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13 outubro 2018

McCain & o presidente legítimo



O interessante de ter um blog, é que consigo rever antigas posições. Mesmo crescendo no subúrbio, ao longo de toda minha formação intellectual e enquanto individuo sempre fui direcionado para um pensamento de esquerda. E de certo modo faz sentido que tenhamos esse direcionamento, na perspectiva em que o pensamento de direita, ou mais conservador, é por vezes tão realista, que chega a ser hopeless. A esquerda por outro lado consegue lidar , e até vender a esperaça de modo mais eficiente. Talvez isso ajude a entender o viés por vezes presente na acadêmia. E mesmo como depois da lava-jato conseguimos traçar os atuais quadros do PT, e do PSDB.

Mais complicado ainda é quando nessa periferia intelectual, acabamos vendo apenas uma parcela do quadro, por vezes deturpada de acordo com os interesses do momento. Por melhor ou pior que seja o presente momento, nessas eleições começamos a assistir o brasileiro caindo na realidade, uma realidade ainda confusa, carente de profundidade intelectual, mas aos poucos vamos transitando de um plano de governo semelhante a uma monografia mal escrita, pra uma apresentação ruim de consultoria.

O ponto é que e com essa superficial análise da forma dos planos de governo dos principais canditados, conseguimos ver uma aproximação da realidade em andamento. E por mais que nesse momento, eu me veja numa posição em que minhas bolhas sociais me encaminhem para uma direção, eu acabo vendo muito mais legitimidade na outra direção.

Tem uma simplicidade brutal no modo de pensar de uma das candidaturas, enquanto do outro lado observamos um pensamento já estabelecido. Mas também não é dificil perceber que Bolsonaro vem suavizando seu discurso ao longo da campanha, certamente fruto dos contatos que ele vem estabelecendo via Paulo Guedes. Sob muitas perspectivas esse não é um fenômeno novo na história do Brasil. E é aqui que entra o que parece ser a perspectiva mais relevante no candidato, o fato de estar disposto a ouvir, e com isso passo pelo fato de que Bolsonaro esta muito mais próximo de Lula no sentido de ser um elemento bruto em processo de lapidação. Enquanto Trump e Dilma eram figuras já prontas em suas respectivas sociedades que ascedem ao poder impondo visões já prontas, de forma por vezes autoritária.

Essa perspectiva de excesso de realidade na forma de enxergar o mundo, tão presente em determinados segmentos dos mercados, também nos traz alguns candidatos eficientes, mas que pecam por parecerem descrentes de qualquer ideológia, ou valor. Como se vê em Dória, e num dos poucos candidatos com os quais tenho me importado nessa eleição; o Eduardo Paes. Candidatos que mostram que o Brasil tem conseguido formar bons gestores, mas ainda falha em formar formar grandes estadistas, que estejam acima de disputas momentâneas.

Sinceramente, por mais que olhe com extrema desconfiança  qualquer um que aponte para uma vitória certa de Bolsonaro, não consiguiria enxergar legitimidade na vitoria de qualquer outro candidato. Nesse ponto poderiamos começar a discutir até que ponto a vontade da maioria em um determinado mês, é de fato sensata, ou distorcida pela dimensão dos eventos.

03 janeiro 2011

Política: "O cara"

Desde sua cerimônia de posse no dia primeiro de janeiro de 2010,Dilma é oficialmente a presidente que Lula elegeu.A cerimônia de posse não foi diferente daquilo que se esperava.Contou com um imenso discurso,o qual chegou a emocionar aqueles tiveram paciência,para se concentrar e analisar as palavras que Dilma dizia.Embora emocionante,o discurso foi recheado de clichês,como aquele tradicional “eu prometo”.Entretanto,tal discurso inovou,ao ser o primeiro discurso no qual um(a) presidente,não precisa — e nem deve — prometer que a situação vai mudar;afinal o markenting que se fez do governo de Dilma — ainda na época das eleições — já indicava explicitamente,que o governo de Dilma seria o “terceiro mandato” de Lula.
 Porém,em meio ao discurso recheado de promessas do tipo “eu darei continuidade...” me bateu uma dúvida: e se fosse o Serra à estar discursando no Congresso Nacional,será que ainda assim,o discurso seria quão continuísta,quanto foram as palavras proferidas por Dilma? Talvez sim.E não é muito difícil acreditar nisso,já que um dos maiores motivos para o fracasso dos tucanos,nas últimas eleições,foi o medo de criticar Lula;uma das poucas figuras políticas do País a conseguir altíssimos índices de aprovação junto ao povo brasileiro.Algo raríssimo,num País como o Brasil,no qual política,ainda é considerado sinônimo de corrupção,e desonestidade.
 Quanto a este individuo com altíssimos índices de aprovação,de nome, Luís Inácio Lula da Silva;já se fala que ele poderia tentar se reeleger em 2014,Lula,por sua vez,nega e diz que 2014 será de Dilma,se está assim quiser,mas quem garante que ele também não vai querer? E os analistas,já falam,que se num incrível — inacreditável — golpe de azar o governo de Dilma,não for bem sucedido,Lula tem fortes chances,de voltar a ter sua foto exibida pelas telas das urnas eleitorais em 2014.
 Ainda Sobre Lula.Alguém reparou,que na festa em que ganhou na cidade de São Bernado do Campo,Lula foi tratado como “presidente Lula”? É,parece o que o brasileiro,ainda não se acostumou a chamar Lula de “senhor ex-presidente Lula”,e nem o próprio Lula parece ter ficado muito feliz em virar “ex”,afinal quem não prestou atenção,na expressão deste na hora de passar a faixa presidencial? Mas não se preocupe Lula,o povo não vai esquecer do presidente que governou para os pobres!