de outra homenagem feita a Geoges Mélièss, um dos primeiros cineastas da história, que se apaixonou pelo cinema ainda, quando participou daquela que pode ser considerada a primeira sessão cinematográfica da história. A qual se deu quando os Irmãos Lumiere, exibiram o vídeo de um trem, que na época, causou medo na plateia, que temia que o mesmo saltasse da tela (em 1895).
O filme, a fim de levar espectador a mergulhar na história que irá, girar entorno do universo cinematográfico, conta com cenas de grandes clássicos do cinema mudo, entre eles “O Garoto” (1921,clássico de Charlie Chaplin), e o marco do suspense “O gabinete do Dr. Caligary” (1920).
O ápice do filme é essa homenagem, que é ao mesmo tempo um spoiler, por isso é difícil explicar como a história de um garoto que concerta coisas, irá se transformar numa homenagem ao cinema. E se observamos, essa homenagem em tom hi-tec ( o filme conta com incríveis efeitos tridimensionais), torna-se explicito o contraste a também homenagem à história do cinema, em tom clássico, que é “O Artista”.
Os dois filmes vem atingir públicos diferentes, porém com o mesmo objetivo: Fazer essa homenagem ao cinema, e criar uma nova geração de cinéfilos, que irão, através das tecnologias atuais, querer descobrir mais sobre nomes importantes, porém quase esquecidos pelos leigos, e até por alguns fãs da sétima, como é o caso de George Méliès.
Em relação a prêmios: “O Artista”, é maravilhoso, porém sua história é simplória demais, ele não tem aquele algo a mais, que o OSCAR pede, e é nesse ponto; justamente por contar com esse algo mais, que é o roteiro surpreendente, a maravilhosa direção dos atores mirins e de todo elenco... E em enfim , minha torcida no Oscar de melhor filme —além de diretor —,fica com “A invenção de Hugo Cabret”.

26 janeiro 2012

Vampiros de Almas (1956) - Nos leva a um fim do mundo diferente

Vampiros de Almas (1956), nos leva a atmosfera da pequena cidade americana, no filme essa cidade se chama Santa Mira. A história tem inicio quando o Dr. Miles Bernnell, chega à cidade a cidade, esperando por uma grande procura, mas os pacientes que outrora apresentavam os mesmos sintomas (não reconheciam seus familiares),mas  estão repentinamente se recuperando. Intrigado com o mistério, Dr. Bernnel (KevinMcCarthy), começa a investigar o que está acontecendo em Santa Mira.
A história é muito interessante, baseada no livro de Jack Finney, que além dessa versão, já ganhou outras três adaptações para o cinema: Invasores de Corpos (1978), Invasores de Corpos (1993) e Invasores (2007).
Em geral, nenhuma atuação merece maiores méritos, nesse clássico de fim do mundo, que ficou famoso ao longo dos anos por apresentar um fim do mundo diferente do que se imagina hoje, com um orçamento de US$417 mil , destes US$15 mil dedicados aos efeitos visuais, que não são tantos —em sua maioria vagens gigantes — já que o ápice do filme se dá pelo suspense que este consegue causar no espectador , sem apelar para nada muito aterrorizante ou extremo como nos filmes de hoje.
A cena final, onde médicos discutem a sanidade do Dr. Miles, após este contar o que estava acontecendo em Santa Mira, foi uma exigência do produtor, inserida a contragosto do diretor, que achava que o filme, não devia ser explicado nos mínimos detalhes, como ocorre durante toda produção, exceto pelo final.
Com o tempo vemos que o produtor estava certo e que aquele final, é sim necessário, e não destrói o clima criado ao longo da produção, e da margem para expectador imaginar, se apesar da informação ter chegado a tempo, conseguiu-se impedir o fim daquele mundo mostrado no filme. Em 1979, foi lançada uma versão onde a ultima cena foi excluída.
Daniel Rodrigues (@DanielR_DDRP)
Assista ao filme, e deixe sua opinião sobre a cena final.