Mostrando postagens com marcador how to do. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador how to do. Mostrar todas as postagens

15 novembro 2017

Pesquisa: Como fazer?E o Inglês?


Ser acadêmico hoje até que é bem fácil, Sergey e Larry já se debruçavam sobre essa questão na década de 1990 aliás seguem as publicações deles:

Sergey

Larry


Aliás nesse nosso mindset de subdesenvolvido é tão fácil esquecer que o Google é uma tese de doutorado bem-sucedida. Eles até que publicaram pouco, mas acho que são um bom exemplo de gente que se encaixa na categoria:

“after grad school, some go to a job that doesn't require publishing. Why bother publishing then?”


E com essa perspectiva já dá para ter uma noção, da primeira regra da pesquisa:

PROCURE POR QUEM SABE O QUE ESTA FAZENDO.
Como? Bom isso depende, o que você quer entender?

Embasamento

Para embasamento o melhor é sempre recorrer ao syllabus de cursos em universidades ivy league. Assim você já vai saber qual o melhor material para estudar, e se poupa do trabalho de ler um texto em que nem o próprio autor sabe do que está falando. Muito do aprendizado, e do próprio entendimento se perdem por autores que não conseguem organizar bem as próprias ideias. Por outro lado, quando se usa o syllabus dessas instituições, acabamos caindo em fontes primárias que sabem se expressar com muita lucidez. E embora lucidez ao se expressar uma ideia, possa soar como um conceito vago, nesse “decore e passe na prova” tão usual, os 3 nomes mais lúcidos que já encontrei nessas andanças pelo google:

-Olivier Blanchard
-Gilbert Strang
-Richard Feynman

Meu contato com os conteúdos de cada um deles vai variar bastantes, mas dois desses nomes possuem inúmeras videoaulas no youtube, aliás o Strang (http://www-math.mit.edu/~gs/)  sempre se orgulha de ter o curso com mais views no MIT OpenCourseware.

Artigos

Com isso já dá para começar a começar a falar de um segundo nível de pesquisa, que seria para conteúdos mais específicos, e aqui já entramos no universo dos artigos, e como um desencadeamento lógico da primeira ideia para pesquisa; quando for procurar por artigos olhe o cv de quem sabe, geralmente você vai achar entre páginas e mais páginas algum artigo interessante dentro do seu tema de interesse. Isso vai depender muito do perfil do pesquisador, mas caras como o Blanchard transitam com certa facilidade entre vários temas, então nada impede que ao olhar o CV do Blanchard, você encontre uma análise sobre dominância fiscal no Brasil, com fortes e intensas referências a um trabalho clássico de Sargent, que por sua vez fará referência a um artigo de Robert Lucas no New York Times, discutindo as raízes da dívida pública desde Alexander Hamilton. Você invariavelmente vai acabar lendo artigos históricos sobre a formação da dívida pública americana – que incluem fofocas sobre o relacionamento entre os fouding fathers – e por fim vai acabar se questionando como é possível que ainda exista gente no Brasil que defende o calote da dívida?

Business

Já se o assunto é business, ou seja, você apenas almeja um certo academicismo para poder cobrar mais caro. Sugiro que ainda dentro da regra básica, você sempre inclua em suas buscas nomes das referências no que você está procurando. Algo como
“Tema da busca + Nome de alguma consultoria estratégica/Banco/fundo de investimento/ ou qualquer coisa +.ppt ou .pdf“. Você invariavelmente vai ficar surpreso com a qualidade dos materiais que vai encontrar, muitos bancos disponibilizam algum material de sell side gratuitamente – talvez pra deixar o gostinho de quero mais.

Algumas referências que sempre uso ao fazer esse tipo de busca
Bain and Company
Mckynsey
BCG
BTG Pactual
Credit Suisse
BlackRock  - (geralmente não tem muita coisa aberta, mas vai que né…)
Deutsche Bank

*** 

E o mais importante, NÃO SUBESTIME O CONHECIMENTO POPULAR
Beleza, nessa nossa mania de subdesenvolvido nos acostumamos ao esgoto no qual se tornou o Yahoo Respostas. Por outro lado, minha experiência com o Quora tem sido ótima, não é difícil encontrar ex-Goldman Sachs ou gestores de investimento de fundos baseados em Dubai ou Hong-Kong por lá, sempre muito dispostos a dar ótimas respostas. Isso no aspecto de business, mas mesmo no aspecto mais acadêmico, apesar do objetivo ser respostas curtas, tem sempre gente muita gente boa por lá.

https://www.quora.com/

E essa última ou penúltima vai ser talvez a mais subjetiva principalmente se você ainda não esta acostumado a buscar conhecimento noutra cultura, não busque por complexidade logo de cara. A complexidade só vai surgir quando se expande uma ideia simples para os pequenos detalhes. Nesse primeiro momento o que vale é procurar por ideias simples e bem desenvolvidas.Tem uma discussão sobre isso nesse artigo http://economistsview.typepad.com/economistsview/2017/07/what-economics-models-really-say.html?

E agora sim, de fato o último: Tudo o que falei até aqui depende do inglês, não precisa ser genial, ler um artigo é bem mais fácil que ler ficção – aliás sugiro life in the woods muito bem recomendado nesse texto https://theamericanscholar.org/writing-english-as-a-second-language/#

++(plus)

Use o Sci-Hub, o sistema do mec dá muito trabalho.