Como explicar a magia do cinema? Como explicar o que se passa pela nossa cabeça quando começa o filme, ou no caso dos grandes cinemas, quando se abrem as cortinas, e tem inicio a projeção na tela grande?
Não há explicação, essa é a única resposta. Crianças, jovens, adultos, todos acabam hipnotizados pela história na tela, sem que sequer, precisem saber algo, sobre o que está na tela. É mágico, é democrático, e está ali disponível a todos.
É difícil, e triste, acreditar que há nesse Brasil, de dimensões continentais, quem nunca tenha ido ao cinema. Triste, não sabem o que é comer pipoca, no frio do ar-condicionar — quase sempre exagerado —, observando aquela tela que mantém viva a magia da vida. E nos faz voltar àquela velha pergunta: o que imita o que? A vida imita a arte, ou a arte imita vida? A resposta é obvia, a vida imita a arte. É preciso pensar, é preciso imaginar, é preciso sonhar, é preciso acreditar; antes de idealizar, e é ai que entra a arte. Como criar, como inovar,como vencer sem tais características?
E as cortinas? Coisa rara, nos cinemas de shopping , dos dias de hoje, elas marcaram toda uma geração de cinemas e cinéfilos. Mais no Rio de Janeiro, ainda há lugares onde pode ser encontrada, junto as badaladas “de um sino”, que indicam que a sessão terá início, e preparam os espectadores para à abertura das cortinas. Caso do Cine Odeon, uma das poucas sobras da era de ouro da Cinelândia, área que outrora abrigava diversos cinemas de rua, dos quais hoje restou apenas o maravilhoso Odeon, hoje dedicado aos grandes festivais que passam pelo Rio de Janeiro, e a sessões do circuito de arte.
Através dessa tela mágica vivemos, e imaginamos uma vida, que queremos, ou não, para nós. Já faz tempo que fazer filmes deixou de ser lucrativo, grandes estúdios, convivem com dívidas, e fracas bilheterias. Grandes sucessos, com bilheterias milionárias, existem, porém são raríssimas exceções. Mas o cinema nunca vai morrer, porque sempre haverá alguém que não aceitará se dobrar, aos downloads ilegais e a pirataria, e vai alimentar essa indústria, a indústria dos sonhos.
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